sábado, 26 de janeiro de 2013

VÍDEO RESUMO DA LIÇÃO Nº 5 - CRIAÇÃO E MORALIDADE


LIÇÃO Nº 5 - CRIAÇÃO E MORALIDADE

Criação e moralidade


Casa Publicadora Brasileira – Lição 512013




Sábado à tarde Ano Bíblico: Êx 28, 29


VERSO PARA MEMORIZAR: “O Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16, 17).

Leituras da semana: Gn 2:16, 17; 1:26-28; Tg 3:9; At 17:26; Pv 14:31; Mt 5:44-48; Ap 20:11-13

As pessoas gostam de falar sobre “direitos humanos”. Desde a Magna Carta (1215) à Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) e às várias declarações das Nações Unidas, é promovida a ideia de que os seres humanos possuem certos direitos “inalienáveis”, direitos que ninguém pode, legitimamente, tirar de nós. Pelo menos teoricamente, eles são nossos em virtude de sermos humanos.

As perguntas permanecem: Quais são esses direitos? Como devemos determinar o que eles representam? Esses direitos podem mudar? Em caso afirmativo, de que forma? Por que devemos, como seres humanos, ter esses direitos?

Em alguns países, por exemplo, as mulheres não tinham “direito” de votar até o século 20 (algumas nações ainda negam esse direito). No entanto, como um governo pode conceder às pessoas algo que já é seu “direito inalienável”? São perguntas difíceis, e suas respostas estão inseparavelmente ligadas à questão das origens humanas, tema do estudo da lição desta semana.

Domingo Ano Bíblico: Êx 30, 31

Nossa dependência do Criador


Gênesis 2:7 descreve Deus criando Adão e apresenta o homem como ser moral inteligente, não como animal. O texto não diz, mas é possível imaginar Deus usando as mãos para moldar o pó na forma e tamanho pretendidos. Poderíamos pensar que o grande Soberano do Universo não Se inclinaria para sujar as mãos na criação do homem, mas a Bíblia revela o Criador como Alguém intimamente envolvido com a criação. As Escrituras registram muitas ocasiões em que Deus, voluntariamente, interagiu com a criação material. Os exemplos incluem Êxodo 32:15, 16; Lucas 4:40 e João 9:6. Na verdade, a encarnação de Cristo na humanidade, processo pelo qual Ele interagiu no dia a dia com o mundo criado de maneira muito semelhante à nossa, refuta a noção de que Deus não podia Se abaixar para “sujar as mãos” entre a humanidade.

1. Que ordem Deus deu a Adão? O que está implícito nessa ordem? Gn 2:16, 17


Podemos perguntar: Que direito Deus tinha de criar regras para Adão e Eva? Compare essa situação com a de uma criança em uma família. Os pais proveem à criança um lar e satisfação de necessidades. Eles a amam e têm em mente os melhores interesses dela. Visto que eles têm maior experiência e sabedoria, se a criança aceitar suas orientações, será poupada de muito sofrimento. Algumas crianças acham difícil cumprir ordens, mas é universalmente reconhecido que, enquanto a criança é dependente dos pais, ela é obrigada a aceitar suas regras. De maneira semelhante, uma vez que somos sempre dependentes de nosso Pai celestial para a vida e suas necessidades, sempre é apropriado aceitar a orientação de Deus. Visto que Ele é o Deus de amor, podemos confiar que Ele sempre proverá o que precisamos para nosso bem.

2. Como o salmista expressa nossa dependência de Deus? Que obrigações essa dependência coloca automaticamente sobre nós, especialmente no que diz respeito à maneira pela qual tratamos os outros? Sl 95:6, 7; Sl 100

Segunda Ano Bíblico: Êx 32, 33


À imagem de Deus


3. Que atributo especial foi dado apenas aos seres humanos? Gn 1:26-28


O que é exatamente a “imagem de Deus”? Essa questão tem gerado muita discussão e as opiniões variam. Mas os versos apresentam alguns indícios sobre a natureza da ideia. Primeiro, observe que, ter sido feito à imagem de Deus sugere que parecemos com Deus em determinados aspectos. Um aspecto importante da imagem de Deus é que Ele deu aos seres humanos o domínio sobre as outras criaturas. Como Deus é soberano sobre tudo, assim Ele designou aos seres humanos uma parte dessa soberania, dando-lhes domínio sobre os peixes, aves e animais terrestres.

Note igualmente que Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem” (Gn 1:26, itálico acrescentado), isto é, uma imagem envolvendo a pluralidade da Divindade. Então, Ele criou os seres humanos do sexo masculino e feminino. A imagem de Deus não se expressa plenamente em um indivíduo, mas no relacionamento. Assim como a Divindade se manifesta em três Pessoas em relacionamento, também a imagem de Deus nos seres humanos se expressa no relacionamento entre homem e mulher. A capacidade de formar relacionamentos faz parte da imagem de Deus. Relacionamentos implicam em responsabilidade e prestação de contas, o que significa moralidade. Por isso, exatamente nesse texto temos um forte indício de como a moralidade encontra seu fundamento na história da criação.

4. Como a ideia de que os seres humanos foram feitos “à imagem de Deus” está claramente relacionada com o conceito de moralidade? Gn 9:6; Tg 3:9


Os seres humanos têm lutado por milênios com a questão da moralidade. Mesmo antes de conhecermos o que é a correta moralidade, o fato de sermos seres morais levanta uma série de questões profundas. Por que, ao contrário dos besouros, pulgas e até mesmo chimpanzés, os seres humanos têm uma consciência moral, um conceito que distingue entre o certo e o errado? Como seres feitos essencialmente de matéria amoral (quarks, gluóns, elétrons e assim por diante) podem estar cientes de conceitos morais? A resposta pode ser encontrada nos primeiros capítulos da Bíblia, que revelam que os seres humanos são criaturas morais feitas “à imagem de Deus.”

Terça Ano Bíblico: Êx 34–36


Feitos do mesmo sangue


Em Gênesis 2:23, Adão recebeu a tarefa de dar nome à sua esposa, a quem chamou Havah. Essa palavra está relacionada com o verbo hebraico hayah, que significa “viver” (os judeus, às vezes, usam uma expressão semelhante, lehayim [à vida!], usada quando se faz um brinde). A palavra hebraica para “Eva” (Havah) pode ser traduzida como “doadora de vida”. O nome de Eva representa o fato de que ela é a ancestral de todos os seres humanos. Somos todos uma família no sentido mais literal.

5. Como Paulo vincula a fraternidade de toda a humanidade com a criação? At 17:26; Mt 23:9

Estamos unidos no sentido de que todos nós descendemos de uma mulher, Eva, e de um homem, Adão. E Deus é o Pai de todos nós. Esse fato é a base da igualdade humana. Imagine como seriam diferentes as relações humanas se todas as pessoas reconhecessem essa verdade importante. Se já precisamos de uma prova de que somos realmente caídos, e de como o pecado nos prejudicou, temos isso no triste fato de que os seres humanos, muitas vezes, tratam uns aos outros de maneira pior do que algumas pessoas tratam os animais.

6. De que maneira o livro de Provérbios nos ajuda a entender a ligação entre a moralidade e o fato de que fomos criados por Deus? Pv 14:31; 22:2

Muitos fatores têm dividido a humanidade: política, nacionalidade, etnia, e, claro, economia. O fator econômico é, sem dúvida, um dos mais importantes (embora nunca na medida que Karl Marx previu: os trabalhadores do mundo nunca se uniram; em vez disso, lutaram uns contra os outros com base na sua nacionalidade). Hoje, como sempre, os pobres e os ricos frequentemente consideram uns aos outros com desconfiança e desprezo. Quantas vezes esses sentimentos têm levado à violência, e até mesmo à guerra! As causas da pobreza e a solução para ela são questões que ainda nos deixam perplexos (Mt 26:11), Mas uma coisa é certa na Palavra de Deus: ricos ou pobres, todos nós merecemos a dignidade que é nossa em virtude de nossas origens.

Anos atrás, depois que o darwinismo se tornou moda, alguns justificaram a exploração dos pobres pelos ricos com base no “darwinismo social”, com o seguinte raciocínio: Visto que, no mundo natural, o forte domina e explora os fracos, por que o mesmo princípio não deve ser aplicado na economia? Esse é outro exemplo de que uma compreensão correta das origens é fundamental para a compreensão da moralidade.

Quarta Ano Bíblico: Êx 37, 38


O caráter do nosso Criador


Deus nos criou à Sua imagem, o que significa, entre outras coisas, que Ele desejou que tivéssemos um caráter parecido com o Seu. Isto é, devemos ser semelhantes a Ele, tanto quanto humanamente possível (note: ser como Deus não é a mesma coisa que aspirar a ser Deus, uma diferença crucial). Para ser como Deus, no sentido de refletir Seu caráter, devemos ter uma compreensão adequada do que é esse caráter.

7. O que Jesus ensinou sobre o caráter de Deus e também sobre o modo pelo qual devemos refletir esse caráter em nossa vida? Mt 5:44-48

8. O que a parábola do bom samaritano ensina sobre o caráter de Deus e como ele deve ser refletido na humanidade? Lc 10:29-37; Fp 2:1-8


A história contada por Jesus envolve dois homens de grupos diferentes e antagônicos. Mas Jesus mostrou que eles eram próximos. Cada um deles estava dentro da esfera de responsabilidade do outro, e Deus Se agradou quando as diferenças foram postas de lado e um tratou o outro com bondade e compaixão.

Que contraste é visto entre os princípios do reino de Deus e os princípios do governo de Satanás! Deus chama o forte a cuidar do fraco, enquanto os princípios de Satanás exigem a eliminação dos fracos pelos fortes. Deus criou um mundo de relacionamentos pacíficos, mas Satanás distorceu as coisas de modo tão completo que muitos consideram a sobrevivência do mais apto o padrão normal de conduta.
Se o processo perverso de seleção natural (em que os fortes dominam os fracos) tivesse sido o meio pelo qual viemos à existência, por que deveríamos agir de modo diferente? Se aceitarmos esse ponto de vista e promovermos nossos interesses, em detrimento dos menos “naturalmente selecionados”, deixaremos de seguir a Deus, e os princípios da natureza, da maneira que Ele ordenou.

De quais outras maneiras você percebe que a compreensão das nossas origens afeta nossos conceitos morais?

Quinta Ano Bíblico: Êx 39, 40

Moralidade e responsabilidade


9. Examine o sermão de Paulo em Atenas (At 17:16-31). Siga a linha de raciocínio que ele usou, observando não somente o início, mas o fim do sermão. O que é tão importante na conclusão dessa mensagem, especialmente com relação à questão das origens e da moralidade?


O sermão de Paulo aos intelectuais de Atenas começou com a criação e terminou com o juízo. De acordo com Paulo, o Deus que fez o mundo e tudo que nele há estabeleceu um dia em que julgará o mundo. Ser dotado de moralidade implica responsabilidade, e todos nós seremos responsáveis pelos nossos atos e nossas palavras (Ec 12:14; Mt 12:36, 37).

10. Que ensinos bíblicos estão claramente ligados à moralidade? Ap 20:11-13; Mt 25:31-40


Todos os seres humanos enfrentarão o juízo. A diferença entre os dois grupos na parábola de Jesus é a maneira pela qual cada pessoa tratou os que estavam em necessidade. O Criador está interessado no modo pelo qual Suas criaturas humanas tratam os semelhantes, em especial os necessitados. Não há lugar no Céu para o princípio da seleção natural, que é contrária ao caráter do Deus da paz.

A Bíblia nos dá a certeza de que a justiça, tão escassa neste mundo, um dia será concedida pelo próprio Deus. Além disso, a ideia de juízo implica uma ordem moral: Por que Deus julgaria, e ainda mais, puniria, se não houvesse padrões morais pelos quais as pessoas pudessem ser julgadas?

Pense na realidade e certeza do juízo. Por que, então, o evangelho e a promessa de salvação em Cristo são tão importantes para que tenhamos segurança no juízo?

Sexta Ano Bíblico: Lv 1–4

Estudo adicional


Os conceitos bíblicos de moralidade são inseparáveis dos conceitos bíblicos sobre as origens. Reconhecer Adão como o primeiro ser humano refuta a possibilidade de que quaisquer fósseis tivessem sido ancestrais de Adão ou de outros seres humanos. De onde, então, esses fósseis vieram? Existem várias outras possibilidades.

Primeira, os fósseis de humanoides (semelhantes aos seres humanos) podem ter formas de seres humanos com inteligência normal, mas com padrões de crescimento diferentes de qualquer ser humano moderno. Uma segunda possibilidade é que os fósseis podem ter sido degenerados, devido ao seu próprio estilo de vida, estresse ambiental ou outros fatores. Uma terceira possibilidade é que eles podem ter resultado de tentativas diretas de Satanás para corromper a criação de maneiras que não entendemos. Outra possibilidade é que eles não eram seres humanos, mas semelhantes na sua forma. Visto que não temos evidência direta para resolver a questão, é melhor evitar ser dogmáticos em nossas especulações. Os fósseis não vêm com etiquetas fixadas que dizem “Made in China [Feito na China] 500 milhões de anos atrás”. Nossa compreensão da história da Terra, que varia muito entre os cientistas, provê um sistema de referência dentro do qual interpretamos os fósseis, mas não temos prova de nossas interpretações.

Perguntas para reflexão
1. O que aconteceria se não houvesse um Criador que estabelecesse uma ordem moral sobre a humanidade? De onde viriam os conceitos morais?
2. Como nossa visão de criação influencia nossas opiniões sobre questões atuais como a eutanásia, clonagem, aborto, etc.?
3. Um cidadão local que dedicava seu tempo para guiar passeios no campo de concentração nazista de Dachau começava o roteiro falando sobre a teoria da evolução de Charles Darwin, sugerindo que a teoria de Darwin conduziu ao drama de Dachau e outros similares. Qual é a lógica óbvia dessa linha de raciocínio? De que maneiras ela poderia ser defeituosa?

Respostas sugestivas: 1. Eles não deveriam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se dela comessem, morreriam. A desobediência produz morte. 2. Devemos adorar ao Senhor porque Ele nos criou. Somos Suas ovelhas. Deus cuida de nós e nos sustenta. Devemos compartilhar a bondade e o cuidado do Criador. 3. Recebemos o domínio sobre o ambiente e as criaturas da Terra. 4. O homem, criado à imagem de Deus, não deveria matar nem derramar sangue de outros seres humanos, porque isso seria contrário ao caráter de Deus. 5. De um só, Deus fez toda a humanidade. Somos todos irmãos, filhos do mesmo Criador. 6. Quem oprime o pobre insulta o Criador, mas quem tem compaixão do necessitado honra o Senhor; Deus é o Criador do rico e do pobre. 7. Deus faz o Sol nascer sobre maus e bons, faz chover sobre justos e injustos. Devemos refletir a perfeição divina ao amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem. 8. Deus teve compaixão dos feridos e sofredores. Ele enviou Jesus Cristo para resgatar a humanidade caída no pecado. Cristo foi um servo humilde. Devemos imitar Sua atitude. 9. Paulo começou elogiando e falando dos pontos em comum entre sua crença e a dos atenienses. Depois destacou o fato de que Deus é Criador, soberano sobre a criação e juiz de todos. Deus oferece a todos a oportunidade de arrependimento. 10. O juízo final. Nossas obras serão julgadas com base na lei e no caráter de Deus.

sábado, 19 de janeiro de 2013

VÍDEO RESUMO DA LIÇÃO Nº4 - CRIAÇÃO UM TEMA BÍBLICO


LIÇÃO Nº 4 - CRIAÇÃO UM TEMA BÍBLICO

Criação, um tema bíblico


Casa Publicadora Brasileira – Lição 412013


Sábado à tarde Ano Bíblico: Êx 9–11

VERSO PARA MEMORIZAR: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:6, 7).

Leituras da semana: Gn 2; Mt 19:4-6; Sl 8; Jó 38:1-21; 42:1-6; Is 45:18; At 17:22-31

O relato de Gênesis 1:1–2:3 é a base para muitos textos acerca da criação encontrados nas Escrituras. Algumas referências a Gênesis 1 são claras, outras mais indiretas. As referências mais indiretas muitas vezes envolvem a repetição de certas palavras ou ideias sem citar diretamente o texto, como em 2 Coríntios 4:6: “Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, Ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo”. Por outro lado, uma referência direta é a de Hebreus 4:4: “Em certo lugar, assim disse [Deus] no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera”, uma citação de Gênesis 2:2.

Nesta semana, estudaremos várias referências que apontam para o relato de Gênesis e mostram como outros escritores da Bíblia o entendiam como uma descrição literal das origens humanas.

Domingo Ano Bíblico: Êx 12, 13

A criação em Gênesis 2


“Estas são as origens dos céus e da Terra, quando foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez a Terra e os céus” (Gn 2:4, RC).

Gênesis 1–2:3 é o primeiro relato da criação do nosso mundo. Ele é o fundamento de todas as outras verdades nas quais acreditamos. Mas o relato da criação não termina ali. De Gênesis 2:3 até o fim do capítulo, mais detalhes são apresentados, especificamente sobre a criação de Adão e Eva. Assim, devemos interpretar Gênesis 2:4 como a introdução a uma história mais detalhada sobre a criação de Adão e Eva, um ato brevemente resumido em Gênesis 1:26-29. Alguns estudiosos modernos argumentam que existe um conflito entre Gênesis 1 e 2, mas isso teria sido uma surpresa para Moisés e os outros escritores bíblicos. Moisés nunca teria escrito dois relatos contraditórios. O conflito não está com os textos, mas com quem pretende achar conflito neles.

1. Como Jesus confirmou a verdade histórica de Gênesis 1 e 2? Mt 19:4-6


Em resposta à pergunta dos fariseus sobre o divórcio, Jesus citou Gênesis 1:27 e 2:24, mostrando que para Ele, ambos os relatos falavam sobre o mesmo evento histórico, a criação do mundo e da humanidade. De quantas provas ainda precisamos sobre o fato de que Gênesis 1 e 2 são relatos harmoniosos da criação, doutrina que forma a base da nossa existência e propósito? Não estamos aqui por acaso, nem por acidente. Fomos criados à imagem de Deus, e o relato da criação em Gênesis, revelado nos capítulos 1 e 2, é a revelação especial dEle para nós acerca de nossas origens.

Como Gênesis 2 nos ajuda a entender melhor o que significa ser humano, criado à imagem de Deus e dotado de livre-arbítrio?

Segunda Ano Bíblico: Êx 14, 15

A criação nos Salmos


2. Que ligações você encontra entre o Salmo 8 e Gênesis 1?


3. Leia o Salmo 104. Note como esse salmo louva a Deus por Sua bondade, percebida na criação e na manutenção das criaturas. Identifique as ligações com Gênesis 1 nos seguintes versos do Salmo 104:

Note como a sequência temática desse salmo parece ter sido feita de acordo com a sequência temática de Gênesis 1. Imagens poéticas são vividamente apresentadas ao longo dos versos, e sua mensagem claramente inclui o poder, sabedoria e bondade de Deus, bem como a dependência de toda a criação em relação ao Criador. Nada no salmo sugere que o relato de Gênesis não deva ser considerado literalmente.

4. Que outros exemplos dos Salmos estão relacionados com Gênesis 1?

Os Salmos estão cheios de louvor ao Criador. Às vezes, isso é expresso em linguagem que lembra Gênesis 1, outras vezes a linguagem é mais geral, mas em todos os casos, a descrição da criação se harmoniza com Gênesis 1 e nos lembra do papel fundamental do Gênesis em nossa compreensão das nossas origens como filhos e filhas de Deus.

Terça Ano Bíblico: Êx 16, 17

A criação no livro de Jó


5. Leia Jó 38:1-21. Que assuntos da criação aparecem nos versos seguintes?

É importante lembrar o contexto do livro de Jó. Havia ocorrido uma grande tragédia, e Jó estava lutando para entender como isso tinha acontecido com ele, um fiel seguidor de Deus. Do capítulo 38 até o capítulo 41, o Senhor continua a falar sobre Seu poder criativo, tudo em resposta ao angustiado questionamento de Jó.

6. Leia a resposta de Jó ao Senhor. Por que ele deu essa resposta? O que isso nos diz sobre nossa atitude em relação a Deus, durante nossas tragédias pessoais? Jó 42:1-6


A incapacidade de Jó para explicar as características da criação o levou a reconhecer a grandeza de Deus e a confiar nEle, apesar de tudo que havia acontecido. Nós também não podemos responder a muitas perguntas sobre a criação, e o exemplo de Jó deve nos encorajar a confiar em Deus, não importando o que aconteça. Muitas questões sobre certas coisas da vida permanecerão sem resposta, pelo menos por enquanto. Teremos uma eternidade para obter explicações para o que agora parece incompreensível.

O ponto é que, por meio das maravilhas da criação, que hoje compreendemos muito mais do que Jó podia entender, devemos aprender a confiar no maravilhoso amor e poder de Deus.

Vivendo depois da cruz, temos uma visão do Criador também como Redentor crucificado, algo que Jó não tinha, pelo menos tão claramente como nós temos. Quanto mais, então, devemos confiar na bondade do Senhor para conosco, sabendo o que Ele fez por nós?

Quarta Ano Bíblico: Êx 18–20

Os profetas e a criação


“Assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a Terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu Sou o Senhor, e não há outro” (Is 45:18).

Isaías 45:18 enfatiza a intenção divina de preparar um lugar para que os seres humanos vivessem. Assim, a adequação da Terra para a vida não é um acidente.

Considere algumas das características que tornam a Terra um lugar adequado para a vida humana, em contraste com outros planetas do nosso sistema solar. Primeiramente, a água está presente em abundância. Há alguma evidência de atividade de água em Marte, mas não existem massas permanentes de água nesse lugar, nem em qualquer outro planeta, exceto na Terra. Outra característica única da Terra é a composição da atmosfera, com cerca de 21% de oxigênio e 78% de nitrogênio. Outros planetas têm atmosferas dominadas por dióxido de carbono ou hélio, mas só a Terra tem uma atmosfera apropriada para a vida. A variação de temperaturas na Terra é adequada para a vida terrestre, ao contrário de qualquer outro planeta do nosso sistema solar. Isso é devido a uma combinação de fatores, incluindo nossa distância do Sol, a composição da atmosfera, a massa da Terra e a velocidade de sua rotação, que determina a duração dos dias e noites. Todas essas características, e outras mais, tornam a Terra o único planeta conhecido apropriado para manter a vida.

7. Qual é a relação entre os textos a seguir e os eventos descritos em Gênesis 1?

Pense nas implicações de nossas origens. Por que entendê-las de modo correto é tão importante para nossa compreensão de quem somos, por que estamos aqui e o que podemos esperar deste mundo? Em quem podemos encontrar esperança?

Quinta Ano Bíblico: Êx 21–23

A Criação no Novo Testamento


8. Leia Atos 17:22-31. Quais foram as circunstâncias desse sermão? Depois que Paulo introduziu o assunto, qual foi o primeiro tema que ele apresentou àqueles intelectuais? (v. 24, 25). De acordo com Paulo, qual é o relacionamento entre o Criador e os seres humanos? (v. 26-28)


O público ali incluía os dois grupos de filósofos conhecidos como estoicos e epicureus. Os estoicos sustentavam a realidade de um planejamento na natureza, enquanto os epicureus o negavam. Os dois grupos não conheciam o verdadeiro Deus, mas seus argumentos sobre o planejamento na criação eram semelhantes a muitos dos argumentos ainda discutidos em nossos dias.

O ponto importante aqui é que, em seu testemunho a esses pensadores e intelectuais pagãos, Paulo passou diretamente ao argumento de que o Senhor é o Criador de todas as coisas e de toda a humanidade. Paulo tinha pouco em comum com essas pessoas. Por isso, foi direto ao que havia em comum: o fato de que existiam. A partir dessa realidade inegável, ele procurou construir seu argumento. Assim, mais uma vez vemos a criação como um tema fundamental nas Escrituras.

Considere os seguintes textos: Mateus 19:4-6; Marcos 2:27; Lucas 3:38; João 1:1-3; 2 Coríntios 4:6; Hebreus 4:4; Tiago 3:9; 2 Pedro 3:5; Judas 11, 14. É fascinante que cada um desses autores do Novo Testamento, direta ou indiretamente tenha feito referência ao relato de Gênesis sobre a criação, mais uma evidência de que esse relato realmente era aceito por todos os escritores da Bíblia.

9. O que os seres celestiais dizem sobre capacidade divina de criação? Ap 4:11; 10:5, 6


A criação não foi um acidente, mas ocorreu pela vontade de Deus. A segunda passagem contém uma clara alusão a Êxodo 20:11. Mais uma vez, como em João 1:1-3, o autor mostra sua familiaridade e confiança em relação à história da criação. Experimentar menos que isso seria muita tolice.

Sexta Ano Bíblico: Êx 24–27

Estudo adicional


A Bíblia é um livro sobre Deus e Seu relacionamento com os seres humanos e com o mundo. Os eventos da semana da criação são únicos e sobrenaturais. Eles estão fora do domínio da investigação científica, pelo menos, por duas razões. Primeira, eles são singularidades, ou seja, eventos que ocorrem apenas uma vez. A ciência tem dificuldade em lidar com singularidades, porque não podem ser repetidas nem testadas sob circunstâncias diferentes. Em segundo lugar, os eventos da criação foram causados de forma sobrenatural. Eles não foram o resultado natural da maneira pela qual Deus sustenta a criação, mas foram especiais, atos diretos de Deus. A ciência lida apenas com causas secundárias, e não aceita qualquer explicação que dependa da ação direta de Deus (pelo menos da forma pela qual é praticada hoje). Visto que os eventos da criação são únicos e sobrenaturais, eles estão fora do alcance da ciência.

Entender nossas origens é tão importante que Deus fez com que isso fosse colocado como o primeiro assunto da Bíblia, e a mensagem da Bíblia é fundamentada na historicidade do relato da criação. Alegar que podemos conhecer a verdadeira história do nosso mundo por meio da ciência é afirmar que ela pode ser explicada sem apelar para qualquer ação direta de Deus, um erro que leva a outros erros.

“Os homens se esforçarão para explicar a partir de causas naturais a obra da criação, a qual Deus nunca revelou. Mas a ciência humana não pode pesquisar os segredos do Deus do Céu nem explicar as obras estupendas da criação, que foram um milagre do grandioso poder, antes que possa mostrar como Deus veio à existência” (Ellen G. White, The Spirit of Prophecy [O Espírito de Profecia], v. 1, p. 89).

Perguntas para reflexão
1. Que razões as pessoas dão para rejeitar a ideia de que a natureza foi projetada?
2. Jesus apoiou a autoridade de Moisés (Lc 16:29-31), incluindo a história da criação (Mc 2:27, 28;. Mt 19:4-6). Qual deve ser a nossa atitude para com a história da criação?

Respostas sugestivas: 1. Afirmou que, no princípio, Deus criou o homem e a mulher, estabelecendo o casamento, conforme o relato de Gênesis. Jesus concordou com a história da criação. 2. A glória de Deus foi colocada nos céus. Ele criou a Lua, as estrelas e todas as criaturas. Deus criou o homem e lhe deu domínio sobre os animais. 3. Verso 2: Deus é revestido de luz; Ele estendeu os céus como cortina; 5-9: Criou a Terra e separou as águas da parte continental; v. 14: criou a relva para os animais e as plantas para os seres humanos; 19: fez a Lua para marcar o tempo e determinou o tempo de atuação do Sol; 25: criou o mar e os animais marinhos. 4. Sl 24:1, 2: Deus fundou a Terra sobre os mares; Sl 33:6: os céus e todas as suas criaturas foram feitos por Sua palavra; Sl 74:16, 17: Deus criou a luz, o Sol, o dia, a noite, inverno, verão e as fronteiras da Terra; Sl 89:11: os céus e a Terra pertencem ao Senhor. 5. v. 4-7: criação da Terra; 8-11: separação entre a terra seca e os mares; 12: estabelecimento da parte clara e escura do dia; 16: criação dos mares; 19: a luz e as trevas têm o seu lugar na criação divina. 6. Jó entendeu que Deus tem todo o poder e todas as respostas; não podemos explicar as maravilhas da criação e também não conseguimos explicar os mistérios da nossa vida. Por isso devemos confiar no Criador. 7. Deus é o Criador dos céus, da Terra e da humanidade. Ele controla os trovões, os relâmpagos, as chuvas e os ventos; transforma a manhã em trevas. 8. Na discussão entre Paulo e os filósofos atenienses, o primeiro tema foi: Deus, Criador dos céus, da Terra e de tudo que neles há. Ele é o doador da vida a todos, é soberano sobre a Terra e sobre a vida de todas as criaturas. Ele está perto do ser humano. 9. Deus criou todas as coisas; por Sua vontade tudo veio à existência: os céus, a Terra e tudo o que neles há.

domingo, 13 de janeiro de 2013

LIÇÃO 03 - A CRIAÇÃO CONCLUÍDA

A criação concluída


Sábado à tarde
Ano Bíblico: Gn 37–39

VERSO PARA MEMORIZAR: “Havendo Deus terminado no dia sétimo a Sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito” (Gn 2:2).

Leituras da semana: Gn 1Sl 8:3Rm 8:19-22Lv 11:14-22Gn 2:1-3Mc 2:28

A lição desta semana considera a breve descrição bíblica dos últimos três dias da criação e do repouso do sábado. Essa descrição é encontrada em Gênesis 1–2:1-3, mas existem numerosas referências a ela em outras partes das Escrituras. Um dos aspectos mais impressionantes do relato da criação é sua divisão em dias de criação. Por que o Senhor escolheu criar o ciclo de tempo de sete dias que chamamos de semana?
As Escrituras não respondem diretamente, mas podemos procurar indícios. Talvez o mais importante seja o próprio sábado, que reserva um momento especial para a comunhão entre Deus e a humanidade. Pode ser que Deus tenha estabelecido a semana para proporcionar um período de tempo adequado para o trabalho comum, mas com um período regular de tempo separado como lembrete de nosso relacionamento com Ele (Mc 2:28). Isso ajudaria os seres humanos a lembrar que Deus é o verdadeiro provedor e que somos totalmente dependentes dEle.
Seja qual for a razão, é evidente que o relato de Gênesis revela uma criação realizada com grande cuidado e propósito. Nada foi deixado ao acaso.

Domingo
Ano Bíblico: Gn 40–42

Sol, Lua e estrelas


1. Que ações são mencionadas no quarto dia da criação? Como devemos entender isso, especialmente em face da nossa atual compreensão do mundo físico? Gn 1:14-19

O quarto dia provavelmente tenha sido mais debatido do que qualquer dos outros seis dias da criação. Se o Sol foi criado no quarto dia, como foram produzidos os ciclos diários dos três primeiros dias? Por outro lado, se o Sol já existia, o que aconteceu no quarto dia?
A incerteza sobre os eventos do quarto dia da criação não surge de uma contradição lógica, mas de uma pluralidade de possibilidades. Uma possibilidade é a de que o Sol tenha sido criado no quarto dia, e a luz para os três primeiros dias tenha vindo da presença de Deus ou de outra fonte, como uma supernova. Apocalipse 21:23 se harmoniza com essa ideia, visto que o Sol não será necessário na cidade celestial, porque Deus estará ali. Uma segunda possibilidade é a de que as funções do Sol, da Lua e das estrelas tenham sido designadas nesse momento.
Salmo 8:3 parece concordar com essa visão. O estudioso hebreu John C. Collins escreveu que o texto hebraico de Gênesis 1:14 pode permitir qualquer uma dessas duas possibilidades (veja John C. Collins, Genesis 1–4: A Linguistic, Litterary, and Theological Commentary [Gênesis 1–4: Um Comentário Linguístico, Literário e Teológico]; Phillipsburg, New Jersey; P & R Publishing Co., 2006, p. 57).
Uma terceira possibilidade é a de que o Sol já existisse, mas estivesse obscurecido por nuvens ou poeira vulcânica e não fosse visível ou totalmente funcional até o quarto dia. Essa possibilidade pode ser comparada com a condição do planeta Vênus, em que uma situação semelhante ocorre hoje.
O texto não parece apoiar claramente nem excluir nenhuma dessas interpretações, embora isso não impeça a manifestação de fortes opiniões sobre o tema. É provavelmente uma boa regra não dar a uma questão mais significação do que aquela que a Bíblia apresenta, e devemos reconhecer que nossa compreensão é limitada. Esse reconhecimento, especialmente na área da criação, não devia ser tão difícil de aceitar. Afinal, pense em quantos mistérios científicos existem atualmente, ou seja, eles estão aí para a investigação da ciência experimental, mas ainda permanecem mistérios. Algo encoberto tão longe no passado não seria muito mais misterioso?

Segunda
Ano Bíblico: Gn 43–45

Criação das aves e animais marinhos


2. Existe evidência bíblica para uma criação feita de modo aleatório? Gn 1:20-23

As águas e a atmosfera foram povoadas no quinto dia da criação. Muitos viram a relação entre o segundo e o quinto dia da criação. As águas foram separadas pela atmosfera no segundo dia, e ambas foram cheias de criaturas viventes no quinto dia. Os eventos da criação parecem ter ocorrido em uma sequência que reflete um padrão intencional, mostrando o cuidado e organização da atividade de Deus. Em outras palavras, nada no relato da criação oferece algum espaço para o acaso.
Note que tanto as criaturas das águas quanto as do ar são mencionadas no plural, indicando que uma diversidade de organismos foi criada no quinto dia. Cada ser criado foi abençoado com a capacidade de ser fecundo e se multiplicar. A diversidade estava presente desde o princípio. Não houve um único ancestral a partir do qual todas as outras espécies surgiram, mas cada espécie parece ter sido dotada com a possibilidade de produzir variedades de indivíduos. Por exemplo, mais de 400 espécies identificadas se desenvolveram a partir do pombo comum (http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_pigeon_breeds; acessado em 13/08/2012). Pelo menos 27 espécies de peixe-dourado são conhecidas. Aparentemente, Deus deu a cada uma de Suas criaturas o potencial de produzir grande variedade de descendentes diferentes, somando-se à diversidade da criação.
No verso 21, Deus viu que as criaturas que Ele havia feito eram boas. Isso indica que elas foram bem projetadas, eram atrativas aos olhos, livres de defeitos, e participavam harmoniosamente do propósito da criação.
Poucos seres vivos despertam mais nossa imaginação e admiração do que as aves. Elas são criaturas maravilhosamente planejadas. Suas penas são leves, mas fortes; rijas, mas flexíveis. As partes de uma pena de voo são mantidas juntas por complexos conjuntos de minúsculos filamentos que proveem uma amarração forte, mas leve. O pulmão de uma ave é projetado de modo a obter oxigênio quando inala e também quando exala. Isso proporciona o elevado nível de oxigênio necessário para um voo potente. Esse resultado é conseguido pela presença de bolsas de ar em alguns dos ossos. Essas bolsas atuam para manter o fluxo de oxigênio e, ao mesmo tempo, para tornar mais leve o corpo da ave, fazendo com que seja mais fácil manter e controlar o voo. As aves foram incrivelmente formadas.

Com tudo isso em mente, leia Mateus 10:29-31. Que conforto você pode encontrar nessas palavras?

Terça
Ano Bíblico: Gn 46, 47

Criação dos animais terrestres


De acordo com Gênesis 1:24-31, os animais terrestres e os seres humanos foram criados no sexto dia. Assim como existe uma correlação entre o segundo e o quinto dia, uma correlação também é vista entre a separação da terra e do mar, no terceiro dia, e a povoação da terra no sexto dia. Isso lembra novamente a sequência ordenada e intencional dos eventos da criação, coerente com um Deus de ordem (compare com 1Co 14:33).
Assim como aconteceu com as criaturas criadas no quinto dia, o texto indica que uma pluralidade de espécies foi criada no sexto dia da criação. Também foi criada uma diversidade de animais selvagens, rebanhos domésticos e répteis.
Não há um ancestral único de todos os animais terrestres. Em vez disso, Deus criou muitas linhagens distintas e separadas.
Note a expressão “segundo a sua espécie”, ou expressões semelhantes em Gênesis 1:112124, 25. Alguns tentam usar essa expressão para apoiar a ideia de “espécies” fixas, uma ideia tirada da filosofia grega. Os antigos gregos pensavam que cada indivíduo fosse uma expressão imperfeita de um ideal imutável, conhecido como uma espécie. No entanto, a fixidez das espécies não é compatível com o ensinamento bíblico de que toda a natureza sofre com a maldição do pecado (Rm 8:19-22). Sabemos que as espécies mudaram, como expressam as maldições de Gênesis 3 (Ellen G. White escreveu sobre a “tríplice maldição” sobre a Terra – após a queda, após o pecado de Caim e depois do Dilúvio), e como pode ser visto nos parasitas e predadores que causam tanto sofrimento e violência. O significado da expressão “segundo a sua espécie” é mais bem compreendido quando se analisa o contexto em que ela foi usada.

3. Como a expressão “segundo a sua espécie”, ou uma expressão equivalente é aplicada em outros textos bíblicos? Como esses exemplos nos ajudam a entender essa expressão em Gênesis 1? Gn 6:207:14Lv 11:14-22

A expressão “segundo a sua espécie”, ou equivalente, não deve ser interpretada como uma regra de reprodução. Ao contrário, ela se refere ao fato de que havia diversos tipos de criaturas envolvidas nas respectivas histórias. Algumas traduções da Bíblia usam a expressão “de vários tipos”, que parece mais fiel ao contexto. Em vez de se referir à fixidez das espécies, a expressão se refere à diversidade de criaturas criadas no sexto dia. Desde o tempo da criação, tem havido muitos tipos de plantas e animais.

Quarta
Ano Bíblico: Gn 48–50

Trabalho acabado


Depois que a obra da criação foi concluída em seis dias (estudaremos a criação da humanidade posteriormente), encontramos a primeira menção bíblica ao sétimo.

4. Leia Gênesis 2:1-3. Observe especialmente o verso 1, que enfatiza a conclusão de tudo o que Deus tinha feito. Por que isso é tão importante em nossa compreensão do significado do sétimo dia?

Nesse texto, o termo hebraico para descanso é Shabat, intimamente relacionado com a palavra sábado. Ele indica a cessação do trabalho após a conclusão de um projeto. Deus não estava cansado nem com necessidade de repouso. Ele havia terminado Sua obra de criação; então, parou. A bênção especial de Deus repousa sobre o sétimo dia. O sábado não é apenas “abençoado”, mas também “santificado”, o que transmite a ideia de ser separado e especialmente dedicado ao Senhor. Assim, Deus deu um significado especial ao sábado no contexto do relacionamento entre Ele e os seres humanos.

5. De acordo com Jesus, qual é o propósito do sábado? Mc 2:27, 28

Observe que o sábado não foi feito porque Deus tivesse uma necessidade, mas porque o homem tinha uma necessidade, para a qual Deus fez provisão. No fim dessa primeira semana, Deus descansou de Seus atos de criação e dedicou Seu tempo ao relacionamento com Suas criaturas. Os seres humanos necessitavam de comunhão com seu Criador a fim de entender seu lugar no Universo. Imagine a alegria e admiração que Adão e Eva experimentaram à medida que conversavam com Deus e contemplavam o mundo feito por Ele. A sabedoria dessa provisão para o descanso se tornou ainda mais evidente depois do pecado. Precisamos do descanso sabático, para que não percamos a visão de Deus e para que não sejamos envolvidos pelo materialismo e excesso de trabalho.

Deus nos ordena dedicar um sétimo de nossa vida para a lembrança do ato de criação. O que isso deve nos dizer sobre a importância desse princípio? Como você pode aprender a ter uma experiência mais profunda e mais rica com o Senhor ao descansar no sábado como Ele fez?

Quinta
Ano Bíblico: Êx 1–4

O dia literal


6. Quais são os componentes dos dias da criação? Alguma coisa nos versos indica que esses não foram dias literais de 24 horas? Gn 1:5831

A natureza dos dias da criação tem sido objeto de muita discussão. Alguns questionaram se esses foram dias normais ou se podem representar períodos de tempo muito mais longos. A descrição que o texto faz dos dias da criação responde a essa questão. Os dias são compostos por tarde (período escuro) e manhã (período de luz) e são numerados sucessivamente. Isto é, os dias são apresentados de uma forma que mostra muito claramente que eles têm a mesma forma dos dias que temos hoje, uma noite e uma manhã, um período de escuridão e um período de luz. É difícil ver como a declaração poderia ser mais clara ou explícita na descrição dos dias semanais. A repetida expressão “Houve tarde e manhã” enfatiza o aspecto literal de cada dia.

7. Que indicação temos de que todos os sete dias da semana da criação foram dias literais? Lv 23:3

Os antigos hebreus não tinham dúvida quanto à natureza do dia de sábado. Era um dia de duração normal, mas trazia uma bênção especial de Deus. Observe a comparação explícita da semana de seis dias de trabalho do Senhor com nossa semana de trabalho de seis dias, e a comparação correspondente do dia de descanso para Deus e para nós (veja também Êx 20:911). Até mesmo muitos estudiosos que rejeitam a ideia de que esses foram dias literais costumam admitir que os escritores da Bíblia entendiam que o texto se referia a dias literais.

Muito importante para nosso relacionamento com Deus é nossa confiança nEle e em Sua Palavra. Se não podemos confiar na Palavra de Deus, em algo tão fundamental e tão explicitamente afirmado como a criação de Gênesis em seis dias literais, a respeito do que podemos confiar nEle?

Sexta
Ano Bíblico: Êx 5–8

Estudo adicional


Alguns apelam para textos como o Salmo 90:4 e 2 Pedro 3:8 ao argumentar que cada dia da criação na verdade representa mil anos. Essa conclusão não é sugerida pelo texto nem resolve o problema criado por aqueles que pensam que esses dias representam bilhões de anos.
Além disso, se os dias em Gênesis representassem longos períodos, poderíamos esperar encontrar uma sucessão no registro fóssil que coincidisse com a sucessão dos organismos vivos criados nos sucessivos seis “dias” da criação. Assim, os primeiros fósseis devem ser plantas, que foram criadas no terceiro “dia.” Em seguida devem ser os primeiros animais aquáticos e os animais do ar. Finalmente, devemos encontrar os primeiros animais terrestres. O registro fóssil não corresponde a essa sequência. Criaturas da água vêm antes que as plantas, e criaturas terrestres vêm antes das criaturas do ar. As árvores fósseis, primeiros frutos e plantas com flores aparecem depois de todos esses outros grupos. O único ponto de semelhança é que os seres humanos aparecem por último em ambos os relatos.
“Cada dia consecutivo da criação […] consistiu de tarde e manhã, como todos os outros dias que se seguiram” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 112).
“Mas a suposição dos incrédulos, de que a realização dos eventos da primeira semana exigiu sete períodos extensos e indefinidos, atinge diretamente o fundamento do sábado do quarto mandamento. Ela torna indefinido e obscuro o que Deus deixou muito claro. É o pior tipo de infidelidade, pois para muitos que professam crer no relato da criação, essa é uma infidelidade disfarçada” (Ellen G. White, Spiritual Gifts [Dons Espirituais], v. 3, p. 91).

Perguntas para reflexão
1. Por que é importante entender que a ciência, mesmo com todo o bem que ela faz, ainda tem muitas limitações?
2. Tudo que a ciência tem para estudar é um mundo caído, muito diferente, em muitos aspectos, da criação original. Por que é importante manter essa verdade sempre diante de nós?

Respostas sugestivas: 1. Deus estabeleceu o Sol, a Lua e as estrelas para separar o dia da noite e para marcar estações, dias e anos, bem como para iluminar a Terra. Não sabemos se a luz dos primeiros três dias da criação foi a luz do Sol, ou outro tipo de luz, mas isso para Deus não teria sido um problema. 2. Não, porque Deus ordenou que as águas e o firmamento se enchessem de criaturas viventes de variadas espécies, planejadas com muita criatividade. 3. O termo “espécie” se refere aos tipos básicos a partir dos quais se desenvolveram as subespécies identificadas atualmente. Isso mostra que Deus criou uma diversidade de “espécies” desde o princípio. 4. Em Sua obra, Deus não deixou nada incompleto. Ele criou tudo. O sábado é um tempo separado para celebrar a conclusão da perfeita criação de Deus. 5. O sábado foi feito por causa do homem, para benefício físico e espiritual da humanidade. 6. Noite e dia, parte escura e parte clara. Os versos indicam que esses dias foram literais, cada um deles tendo 24 horas. 7. Devemos trabalhar durante seis dias e no sétimo, descansar. Trata-se da semana literal, com dias literais.

sábado, 5 de janeiro de 2013

VÍDEO RESUM0 LIÇÃO 02 - A FORMAÇÃO DO MUNDO


LIÇÃO Nº 02 - A FORMAÇÃO DO MUNDO

A formação do mundo


Casa Publicadora Brasileira – Lição 212013




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Gn 16–19

VERSO PARA MEMORIZAR: “Assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a Terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu Sou o Senhor, e não há outro” (Is 45:18).

Leituras da semana: Gn 1:1-13; Is 45:18; 1Jo 1:5; Ap 22:5; 2Co 4:6; 2Pe 3:5; Jó 38:4-6

Os cientistas estão cada vez mais impressionados com a adequação do mundo para as criaturas vivas. E não é de admirar, porque desígnio e propósito são confirmados em toda a Bíblia, começando com Gênesis 1. Iniciando com um planeta que estava sem forma e vazio, Deus passou os primeiros três dias formando o mundo para a ocupação e os três últimos enchendo-o. A lição desta semana se concentra nos três primeiros dias da semana da criação.

Alguns estudiosos se opuseram à ideia de que Deus iria “impor” um propósito à natureza, argumentando que Ele simplesmente permitiu que o mundo material fosse “livre” e se desenvolvesse por processos naturais supostamente inerentes em si mesmo. Esse é um tema comum entre os que promovem várias formas de “evolução teísta”.* No entanto, tais ideias não são compatíveis com as Escrituras nem com nossa compreensão da criação. O Universo não tem vontade própria. A criação não é uma entidade independente de Deus, mas é a arena escolhida por Ele, na qual o Senhor pode expressar Seu amor pelas criaturas que fez.

* Teísmo: Doutrina comum a religiões monoteístas, que afirmam a existência de um único Deus, soberano do Universo e em intercâmbio com a criatura humana. [Nota do tradutor]

Domingo
Ano Bíblico: Gn 20–22

Sem forma e vazia


1. “No princípio, criou Deus os céus e a Terra. A Terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gn 1:1, 2). O que esses versos revelam sobre a Terra antes do começo da criação da vida?


A Bíblia começa com a história da criação, e a história da criação começa com a declaração de que Deus é o Criador. Em seguida, ela descreve a condição do mundo quando Deus começou a prepará-lo para a ocupação. Quando a História começou, o planeta já estava aqui, mas ainda sem forma, vazio, escuro e úmido. Os versos seguintes descrevem como Deus primeiramente transformou o mundo em um lugar habitável e, em seguida, o encheu de criaturas vivas. O texto não nos diz exatamente quando as rochas e água da Terra passaram a existir, diz apenas que o mundo não tinha sido sempre apropriado para a vida. O mundo se tornou adequado para as criaturas vivas unicamente porque Deus agiu para torná-lo assim.

2. Qual foi a intenção divina ao criar a Terra? Is 45:18


Quando a Terra foi trazida à existência, era inadequada para a vida. A Bíblia não diz nada sobre o período entre a criação original das rochas e da água e a criação do ambiente e das criaturas. Alguns estudiosos acham que não houve intervalo. Outros pensam que pode ter havido um longo período de tempo separando esses dois momentos da criação.

A verdade é que não sabemos, e isso não tem muita importância. Seja qual for o caso, o material da Terra foi criado por Deus e, em seguida, no momento de Sua escolha, Ele criou um ambiente propício para a vida. O ponto essencial é que o Senhor, que não depende de matéria preexistente, usou a matéria que Ele já havia criado em algum momento, algo que em seu estado “primitivo” era tohu vbohu (“sem forma e vazia”). Depois, pelo poder de Sua palavra, Ele criou nosso mundo habitável.

Segunda
Ano Bíblico: Gn 23–25


Haja luz


3. “Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à luz dia e às trevas, noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia” (Gn 1:3-5). O que esses versos ensinam sobre o primeiro dia da criação?


Muitos pontos podem ser deduzidos dessa passagem. Primeiro, a luz apareceu em resposta à ordem de Deus. A palavra de Deus é eficaz em determinar o estado da criação. Em segundo lugar, a luz era “boa”. Podemos nos perguntar por que o texto diz que Deus “viu” a luz; há alguma dúvida de que Deus vê tudo? O ponto é que a luz feita por Deus era boa, mesmo aos olhos dEle. Sabemos que a luz é boa porque o próprio Deus a avaliou como tal.

Outro ponto é que Deus separou a luz das trevas. Luz e trevas estão sob o controle de Deus, e nenhuma delas faz qualquer diferença para Sua atividade e conhecimento (Sl 139:12). Deus deu nomes para as partes escuras e claras do tempo, chamando-as “dia” e “noite”. Ele tem o direito de dar nomes aos períodos de tempo, porque é o Criador do tempo. Como soberano sobre o tempo, Deus não é limitado pelo tempo. Ao contrário, o tempo depende de Deus.

Outro ponto dessa passagem é que houve um período de escuridão e um período de luz que, juntos, formaram um dia. Muito tem sido escrito sobre o significado de “dia” na história da criação. Analisaremos essa questão mais tarde, mas, a propósito, podemos notar que o primeiro dia foi composto por um período de trevas e um período de luz, da mesma forma que observamos os dias atualmente.

Além disso, a luz é uma das características que acompanham a presença de Deus. Não precisamos supor que a luz tenha sido inventada no primeiro dia da criação, uma vez que Deus existia antes da criação da Terra e Sua presença frequentemente é associada à luz (1Jo 1:5; Ap 22:5). Na criação, a luz foi introduzida no planeta anteriormente escuro.

No entanto, como poderia haver dia e noite antes da introdução do Sol no relato da criação? Moisés certamente conhecia a ligação entre o Sol e a luz do dia. Mesmo assim, apesar desse conhecimento óbvio, ele escreveu sobre a luz e as trevas no primeiro dia da criação. Deus deve ter dado a ele um conhecimento de que, neste momento, não podemos entender nem discernir a partir da contemplação do mundo natural. Ainda assim, por que não devemos nos surpreender pelo fato de que algumas coisas sobre a criação permanecem um mistério?

Terça
Ano Bíblico: Gn 26, 27

O céu criado


“E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. E chamou Deus ao firmamento céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia” (Gn 1:6-8).

4. Qual é a função do firmamento? Gn 1:6-8


Deus criou o firmamento, designou sua função, e lhe deu um nome, céus. A função do firmamento ou expansão (céu) foi separar as águas debaixo dele das águas acima dele. Usamos mais o termo “céu” e reconhecemos a divisão do espaço celeste em atmosfera, uma parte do nosso meio ambiente e o espaço além da nossa atmosfera, onde estão o Sol, a Lua e as estrelas.

A atmosfera parece ser a porção do “céu” que foi formada no segundo dia da criação. A atmosfera provê uma forma de mover a água para cima; a água pode evaporar e entrar na atmosfera, onde pode ser transportada para qualquer lugar na Terra. Em seguida, ela pode ser levada de volta para a superfície, como neblina, conforme a descrição de Gênesis 2:6, ou como chuva.

Deus deu nome ao firmamento, indicando Sua soberania sobre ele. O ato de nomear implica que Deus é soberano sobre o espaço. O espaço não limita de modo nenhum as ações de Deus, porque Ele o criou e governa. Assim como aconteceu com a iluminação do mundo no primeiro dia, a criação do firmamento foi concluí­da antes do fim do segundo dia.

Tem havido muita discussão sobre o significado da palavra firmamento. A palavra hebraica raqia às vezes é utilizada para descrever uma chapa de metal que foi batida até se tornar uma lâmina fina. Por isso, o termo “firmamento”. Os críticos argumentam que os antigos hebreus realmente acreditavam que havia uma superfície dura acima da Terra. Assim, eles argumentam, visto que tal coisa não existe, o relato bíblico está errado. Mas esse é um raciocínio falho. O uso da palavra firmamento, nesse contexto, se aplica simplesmente ao céu acima, à atmosfera e ao espaço. Precisamos apenas observar o contexto imediato para saber o que está sendo dito. Em Gênesis, as aves são descritas como voando “sobre a face da expansão dos céus” (Gn 1:20, RC), e em outro texto o firmamento é o lugar em que o Sol e a Lua são vistos (Gn 1:14). Obviamente, as aves não voam na parte do firmamento [raqia] onde o Sol e a Lua estão.

Quaisquer que sejam os mistérios da narrativa da criação, um ponto aparece claramente: nada é deixado ao acaso. Por que é importante saber disso, especialmente nesta época em que muitos acreditam que o acaso desempenhou grande papel em nossa criação?


Quarta
Ano Bíblico: Gn 28–30


Espaço para viver


5. Tente imaginar o extraordinário poder de Deus ao criar o que é descrito em Gênesis 1:9-13. Como esse relato dá uma resposta lógica à antiga pergunta: “O que veio primeiro, o ovo ou a galinha?”


Antes dessa época, a Terra estava coberta com água. A fim de prover espaço para a vida dos seres humanos que Deus planejou criar, Ele mudou a superfície da Terra para produzir bacias que recebessem a água e formassem mares, permitindo o surgimento dos continentes. Isso envolveu uma terceira divisão das características físicas da Terra (a primeira divisão foi entre luz e trevas; a segunda divisão foi entre as águas de cima e as águas de baixo; e a terceira divisão foi entre a terra seca e os mares.)

Além disso, pela terceira vez, Deus deu nomes às coisas que Ele havia separado. A parte seca foi chamada “terra”, e os ajuntamentos das águas foram chamados de “mares”, ilustrando mais uma vez a soberania de Deus sobre o espaço. O Senhor examinou a organização da terra e dos mares e declarou que isso era “bom”.

Um segundo evento está registrado no terceiro dia da criação. A terra seca proporcionou espaço para que Deus colocasse um suprimento de alimentos para as criaturas que em seguida seriam criadas. Deus criou as plantas a partir da parte seca (terra). Relva, ervas e árvores frutíferas são mencionadas especificamente. Essas deviam ser as fontes de alimento para as criaturas terrestres. O texto não indica quantos diferentes tipos de plantas foram criados, mas indica que houve uma diversidade de plantas desde o começo. Na verdade, a partir do que vemos hoje, sabemos que deve ter havido uma incrível variedade dessas formas de vida. Além disso, as Escrituras deixam claro que não existe um ancestral único a partir do qual todas as plantas evoluíram. Desde o início houve uma diversidade de vida vegetal. O conceito de um ancestral único das plantas, fundamental para a biologia evolutiva, é contraditório ao relato bíblico.

Considere a diversidade de frutas, vegetais e outros alimentos. Como eles apresentam forte evidência do amor de Deus por nós? Por que é absurdo pensar que todas essas coisas foram criadas por processos aleatórios, como a evolução ensina?

Quinta
Ano Bíblico: Gn 31–33

A onipotente palavra de Deus


6. O que os seguintes textos nos ensinam sobre o poder da palavra de Deus?

A Bíblia ensina que Deus criou do nada (ex nihilo), pelo poder de Sua palavra e sem conflito ou resistência sob qualquer forma. Esse ponto de vista acerca da criação é exclusivo dos hebreus entre todos os povos do mundo antigo. A maioria das histórias não bíblicas sobre a criação fala de conflito e violência na criação. Por exemplo, os antigos babilônios tinham uma história da criação em que o monstro Apsu e sua companheira Tiamat produziram uma geração de deuses que, depois, eles tentaram destruir, mas Tiamat foi morta na batalha. Seu corpo foi dividido em duas partes, uma que formou os céus e a outra que formou a Terra.

Estudiosos contemporâneos também criaram uma história popular sobre a criação da Terra por meio da violência. Segundo essa história, Deus criou deliberadamente um mundo no qual os recursos eram escassos, causando competição entre os indivíduos, fazendo com que os mais fracos fossem eliminados pelos mais fortes. De acordo com essa história moderna, com o passar do tempo os organismos se tornaram mais e mais complexos, produzindo finalmente os seres humanos e todos os outros organismos vivos a partir de um ancestral comum.

No entanto, os “deuses” da teoria da evolução (mutações aleatórias e seleção natural) não são iguais ao Deus da Bíblia, que é o Defensor dos fracos e generoso Provedor para todas as criaturas. Morte, sofrimento e outros males não foram causados por Deus. Ao contrário, surgiram como resultado natural da rebelião contra Seu bom governo. Os deuses da teoria da evolução utilizam a competição e a eliminação dos fracos pelos fortes a fim de criar. Ainda pior: eles são responsáveis pela morte e sofrimento. Na verdade, morte e sofrimento são seus meios de criar.

Assim, Gênesis 1 e 2 não podem, de nenhuma forma, ser harmonizados com a moderna teoria da evolução, que em sua essência se opõe à narrativa bíblica da criação.

Sexta
Ano Bíblico: Gn 34–36

Estudo adicional


Embora as Escrituras não digam isso explicitamente, temos boas razões bíblicas para acreditar que o Universo já existia muito antes do início da vida na Terra. Em primeiro lugar, em Jó 38:4-6, Deus afirma que houve seres vivos que rejubilaram quando Ele formou o mundo. Isso implica que seres preexistentes viviam no Universo antes da criação da Terra. A referência ao Universo expectante em 1 Coríntios 4:9 pode se referir ao mesmo grupo de seres. Em segundo lugar, a serpente estava presente no Jardim do Éden antes que Adão e Eva pecassem. Em Apocalipse 12:9, a serpente é identificada como Satanás, que foi expulso do Céu. Jesus disse que Ele viu isso acontecer (Lc 10:18). Ezequiel 28:14, 15 descreve o querubim cobridor, que era perfeito no princípio, mas, finalmente, se rebelou. Isso implica que houve um período de tempo antes da rebelião de Satanás e que, provavelmente, ele vivesse no Universo também. Esses textos indicam que Adão e Eva não foram os primeiros seres criados.

“Quando a Terra saiu das mãos de seu Criador, era extraordinariamente bela. Variada era a sua superfície, contendo montanhas, colinas e planícies, entrecortadas por majestosos rios e formosos lagos. As colinas e montanhas, entretanto, não eram abruptas nem escabrosas, tendo em grande quantidade tremendos despenhadeiros e medonhos abismos como acontece hoje. As arestas agudas e ásperas do pétreo arcabouço da Terra estavam sepultadas sob o solo fértil, que por toda parte produzia um pujante crescimento de vegetação. Não havia asquerosos pântanos nem áridos desertos. Graciosos arbustos e delicadas flores saudavam a vista para onde quer que esta se volvesse. As elevações estavam coroadas de árvores mais majestosas do que qualquer uma que hoje existe. O ar, incontaminado por miasmas perniciosos, era puro e saudável” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 44).

Perguntas para reflexão
1. Quantas evidências de um planejamento para a criação do mundo você consegue identificar?
2. Por quais razões a teoria da evolução não pode ser harmonizada com a doutrina bíblica da criação?
3. Sem dúvida, existem elementos no relato da criação em Gênesis que não podemos explicar. No entanto, por que isso não é razão para rejeitar o relato literal da maneira pela qual Deus criou o mundo?

Respostas sugestivas: 1. A Terra era era um planeta escuro e sem vida, inadequado para os seres vivos. 2. Que a Terra fosse habitada. 3. No primeiro dia, Deus fez surgir a luz. O Criador percebeu que a luz era boa. Deus usou a luz para organizar o tempo e a vida, ao separar as trevas da luz, o dia da noite. 4. Separar as águas acima do firmamento das águas abaixo dele. 5. Deus separou a parte seca da Terra das águas, criou relva, as ervas que dão sementes e árvores frutíferas; as condições para a vida no planeta foram criadas antes da chegada dos animais e seres humanos. 6. Deus falou e a luz passou a brilhar em meio às trevas. A palavra que sai da boca do Senhor não volta vazia, mas realiza o que é do Seu agrado. A palavra de Deus criou os céus e a Terra.

BOLETIM ELETRÔNICO 05.01.2013


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

NOVO DISTRITO DE PINDAMONHANGABA

ENDEREÇOS DAS IGREJAS


Distrito de Pindamonhangaba - Pr. Jonatas Lincoln Ferreira


CENTRAL - Pindamonhangaba
R. Taubaté, 290 - Alto Cardoso
12400-000 Pindamonhangaba  SP

Cidade Nova
R. Quinze de Novembro, 370 - Cidade Nova
12414-220 Pindamonhangaba  SP

 Jd. Araretama
R: Eurico Gutmacher, 34 -  Jardim Araretama
12400-000 Pindamonhangaba


Moreira César
Rua Alberto Sabin, 311 – Ipê I – Moreira César


Grupo do Goiabal
Avenida  Primavera, 20 – Goiabal

Grupo do Mombaça
Rua Eduardo da Silva Neto, 597 – Mombaça
12425-300 - Pindamonhangaba

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

VÍDEO RESUMO -LIÇÃO Nº 1 - JESUS, CRIADOR DO CÉU E DA TERRA


VÍDEO INTRODUÇÃO - LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA - ORIGENS


LIÇÃO Nº 1 - JESUS, CRIADOR DO CÉU E DA TERRA

Jesus, Criador do céu e da Terra


Casa Publicadora Brasileira – Lição 112013



Sábado à tarde Ano Bíblico: Ap 20–22

VERSO PARA MEMORIZAR: “No princípio, criou Deus os céus e a Terra” (Gn 1:1).

Leituras da semana: Gn 1:1; Hb 11:3; Sl 19:1-3; Jo 1:1-3, 14; Cl 1:15, 16; Jo 2:7-11

Somente algo maior que a criatura pode tê-la criado. Assim, apenas um Ser maior que o Universo poderia tê-lo criado. Esse Ser é o Deus revelado na Bíblia, a quem adoramos e servimos porque, entre outras coisas, Ele é nosso Criador.

Aprendemos também que esse Deus, que criou o Universo e formou bilhões de galáxias em toda a extensão do cosmos, é o mesmo que veio à Terra para viver entre nós como ser humano e, ainda mais surpreendente: para sofrer a punição pelos nossos pecados.

Às vezes ouvimos falar de coisas “muito boas para ser verdade”. No entanto, o que poderia ser melhor para nós, pecadores neste mundo caído e doloroso, do que conhecer a verdade maravilhosa do amor do nosso Criador, um amor tão grande que fez com que Ele descesse na pessoa de Cristo e ligasse a Si cada um de nós com laços que nunca podem ser quebrados?

Em resposta a uma verdade tão maravilhosa, como devemos viver?

Domingo Ano Bíblico: Repassar o Novo Testamento

No princípio


No princípio, criou Deus os céus e a Terra” (Gn 1:1).

Há muitas verdades profundas nesse texto simples. Uma delas é que o Universo teve um começo. Embora essa ideia possa não parecer tão radical hoje, ela vai contra a antiga crença em uma criação ocorrendo eternamente. De modo geral, a noção de que o Universo teve um início não foi aceita até o século 20, quando o modelo do “Big Bang” acerca das origens foi estabelecido. Até então, muitos acreditavam que ele sempre houvesse existido. Muitos resistiram ao conceito da criação do Universo porque isso implicava algum tipo de Criador (na verdade, o nome “Big Bang” tinha a intenção de zombar da noção de um Universo criado). Mas a evidência de que o Universo teve um início se tornou tão forte que quase todos os cientistas a aceitaram, pelo menos por enquanto (os pontos de vista científicos, mesmo aqueles considerados sacrossantos, muitas vezes são alterados ou refutados).

1. O que a Bíblia afirma sobre Deus e a criação do Universo? Hb 11:3


Assim como Gênesis 1:1, o texto de Hebreus 11:3 é cheio de mistério e de coisas inexplicáveis ao nosso conhecimento atual. No entanto, o texto parece nos dizer que o Universo não foi formado a partir de matéria preexistente, mas foi criado pelo poder da Palavra de Deus. Isto é, matéria e energia foram trazidas à existência pelo poder de Deus.

Criação do nada é conhecida como criação ex nihilo. Muitas vezes atribuímos aos seres humanos a criação de várias coisas, mas eles são incapazes de criar do nada. Podemos mudar a forma da matéria preexistente, mas não temos poder de criar ex nihilo. Somente o poder sobrenatural de Deus pode fazê-lo. Essa é uma das diferenças mais dramáticas entre Deus e os seres humanos e nos lembra de que nossa própria existência depende do Criador.

Na verdade, o verbo criar em Gênesis 1:1 vem de uma raiz hebraica usada somente em referência à atividade criadora de Deus. Unicamente Deus, não os seres humanos, pode fazer esse tipo de criação (leia também Rm 4:17).

Por que um Criador sobrenatural, que existe acima e além da criação, é a única explicação lógica para a origem de tudo? Comente com a classe.

Segunda Ano Bíblico: Vista geral de toda a Bíblia

Os céus declaram


“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som” (Sl 19:1-3).

2. O que as obras de Deus falam sobre Sua glória e atributos? Você já experimentou essa realidade? Como a ciência pode nos ajudar a apreciar ainda mais o poder e sabedoria do Criador? Sl 19:1-3; Rm 1:19, 20


A vida não pode ser mantida em qualquer tipo de ambiente. Na verdade, parece que o Universo deve ter sido muito bem projetado para que a vida existisse. Primeiramente, os blocos de construção de toda a matéria – os átomos – devem ser estáveis o suficiente para que sejam criados objetos materiais estáveis.

A estabilidade dos átomos depende das forças que mantêm juntas as suas partes.

Os átomos contêm partículas carregadas que se atraem e se repelem. As forças de atração e repulsão devem ser cuidadosamente equilibradas. Se as forças atrativas fossem muito fortes, seriam formados apenas átomos grandes, e não haveria hidrogênio. Sem hidrogênio, não haveria água, e, assim, não haveria vida. Se as forças repulsivas fossem fortes demais, seriam formados apenas átomos pequenos, como o do hidrogênio, e não haveria o carbono nem o oxigênio. Sem oxigênio, não haveria água nem vida. O carbono também é essencial para todas as formas de vida que conhecemos.

Os átomos não precisam apenas ser estáveis, mas devem ser capazes de interagir uns com os outros para formar um grande número de compostos químicos diferentes. Deve haver equilíbrio entre as forças que mantêm as moléculas unidas e a energia necessária para quebrar a molécula, a fim de que aconteçam as reações químicas das quais a vida depende.

A exata adequação do nosso Universo para a vida ganhou a admiração de cientistas e levou muitos deles a comentar que ele parece ter sido projetado por um Ser inteligente.

O mundo também deve ter sido planejado sabiamente para que a vida existisse. A variação de temperaturas deve ser compatível com a vida. Por isso, a distância do Sol, a velocidade de rotação e a composição da atmosfera devem estar em equilíbrio. Muitos outros detalhes do mundo devem ter sido cuidadosamente projetados. Na verdade, a sabedoria de Deus é revelada no que Ele criou.

Terça Ano Bíblico: Gn 1–3


O poder de Sua palavra


3. Além da sabedoria, que outro atributo de Deus foi mencionado no contexto da criação? Como esse atributo foi manifestado? Quais são as implicações dessa verdade? Jr 51:15, 16; Sl 33:6, 9


Embora não saibamos exatamente como Deus criou, somos informados de que foi através de Sua palavra poderosa. Toda a energia em todas as partes do Universo teve sua origem na palavra de Deus. Toda a energia em todos os nossos combustíveis veio do poder de Deus. Toda a gravidade em todo o Universo, cada estrela guiada em seu curso e cada buraco negro surgiram pelo poder de Deus.

Talvez a maior quantidade de energia esteja dentro do próprio átomo. Ficamos justificadamente impressionados pelo poder das armas nucleares, nas quais uma pequena quantidade de matéria é convertida em grande quantidade da energia. No entanto, os cientistas dizem que toda matéria contém grandes quantidades de energia. Se uma pequena quantidade de matéria pode produzir a grande energia de uma arma nuclear, considere a quantidade de energia armazenada na matéria do mundo inteiro! Mas isso não é nada quando comparado com a energia armazenada na matéria do Universo. Imagine o poder de Deus utilizado para trazer o Universo à existência!
Muitos cientistas acreditam que qualquer coisa que Deus fizer na criação estará limitada pelas “leis da natureza”, mas essa ideia é contrária à Bíblia. Deus não é limitado pela lei natural. Em vez disso, Ele determinou a lei natural. Nem sempre o poder de Deus seguiu os padrões que chamamos de “leis da natureza”.

Por exemplo, uma das “leis da natureza” é a “Lei da Conservação da Matéria e Energia”. Essa lei afirma que a quantidade total de matéria e energia no Universo é constante. Mas como o Universo poderia aparecer do nada se essa lei fosse inviolável? A palavra criadora de Deus não está limitada às “leis” da ciência. Deus é o autor de toda a criação e é livre para realizar Sua vontade.

Pense na grandeza do Universo e no extraordinário poder necessário para criá-lo. Não é confortador pensar que o Deus que exerce tal poder nos ama e morreu por nós?

Quarta Ano Bíblico: Gn 4–7


Jesus, Criador do céu e da Terra


4. Qual é a identificação do Criador no Novo Testamento? Quais são as implicações da resposta a essa pergunta? Jo 1:1-3, 14; Cl 1:15, 16; Hb 1:1, 2


João se refere a Jesus como o Verbo (“Logos”) e O iguala a Deus. Mais especificamente, Jesus é o Criador de todas as coisas. Nos dias de João, geralmente o termo logos era usado para representar o princípio criativo. Os leitores de João estavam familiarizados com o conceito de logos como um princípio criativo ou até mesmo como um Criador. João aplicou esse conceito familiar a Jesus, identificando-O como o verdadeiro Criador. Jesus, o Logos, o Encarnado que viveu entre nós, estava não apenas presente no princípio, Ele foi o Criador do Universo. Isso significa que podemos ler Gênesis 1:1 assim: “No princípio, Jesus criou os céus e a Terra.”

As palavras de Paulo no primeiro capítulo da carta aos Colossenses repercutem as de João na identificação de Jesus Cristo como Criador. Por Ele todas as coisas foram criadas. Paulo acrescenta dois outros atributos de Jesus. Primeiro, Ele é a imagem do Deus invisível. Em nosso estado pecaminoso, não podemos ver Deus, o Pai, mas podemos ver Jesus. Se queremos saber como é Deus, podemos estudar a vida de Jesus (Jo 14:9). Segundo, Paulo chama Jesus de “primogênito” da criação (Cl 1:15). Nesse contexto, “primogênito” não se refere à origem, mas ao status.

O primogênito era o cabeça da família e herdeiro dos bens. Jesus é o “primogênito” no sentido de que, como Criador e por meio da Encarnação (ao assumir nossa humanidade), Ele é o líder legítimo da família humana. Jesus não era um ser criado, mas, desde a eternidade era um com o Pai.

Hebreus 1:1, 2 repete os mesmos pontos da passagem de Colossenses. Jesus é nomeado herdeiro de todas as coisas, Aquele por quem o mundo foi criado. Além disso, Ele é a representação exata da natureza do Pai, outra maneira de afirmar que Ele é a imagem de Deus.

Como você responderia se alguém lhe perguntasse: “Como é o seu Deus?” Que justificativa você daria para sua resposta?

Quinta Ano Bíblico: Gn 8–11

O Criador entre nós


5. Em quais situações o poder criador de Jesus foi manifestado? Jo 2:7-11; 6:8-13; 9:1-34


Cada um desses milagres nos dá um vislumbre do poder de Deus sobre o mundo material que Ele mesmo criou.

Em primeiro lugar, que tipo de processo seria necessário para transformar a água em vinho? Não sabemos. Na verdade, o que Jesus fez naquela ocasião foi um ato fora das leis da natureza, pelo menos como as conhecemos agora.

No milagre dos peixes e pães, Jesus começou com cinco pães e dois peixes e terminou com o suficiente para alimentar uma multidão e obter doze cestos de sobras. Todo o alimento foi feito de átomos e moléculas. No fim, havia muitas vezes mais átomos e moléculas de alimento do que quando Jesus começou a alimentar a multidão. De onde vieram as moléculas adicionais, se não pela intervenção sobrenatural de Deus?

Além disso, que mudanças físicas ocorreram no cego quando ele foi curado? Ele era cego de nascença. Assim, seu cérebro nunca havia sido estimulado a formar imagens a partir das mensagens enviadas pelo olho através do nervo óptico. Seu cérebro teve que ser renovado, para que pudesse processar as informações recebidas, formar imagens e interpretar seu significado. Além disso, havia algo errado com o próprio olho. Talvez algumas moléculas fotorreceptoras houvessem sido produzidas de forma incorreta, como resultado de uma mutação em seu DNA. Ou talvez alguma mutação tivesse ocorrido, no momento da concepção, nos genes que controlam o desenvolvimento das partes do olho – retina, nervo óptico, lente, etc. Ou talvez tivesse ocorrido algum dano mecânico que impedisse o olho de funcionar adequadamente.

Quaisquer que fossem os detalhes da cegueira do homem, as palavras de Jesus fizeram com que moléculas se formassem nos lugares apropriados, criando receptores funcionais, conexões neuronais e células cerebrais, de modo que a luz recebida pelo olho formasse imagens, e o homem tivesse a capacidade de reconhecê-las como nunca havia visto antes.

Embora os milagres sejam maravilhosos, qual é o perigo de fundamentar a fé neles?

Sexta Ano Bíblico: Gn 12–15


Estudo adicional


A obra da criação jamais poderá ser explicada pela ciência.

“A teoria de que Deus não criou a matéria ao trazer à existência o mundo, não tem fundamento. Na formação de nosso mundo, Deus não dependeu de matéria preexistente. Ao contrário, todas as coisas, materiais e espirituais, surgiram perante o Senhor Jeová ao Seu comando, e foram criadas pelo Seu próprio desígnio. Os céus e todas as suas hostes, a Terra e tudo quanto nela há, são não somente obra de Suas mãos, mas vieram à existência pelo sopro de Sua boca” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 258, 259).
“Precisamente como Deus realizou a obra da criação, jamais Ele o revelou ao homem; a ciência humana não pode pesquisar os segredos do Altíssimo. Seu poder criador é tão incompreensível quanto Sua existência” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 113).

Perguntas para reflexão
1. Por que somente um Criador sobrenatural pode explicar a criação? Comente com a classe.
2. A ciência fala sobre o que ela chama de “coincidências antrópicas” (da palavra grega anthropos [homem]), em referência aos equilíbrios incrivelmente bem ajustados entre as forças da natureza, que tornam possível a vida humana. Observe, no entanto, o preconceito embutido revelado na palavra coincidências. Se você não acredita em Deus, então tem que atribuir esses equilíbrios à mera coincidência. Por que a crença de que eles foram o produto da atuação de um Deus Criador é uma explicação mais razoável do que simplesmente chamá-los de “coincidências”?
3. Considere o amor do Criador, quando Ele formou Adão e Eva e lhes deu um belo lar no Paraíso, sabendo que Ele mesmo sofreria e morreria no Calvário, nas mãos da humanidade que estava criando. O que aprendemos sobre o amor de Deus a partir da Sua decisão de ir em frente com a criação, mesmo sabendo que sofreria?
4. Qual é a diferença entre a teoria do “Big Bang” e a declaração de Gênesis 1:1? O “Big Bang” poderia ser uma descrição da maneira pela qual o Universo passou a existir, por meio da palavra de Deus? Quais questões ou problemas você vê nessa ideia? Por que seria perigoso vincular nossa teologia a qualquer teoria científica, especialmente quando a ciência muda com tanta frequência?

Respostas sugestivas: 1. O Universo foi formado pelo poder da palavra de Deus, a partir do que era invisível. 2. Os céus anunciam a glória de Deus e o firmamento a obra de Suas mãos. Por meio de evidências, sem palavras, percebemos Seu poder e Sua divindade nas obras da criação. 3. O poder de Sua palavra criadora. 4. Jesus, o divino e eterno Verbo de Deus criou todas as coisas. Em Jesus, Deus Se tornou homem para salvar a humanidade. Ele tem a imagem do Pai e por isso pode revelá-Lo plenamente. 5. Ao transformar água em vinho, ao multiplicar os pães e peixes e ao curar o cego de nascença.