Liberdade para ministrar
Sábado à tarde
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Ano Bíblico: Ne 5–8
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VERSO PARA MEMORIZAR: “Como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!” (Rm 10:15, RC).
Leituras da semana: Êx 18:13-26; Mt 7:17, 18; At 6:1-8; Jo 4:36; At 15:36-40
Pensamento-chave: Não é suficiente que as pessoas sejam treinadas para o evangelismo e testemunho; elas devem trabalhar ativamente em favor das pessoas.
Muitos membros da igreja lamentam o fato de que, embora estejam prontos para assistir a seminários de capacitação sobre testemunho e evangelismo, quando voltam à sua igreja, não são encorajados a se envolver no trabalho. Consequentemente, muitas igrejas que não são realmente ativas nas atividades evangelísticas e de testemunho não estão cientes acerca das pessoas bem treinadas em seu meio. Ocasionalmente alguns oferecerão voluntariamente seus serviços, mas muitos outros concluirão que não são necessários nem desejados.
A maneira mais bem-sucedida de sufocar o envolvimento dos membros na atividade da igreja é negar-lhes a participação em áreas nas quais eles estão habilitados a atuar. É responsabilidade de cada igreja local descobrir onde e como cada membro pode contribuir com as estratégias de testemunho e evangelismo. Todos os que estão dispostos têm um lugar. A chave é descobrir qual é esse lugar.
Nesta semana, estudaremos o conceito de enviar missionários de modo planejado e as formas pelas quais o envolvimento máximo dos membros contribui para a harmonia geral da igreja e para o crescimento espiritual e numérico.
Ano Bíblico: Ne 9–11
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Responsabilidade compartilhada
Muitos dedicados líderes de igreja têm interrompido ou, na melhor das hipóteses, diminuído sua eficiência por falta de vontade de compartilhar a responsabilidade do ministério. Esse problema não é uma novidade gerada pelo mundo moderno com seu ritmo acelerado. Até Moisés, o grande líder do Antigo Testamento, precisou de ajuda para ter visão mais ampla a respeito da liderança compartilhada. Podemos aprender muito com sua experiência e com o bom conselho recebido de seu sogro Jetro.
1. Conforme o conselho de Jetro, quem deveria assumir o trabalho de julgar as questões mais simples entre o povo? Êx 18:13-26, especialmente o verso 22
Podemos apenas imaginar quanto tempo Moisés teria sido capaz de manter uma agenda de trabalho fora da realidade. Da mesma forma, só podemos supor até que ponto Moisés estava ciente da disponibilidade de auxiliares capazes. No entanto, o que a história revela é que havia muitos homens capazes e dispostos a ajudar. Moisés precisaria permitir que eles se envolvessem, delegando a eles determinadas funções de liderança.
O ministério no qual os líderes da igreja devem voluntariamente tomar parte inclui o testemunho e evangelismo. Os princípios da responsabilidade devidamente organizada e compartilhada que encontramos na experiência de Moisés são de valor inestimável aos nossos esforços para ganhar pessoas para o reino de Deus.
2. Por que Moisés escolheu homens com semelhantes qualidades, mas deu a eles variados graus de responsabilidade? Que talentos específicos podem ter determinado suas funções? Como esses princípios se aplicam às estratégias evangelísticas das igrejas atuais? Êx 18:21, 25
Provavelmente tenha sido a natureza profundamente espiritual da tarefa de falar em nome de Deus que tornou Moisés relutante em compartilhar suas responsabilidades. Nós também sentimos a tremenda responsabilidade de falar às pessoas sobre Deus e em nome de Deus. Nosso testemunho e evangelismo é um assunto sério. Somos cuidadosos porque a vida eterna está em jogo. E embora isso deva nos levar a ter cuidado quanto à forma de proceder, devemos estar sempre dispostos a envolver todos na tarefa de evangelizar e alcançar pessoas.
Ano Bíblico: Ne 12, 13
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Arriscar para alcançar sucesso
Os membros da igreja têm um tremendo potencial para o ministério. Muitos são entusiastas com o envolvimento nas estratégias evangelísticas da igreja, mas, às vezes, os líderes são relutantes em deixar que eles se envolvam. Por trás do pensamento de que apenas “os profissionais podem fazer o trabalho” está o medo de que os membros da igreja façam ou digam algo errado, fazendo com que as pessoas se afastem de Cristo e de Sua igreja. Infelizmente, essa resistência ao envolvimento dos membros está tão arraigada que prevalece mesmo quando as pessoas foram devidamente treinadas para um ministério. O Espírito Santo e Suas promessas não são apenas para os líderes, mas para todos os que estão dispostos a se entregar ao Senhor com fé e submissão, para todos os que estão dispostos a negar a si mesmos e trabalhar para a salvação dos outros.
3. Que princípio ensinado por Jesus deve aliviar os temores dos líderes preocupados? Como podemos distinguir entre os frutos bons e maus, e como a liderança da igreja como um todo deve se envolver nesse processo? Como podemos fazer isso sem julgar os outros? Mt 7:17, 18
Se toda árvore boa produz bons frutos, os líderes da igreja devem se concentrar nas árvores boas e que estão crescendo. Assim como acontece com tudo que se relaciona com nossa resposta ao chamado do evangelho, precisamos primeiramente ser alguém para Jesus antes de ter sucesso em fazer coisas para Ele. Se dermos a devida atenção à obra de conduzir pessoas a um relacionamento significativo e cada vez mais profundo com Jesus, o Espírito Santo fará com que elas produzam o fruto correto. Nossa parte é liderar, ensinar e treinar. A parte de Deus é abençoar o ministério dessas pessoas. Precisamos confiar nelas e em Deus. Se dermos a devida atenção ao crescimento espiritual e habilidades práticas, podemos acreditar que as pessoas produzirão o fruto correto do sucesso evangelístico. Certamente, pode haver um elemento de risco, dependendo do ministério realizado e do nível de treinamento, mas devemos lembrar que nem mesmo os discípulos, que tiveram o maior Mestre da História, ganharam todas as pessoas a quem apelaram.
Você já sentiu que seus dons e talentos não foram apreciados? Qual pode ter sido a causa? Faça uma avaliação pessoal e verifique se a culpa está com você e com alguma atitude sua (orgulho, e assim por diante) e não em outras questões.
Ano Bíblico: Et 1– 4
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Adaptando trabalhadores para a colheita
Quando as pessoas demonstram interesse em aprender mais sobre Deus e Sua igreja, devemos escolher com cuidado os que receberão a tarefa do testemunho. Em uma sociedade multicultural, faríamos bem em designar alguém da mesma nacionalidade e língua do interessado e, possivelmente, alguém de uma faixa etária similar. Além disso, poderíamos considerar a maturidade espiritual, conhecimento bíblico, habilidades de comunicação e experiência de salvação do missionário. Em outras palavras, devemos levar a sério a adaptação do obreiro àqueles com quem eles estão trabalhando.
Quando se trata de testemunho e evangelismo, não existe algo como “tamanho único” ou uma solução que sirva para todos os casos. A jornada da vida de cada pessoa é única, e isso vale para a jornada espiritual. No entanto, embora exista essa singularidade, também há semelhanças na experiência das pessoas, e existe bom senso em ajustar da melhor forma possível a experiência do cristão e a do interessado.
4. Que diferentes tarefas eram realizadas pelos cristãos? Quais foram os resultados quando os ministérios e habilidades específicos foram harmonizados? At 6:1-8
Observe a progressão destes eventos: os discípulos foram informados de um problema urgente, e pediram que os cristãos escolhessem sete homens para lidar com o problema. Os crentes trouxeram os nomes selecionados aos discípulos, que os nomearam com a imposição das mãos. E o número dos discípulos se multiplicava grandemente.
Embora Estêvão e os outros seis escolhidos devessem “servir às mesas”, não parece que a qualificação para essa tarefa fosse a capacidade de organizar e distribuir alimentos. Os cristãos ainda procuravam homens cheios do Espírito, porque seu ministério em favor das viúvas judias de fala grega também seria uma obra de testemunho e evangelismo. Assim, vemos que esses homens recém-nomeados foram vitais para a evangelização da igreja primitiva por terem liberado os evangelistas da linha de frente e também apoiado ativamente sua obra (v. 8). Mais uma vez podemos afirmar que, seja qual for o ministério em que os membros se envolvam, direta ou indiretamente seu trabalho será uma contribuição e apoio às atividades de testemunho e evangelismo da igreja.
Embora os talentos naturais, dons espirituais e treinamento específico sejam importantes para um ministério espiritual bem-sucedido, as atitudes pessoais são ainda mais importantes. Note que em Atos 16:1-5 e 4:36, 37, Timóteo e Barnabé fizeram tudo o que foi preciso para apoiar o ministério evangélico. Barnabé ofereceu seus recursos pessoais e Timóteo se submeteu à circuncisão para não ofender alguns judeus. As lições para nós são, de fato, óbvias.
Ano Bíblico: Et 5–7
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Crescimento espiritual por meio do trabalho
Uma igreja não pode colocar a espiritualidade automaticamente no coração de seus membros. No entanto, é uma grande verdade que, quando os cristãos respondem ao chamado de Deus para ser discípulos, sua caminhada pessoal com o Senhor se aprofunda e se fortalece. Embora não devamos nos envolver no testemunho e evangelismo apenas como tentativa de crescer espiritualmente, quando realizadas com amor genuíno por Deus e pelos perdidos, essas atividades trazem inúmeras bênçãos espirituais a todos os envolvidos.
5. Qual é a relação entre a prática voluntária da vontade divina e o crescimento no conhecimento de Deus e na espiritualidade? Jo 7:17
Como uma pessoa que procura a verdade pode ter certeza de que encontrou a verdade genuína? No verso 17, Jesus apresenta uma verdade que ajuda a todos os que desejam segui-Lo. Os que estão dispostos a fazer a vontade de Deus podem saber se uma doutrina é ou não de Deus. Como isso pode ocorrer? Evidentemente, há um crescimento espiritual através da ligação com Deus. Os que vivem de acordo com a verdade bíblica que conhecem receberão maior luz.
Há uma forte conexão entre ouvir e fazer (Ap 1:3). Os que fazem a vontade de Deus, por menos que a conheçam, são abençoados com um relacionamento cristão cada vez mais profundo que, unido ao estudo da Bíblia com espírito de oração, levará a mais amplas revelações da verdade e a um estimulante crescimento espiritual.
6. Qual é o salário espiritual recebido como resultado do envolvimento na colheita de pessoas? Que comunhão espiritual é sugerida na imagem do semeador e do ceifeiro se alegrando juntos? Jo 4:36
Muitos comentaristas sugerem que os discípulos estavam ceifando onde João Batista e Jesus tinham semeado. A própria mulher samaritana, evidentemente, havia plantado algumas sementes do evangelho entre o povo de sua cidade. Como eles devem ter se alegrado juntos, quando a colheita espiritual amadurecida foi recolhida no reino! Quando respondemos ao chamado de Deus para nos envolvermos na conquista de pessoas, esse vínculo, essa proximidade e crescimento espirituais brotam como resultado natural de estarmos na equipe divina.
Sua fé se tornou mais forte por meio de seu testemunho pessoal, tanto nas situações de vitória quanto nas de derrota? O trabalho de testemunhar influencia seu relacionamento com o Senhor?
Ano Bíblico: Et 8–10
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Harmonizando por meio do envolvimento
Há um fenômeno que às vezes é difícil explicar, mas pode ser mais bem descrito como “Influência circular”. No que diz respeito à harmonia e envolvimento, a influência circular funciona assim: ao envolver pessoas, você promove harmonia, que, por sua vez, incentiva o envolvimento das pessoas, o que, por sua vez, promove a harmonia. Você pode ver o princípio da influência circular no trabalho. Está claramente demonstrado no velho ditado: “Os que estão puxando os remos não têm tempo para balançar o barco.”
Houve algumas decisões importantes feitas no desenvolvimento da organização da igreja primitiva que poderiam ter causado grandes conflitos, mas as preferências pessoais dos cristãos foram submetidas ao que era melhor para a tarefa que seu Senhor lhes tinha dado.
7. Considere o importante processo da nomeação de Matias. Embora não lancemos sortes hoje, que pontos fundamentais eles estavam procurando ali, e que princípios podemos tirar desse exemplo para a obra do ministério hoje? At 1:15-26
É claro que, sempre que os seres humanos estão trabalhando juntos, há possibilidade de conflitos. Estamos certos em pensar que o maligno está trabalhando para minar a eficácia dos cristãos. É perfeitamente justo, então, que recapitulemos brevemente um incidente no ministério evangelístico da igreja primitiva, no qual houve um conflito real.
8. O que causou a diferença de opinião entre Paulo e Barnabé? Qual foi o resultado de sua discordância, e o que podemos aprender com isso? At 15:36-40
Em uma viagem missionária anterior, João Marcos havia deixado Paulo e seus outros companheiros e voltado para Jerusalém. Parece que esse incidente (At 13:13) tornou Paulo relutante em levar João Marcos com ele nessa nova viagem. Por outro lado, Barnabé achava que, se o levassem, haveria benefício para o próprio João Marcos e também para o empreendimento missionário. Consequentemente, enquanto Paulo escolheu Silas para acompanhá-lo, Barnabé viajou com João Marcos.
Em lugar de permitir que as diferenças pessoais ofuscassem a tarefa evangelística, eles enviaram dois grupos de testemunho. Embora Paulo e João Marcos tenham trabalhado juntos novamente de modo proveitoso (2Tm 4:11), naquela ocasião anterior eles não permitiram que suas diferenças interferissem na missão.
Ano Bíblico: Jó 1, 2
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Estudo adicional
Dependendo do programa de testemunho e evangelismo que você está planejando, os prazos específicos variam de acordo com as diferentes estratégias e prioridades utilizadas para alcançar o alvo. No entanto, existem alguns pontos gerais a considerar.
1. Registre o que você procura alcançar ao longo dos próximos doze meses. Especifique alvos em termos de pessoas e discipulado, e não apenas a conclusão dos programas.
2. Escreva um planejamento de procedimentos. Ele deve incluir importantes períodos de treinamento, datas para início e término do programa e as datas específicas para avaliação.
3. Ao elaborar as principais etapas do programa, certifique-se de que você também especificou quais indivíduos ou equipes são responsáveis em cada etapa.
4. Especifique como as estratégias de seu programa se integram com o programa geral da igreja. Mencione onde e como as outras estratégias da igreja apoiarão sua estratégia e onde o trabalho de sua equipe fortalecerá o programa da igreja.
5. Considere se seu programa será permanente ou se ele será repetido no ano seguinte. Isso ajudará a determinar que tipo de treinamento deverá ser realizado.
Perguntas para reflexão
O que Deus espera da igreja em relação à conquista de pessoas? O que a igreja pode fazer para ajudar os membros a entender as expectativas de Deus? Como as citações abaixo se aplicam a você?
“Deus espera serviço pessoal da parte de todo aquele a quem confiou o conhecimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir como missionários para terras estrangeiras, mas todos podem ser missionários entre os familiares e vizinhos” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 30).
“A todos que se tornam participantes de Sua graça, o Senhor aponta uma obra a ser feita em favor de outros. Individualmente, devemos permanecer em nosso lugar, dizendo: “Eis-me aqui. Envia-me!” (Is 6:8, NVI; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 222).
Respostas sugestivas: 1. Chefes de mil, chefes de cem, de cinquenta e de dez; homens capazes e tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos da avareza. 2. Considerou as habilidades, o potencial de cada um deles e a influência exercida nas famílias e tribos; e contou com a orientação divina. 3. A pessoa pode produzir frutos bons ou maus; não devemos julgar antes que os frutos apareçam; devemos avaliar com sabedoria. 4. Serviam alimento às viúvas; oravam e ministravam a palavra; operavam milagres; com os diáconos a igreja passou a crescer mais. 5. A pessoa que deseja fazer a vontade de Deus conhecerá e entenderá a doutrina verdadeira e conhecerá pessoalmente o Senhor. 6. O salário são as pessoas conquistadas; semeador e ceifeiro compartilham da mesma alegria pelo trabalho que realizaram juntos. 7. A pessoa devia ter acompanhado o grupo de Jesus; devia testemunhar acerca da ressurreição e devia ser indicada por Deus. 8. A presença de Marcos na equipe; a equipe se dividiu; devemos evitar discórdias; Deus dirige a igreja, apesar das divergências.
Resumo da Lição 9 – Liberdade para ministrar
Texto-chave: Romanos 10:15
O aluno deverá...
Saber: Por que e como cada membro da igreja deve se envolver na pregação do evangelho de Cristo.
Sentir: Os estreitos laços de harmonia desenvolvidos quando trabalhamos unidos para salvar pessoas.
Fazer: Responder "Eis-me aqui, envia-me" (Is 6:8, NVI) ao chamado para ministrar em casa, na comunidade e até no campo mundial.
Esboço
I. Conhecer: Compartilhando o fardo
A. Por que alguns obreiros do evangelho, treinados profissionalmente, relutam em compartilhar o ministério com leigos relativamente inexperientes? O que pode ser feito para aumentar a confiança da liderança nos esforços dos leigos?
B. Qual é a responsabilidade da liderança na preparação dos membros da igreja para o ministério, e qual é o papel do Espírito Santo nessa tarefa?
II. Sentir: Desenvolvendo harmonia
A. O trabalho unido para salvar pessoas promove a harmonia e promove a unidade na igreja.
B. Que atitudes ajudam a desenvolver laços estreitos quando os membros da igreja trabalham juntos na causa de Cristo?
III. Fazer: “Eis-me aqui”
A. Como responderemos ao chamado feito pela liderança da igreja ou pela comissão de nomeações para alguma atividade no ministério?
B. Que campo de trabalho combina mais com seus talentos, idade e disposição? Que campo de trabalho pode tirar você da zona de conforto, mas ainda refletir um chamado para o ministério que deve ser atendido?
Resumo: Os membros da igreja têm um campo de trabalho em que, com treinamento adequado, liderança e a bênção do Espírito Santo, eles podem utilizar seus dons espirituais e relacionamentos sociais no ministério.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Não basta ser “evangelista de poltrona”. Somente quando colocamos em prática a teoria podemos experimentar a alegria incrível de ser um embaixador de Cristo.
Só para o professor: Muitas vezes, há um enorme abismo entre saber e fazer. Nesta semana, ajude os alunos a identificar os obstáculos comuns para a ação, e leve-os a descobrir maneiras práticas de traduzir a teoria do testemunho em um compromisso pessoal de testemunhar ativamente.
Atividade de abertura: Em 20 de setembro de 2004, uma mulher de 25 anos, inconsciente e sangrando muito, estava com a cabeça na sarjeta em uma rua movimentada no sul de Londres. Câmeras de vigilância no local captaram imagens de pelo menos 12 veículos diminuindo a velocidade, desviando-se da mulher e seguindo adiante.
Em Nova York, em 18 de abril de 2010, um homem de 32 anos foi esfaqueado quando tentou ajudar uma mulher que estava sendo atacada por um assaltante armado com uma faca. Mais uma vez, câmeras de vigilância registraram a cena em que pelo menos 25 pessoas passaram – uma delas parou para tirar uma foto em seu celular – enquanto o homem ferido sangrou até a morte na calçada (A. G. Sulzberger e Mick Meenan, “Questions Surround a Delay in Help for a Dying Man,” [Perguntas Sobre a Demora em Ajudar um Homem Agonizante], New York Times, 25 de abril de 2010).
A relutância em oferecer ajuda a um desconhecido é o que os psicólogos chamam de "efeito do espectador". Em um famoso experimento, em 1973, John Darley e Daniel Batson, psicólogos da Universidade de Princeton estudaram esse fenômeno dentro do contexto religioso. Eles pediram a alguns seminaristas do Seminário Teológico de Princeton que preparassem um sermão e depois caminhassem até o prédio ao lado para apresentá-lo. Alguns alunos foram orientados a pregar sobre a parábola do bom samaritano. Quando os estudantes deixaram o prédio, um por um, para apresentar os sermões, encontraram um homem "caído em um beco, de cabeça baixa, olhos fechados, tossindo e gemendo."
Quais alunos estavam mais propensos a parar e ajudar? A questão mais importante não era saber se os alunos haviam preparado um sermão sobre o bom samaritano, mas se os seminaristas tinham sido alertados de que estavam atrasados ou não. Dos que foram informados de que havia tempo de sobra, 63 por cento pararam para ajudar o homem. Dos que foram avisados de que estavam atrasados, apenas 10 por cento pararam para ajudar.
Pense nisto: Segundo a Pesquisa Adventista Mundial de 2002, menos de 40 por cento dos adventistas estão envolvidos em compartilhar sua fé com a comunidade. Estamos sucumbindo ao "efeito do espectador" quando se trata de traduzir nosso conhecimento e crenças para a prática?
Atividade: Os psicólogos explicam a "dissonância cognitiva" como a tendência que os seres humanos têm de "racionalizar" emoções contraditórias ou crenças. Por exemplo: "Sim, acredito que Cristo nos chama para ser Suas testemunhas. Mas isso não é minha responsabilidade. Outras pessoas testemunharão melhor do que eu.” Com a ajuda da classe, compile uma lista das racionalizações comuns, que nos levam a passar de largo diante das oportunidades de testemunho. (Por exemplo: "Não é meu trabalho"; "Não é meu 'dom'"; "Há outros mais qualificados"; "Preciso de treinamento adequado.") Mantenha essa lista na mão para a atividade de encerramento.
Compreensão
Só para o professor: Ao longo das Escrituras, Deus chama Seu povo para a ação. Ajude a classe a entender que esse chamado para testemunhar não é um "acréscimo opcional" para os seguidores de Cristo, mas uma incumbência pessoal.
Comentário Bíblico
I. De quem é a responsabilidade, afinal?
(Recapitule com a classe Êx 18:13-26; At 6:1-8.)
Essas duas narrativas bíblicas, de Moisés e da igreja cristã primitiva, estão separadas por um imenso abismo de tempo e circunstâncias. No entanto, ao ler as duas histórias, procure paralelos entre as situações descritas. Avançando um pouco mais, como muitos dos mesmos desafios se refletem em sua igreja, no século vinte e um?
Pense nisto: Por que a delegação de responsabilidade às vezes é tão difícil de fazer? (Falta de confiança? Relutância em abrir mão do controle pessoal? Dificuldade em acreditar que os outros podem fazer o trabalho tão bem quanto nós? Relutância em sobrecarregar os outros?) Quais são alguns dos possíveis resultados se os líderes de evangelismo deixarem de compartilhar as responsabilidades?
Na história de Êxodo, observe o conselho do sogro de Moisés (v. 19-23). De que forma esse conselho (v. 20, treinar/ensinar; v. 21, harmonizar as tarefas com as competências; v. 22, orientar) descreve um processo eficaz para a delegação de responsabilidades dentro de uma comunidade espiritual?
Embora as estruturas sociais do Império Romano no primeiro século geralmente fossem rígidas, a igreja cristã primitiva tentou refletir o ideal de Cristo de uma "família" de fiéis, unida na fé e na missão (Gl 3:8). O cristianismo oferecia às mulheres o respeito e considerável participação na vida da igreja (Rm 16:1, 2;. Fp 4:2, 3), o que não era acessível na cultura pagã nem sob a lei judaica.
Pense nisto: Em sua congregação, existem grupos constantemente ignorados quando se trata de planejar e executar as atividades missionárias? Por exemplo, os jovens, mulheres e minorias étnicas ou culturais são bem representados? Se não, por quê? Como a diversidade pode fortalecer o programa de evangelismo de uma igreja?
II. Além da “zona de conforto do cristianismo"
(Recapitule com a classe Jo 4:36; Mt 7:17; Lc 6:43-45.)
Quando nossa fé não mais produz "fruto" em nossos relacionamentos e atividades cotidianas, já nos desviamos para o perigoso reino da "zona de conforto do cristianismo". Leia as palavras de Cristo em Mateus 5:13 e 2 Pedro 1:5-9, observando particularmente o verso 8. Quais são os sintomas espirituais de alguém que perdeu a sua "salinidade" ou que se tornou ineficiente e improdutivo em sua fé?
Atividade: Com a ajuda da classe, faça uma lista de personagens das Escrituras, cuja vida foi transformada quando eles escolheram se tornar participantes ativos na missão dada por Deus. (Como ponto de partida, pode ser útil analisar Hebreus 11, "a lista de chamada" dos grandes homens e mulheres de fé, apresentada pelo apóstolo Paulo.)
1. O que acontece, espiritualmente, com os indivíduos que se recusam a ser meros espectadores no grande plano de Deus?
2. Como a vida desses homens e mulheres ilustra que a fé não é um conceito espiritual abstrato, que funciona melhor em isolamento? Por outro lado, como a vida deles mostra que a fé tende a nos empurrar para a confusa realidade da vida?
3. Como as evidências sugerem que a fé e a ação motivada pela fé não podem jamais ser efetivamente separadas?
Aplicação
Só para o professor: Com base nos princípios acima, peça que os alunos avaliem sua comunidade. Como devemos planejar a motivação e preparação dos fiéis para testemunhar?
O historiador George Knight pregou um sermão, na sessão da Conferência Geral do ano 2000, em Toronto, no Canadá, no qual ele imaginou diferentes estratégias utilizadas pelo diabo em suas tentativas de prejudicar a missão da igreja. Ele disse: "Se eu fosse o diabo, faria dos pastores e administradores o centro do trabalho da igreja. Deve ter sido do diabo a ideia de que só o pastor deve pregar, dar estudos bíblicos, ser o principal ganhador de pessoas, tomar e executar todas as decisões pela igreja” (George Knight, “Se eu fosse o diabo”, Adventist Review, 4 de janeiro, 2001, p. 8-15).
Perguntas para reflexão
1. Essa descrição do papel do pastor reflete a realidade de sua congregação?
2. Quais são alguns dos passos práticos que uma congregação pode dar a fim de combater o mito do "profissional conquistador de pessoas", isto é, a ideia de que as pessoas não podem ser ganhas para Cristo por alguém que não seja pastor ou evangelista?
3. Se você fosse o diabo, que outras estratégias usaria para manter os membros sentados nos bancos da igreja como espectadores, e não como participantes na conquista de pessoas?
Pense nisto: O que ajuda os jovens a amadurecer na fé e criar raízes profundas na igreja? De acordo com um estudo de 10 anos de jovens adventistas do sétimo dia na América do Norte, os três principais fatores são: (1) ter uma verdadeira vida de fé e devoção; (2) compartilhar a fé; (3) envolver-se no serviço.
Considere a programação dos jovens em sua congregação. A ideia de testemunho e serviço recebe alta prioridade? Em sua opinião, por que esses fatores apareceram perto do topo da lista, acima de itens como "qualidade da educação religiosa na igreja e na escola (número 5 da lista)", "firme confiança nas doutrinas adventistas (número 8)", e até mesmo "um clima familiar caloroso e encorajador” (número 10)"?
A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem muito a dizer sobre teologia e crenças. Mas será que temos enfatizado os aspectos cognitivos, proposicionais da nossa fé, em detrimento dos aspectos experimentais? Como podemos ser tão eficientes em viver a verdade de Deus quanto somos em prová-la?
Criatividade
Só para o professor: Não importa quanto saibamos a respeito de testemunho, só permitiremos que sua força atue em nossa vida e em nossa comunidade se realmente testemunharmos. Ajude sua classe a dar o primeiro passo para colocar a teoria na prática.
Atividade: Considere estas duas citações:
"Nossa confissão de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo.... mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 347).
"No mundo pós-moderno, precisamos contar nossas histórias pessoais: impuras, imperfeitas e irregulares, e não colocadas em uma fórmula. Precisamos relatar nossas histórias para que os pós-modernos percebam o significado por trás das histórias: a nossa fé" (Ed Hindson e Ergun Caner, eds., The Popular Encyclopedia of Apologetics [A Enciclopédia Popular de Apologética; Eugene, Oregon, Harvest House Publishing, 2008, p. 400).
Divida a classe em duplas. Convide cada dupla a comentar sobre a pessoa a quem eles gostariam de compartilhar sua história pessoal de salvação durante a próxima semana. Sugira que eles se revezem encenando o testemunho a ser apresentado, cada um partilhando sua experiência com a fidelidade e a presença de Deus. Reúna novamente a classe e pergunte: O que foi bom a respeito de compartilhar a maneira pela qual Deus o guiou em sua vida? O que foi difícil? O que poderia tornar a experiência mais fácil?
Reflexão: Leia Efésios 6:19, 20, e depois releia a lista de obstáculos ao testemunho que a classe criou no Passo 1. Convide os membros da classe que desejarem a orar a respeito de desafios específicos da lista, pedindo a Deus a coragem de falar destemidamente em Seu nome, não importando as circunstâncias.
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