sábado, 29 de setembro de 2012

EPÍSTOLAS AOS TESSALONICENSES - DR. RODRIGO SILVA

INTRODUÇÃO ÀS EPISTOLAS DOS TESSALONICENSES

LIÇÃO 01 - O EVANGELHO CHEGA A TESSALÔNICA

LIÇÃO 02 - PRESERVANDO RELACIONAMENTOS

LIÇÃO 03 - TESSALÔNICA NOS DIAS DE PAULO

LIÇÃO 04 - ALEGRIA E GRATIDÃO

LIÇÃO 05 - O EXEMPLO APOSTÓLICO

LIÇÃO 06 - AMIGOS PARA SEMPRE


LIÇÃO 07 - VIDA SANTA


LIÇÃO 08 - OS MORTOS EM CRISTO

LIÇÃO 09 - EVENTOS FINAIS

LIÇÃO 10 - VIDA DA IGREJA

LIÇÃO 11 - PROMESSA AOS PERSEGUIDOS

LIÇÃO 12 - O ANTICRISTO

LIÇÃO 13 - CONSERVANDO A IGREJA FIEL

VÍDEO DA LIÇÃO 13 - CONSERVANDO A IGREJA FIEL


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

BOLETIM ELETRÔNICO 29.09.2012


LIÇÃO N° 1 - O GRANDE CONFLITO

O grande conflito: fundamento de nossas crenças


Casa Publicadora Brasileira – Lição 142012



Sábado à tarde Ano Bíblico: Zc 1–4

VERSO PARA MEMORIZAR: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o Seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).

Leituras da semana: Gn 3:15; Ap 12:1-17; Is 14:4-21; Ez 28:12-19; Is 53:6; Rm 1:20-28; Jo 16:2

Pensamento-chave: O tema do grande conflito é o conceito abrangente que dá coesão às crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Dizem que “a necessidade é a mãe da invenção.” A palavra mãe, nesse caso, significa “a fonte”, “a força motriz” e “o fundamento”. É a carência, a necessidade de algo que move as pessoas à ação. Por exemplo, a necessidade de um ar mais puro é a base, a força motriz por trás do movimento por outras fontes de energia diferentes dos combustíveis fósseis.

Assim como ocorre com as invenções físicas, um sistema de crenças também precisa de uma base, um princípio que o explique.

Os adventistas do sétimo dia professam um corpo de 28 crenças fundamentais. Essas crenças têm o fundamento no conceito que chamamos de “grande conflito”. Cada uma das 28 crenças fundamentais aborda um aspecto específico desse conflito cósmico. As crenças que serão estudadas neste trimestre têm mais sentido contra o pano de fundo do tema do grande conflito. Nesta semana, consideraremos alguns dos pontos principais desse fundamento.

Domingo Ano Bíblico: Zc 5–8


O conflito e seus atores


Ao longo de toda a história registrada, as pessoas têm percebido que a humanidade está em um tipo de batalha, uma guerra, uma luta entre forças inimigas.

O poeta T. S. Eliot escreveu: “Em todos os meus anos, uma coisa não muda./Por mais que você a disfarce, essa coisa não muda:/A perpétua luta entre o bem e o mal” (T. S. Eliot: The Complete Poems & Plays [T. S. Eliot: Peças de Teatro e Poemas Completos]; Nova York, San Diego, Londres; Harcourt Brace & Company, 1952, p. 98).

Embora essa compreensão seja comum, as pessoas têm visões radicalmente diferentes a respeito do significado do conflito, acerca de quem está envolvido, o que está em jogo e como ele vai acabar. No entanto, como adventistas do sétimo dia, temos uma perspectiva decididamente sobrenaturalista acerca dessa batalha, uma perspectiva que vem da nossa compreensão bíblica e da forma pela qual a Bíblia descreve o que chamamos de “grande conflito entre Cristo e Satanás”.

1. Quais são os atores principais no conflito? Embora símbolos às vezes sejam utilizados para descrever os atores, por que acreditamos que os poderes descritos são seres reais, literais? O que aconteceria com todo o nosso sistema de crenças se entendêssemos apenas de modo espiritual a realidade do grande conflito entre Cristo e Satanás e nosso papel nele? Gn 3:15; Ap 12:1-17

Não é incomum as pessoas usarem termos como diabo, anjos e até mesmo Deus, quando querem falar de algo muito diferente do que aquelas palavras normalmente significam. Por exemplo, há alguns cujo interesse no uso da palavra “Deus” focaliza apenas a função que essa palavra desempenha na linguagem e sociedade humanas. Elas não têm interesse em saber se “Deus”, de alguma forma, existe.

Sejam quais forem os símbolos utilizados para descrevê-las, a Bíblia ensina que essas figuras são entidades reais, envolvidas em um conflito real. É assim que os adventistas do sétimo dia as entendem. A maioria das doutrinas estudadas neste trimestre não terão sentido se os atores identificados no conflito não forem considerados literalmente, o que muitas vezes nos coloca decididamente em conflito com a cultura dominante.

De fato, embora o secularismo tenha assumido diferentes contornos e formas ao longo dos últimos dois séculos, nada o caracteriza mais do que o esforço para eliminar toda a linguagem sobrenatural do discurso humano. Com o sucesso da ciência, a cultura contemporânea está testemunhando uma extinção gradual da crença no sobrenatural.

A cultura de sua região é fortemente afetada pela visão secular e científica acerca do mundo? Você foi influenciado por essa visão? Contra que aspectos dela especialmente devemos nos guardar?

Segunda Ano Bíblico: Zc 9–11


A queda de Lúcifer


Embora a Bíblia não mencione explicitamente as questões envolvidas no conflito entre Deus e Satanás, elas podem ser deduzidas a partir de algumas passagens bíblicas relacionadas ao assunto, tais como Isaías 14:4-21 e Ezequiel 28:12-19. Em seus cenários originais, esses textos representavam os reis pagãos de Tiro e Babilônia, mas, quando lidos cuidadosamente, apresentam detalhes que vão além desses antigos governantes orientais. Na verdade, eles apontam para a origem, posição e queda de Satanás.

2. Em 1 Timóteo 3:6, Paulo adverte contra a ordenação de um novo converso, alertando que isso pode levar a pessoa a se tornar vaidosa e a cair na mesma condenação do diabo. Como a declaração de Paulo esclarece Isaías 14:4-21 e Ezequiel 28:12-19? De que forma essas três passagens nos ajudam a entender algumas questões do conflito?


Pelo menos três questões são levantadas nos textos citados acima: orgulho, autonomia e independência. O Antigo Testamento retrata um ser criado, dependente, desejando ser autossuficiente e independente. Mas independência é sempre independência de algo ou alguém. A primeira carta de João 3:8 diz que o diabo vive pecando desde o princípio; 1 João 3:4 define “pecado” como transgressão da lei. Segue-se, então, que o pecado de Satanás, que se manifestou como uma busca por independência e autonomia – representava o desejo de ser livre das “restrições” de Deus e de Suas leis. Assim, ao recusar se submeter à autoridade da lei de Deus, Satanás mostrou que desejava viver sob um conjunto diferente de condições. Essa rebelião também implicava que o sistema de leis do Céu não era o ideal e que, na verdade, algo estava errado com essas leis. Mas, pelo fato de que a lei de Deus é um reflexo de Seu caráter, um defeito na lei equivaleria a um defeito no caráter de Deus. Em resumo, a rebelião de Satanás foi tanto contra o próprio Deus como contra qualquer outra coisa.

Orgulho, autonomia, independência. O que essas palavras trazem à sua mente? De que maneira todos nós estamos em perigo de cair nas armadilhas, às vezes muito sutis, que o orgulho, a autonomia e a independência colocam diante de nós? Afinal de contas, sob as condições corretas, o que há de errado nesses conceitos?

Terça Ano Bíblico: Zc 12–14


A arma de Deus


3. De que forma o grande conflito é revelado em Gênesis 3:15?


A linguagem enigmática de Gênesis 3:15, na qual o conflito está predito, nos dá um indício das regras divinas para essa guerra. Podemos ver que o conflito, que tinha acabado de começar na Terra, envolvendo a serpente e a mulher, tomaria forma, envolvendo os seguidores dos participantes iniciais: a “semente” da mulher e a “semente” da serpente. No devido tempo, como sabemos, o conflito culminaria em um confronto mortal entre Satanás e um descendente da mulher, Jesus de Nazaré. A arma escolhida por Deus foi Jesus, que viria para lutar em favor da mulher, seria ferido, mas finalmente desferiria um golpe mortal na serpente. A arma escolhida foi um ato de sacrifício, por meio de Jesus, um ato de amor altruísta.

4. Que assuntos envolvidos no grande conflito são esclarecidos nos textos a seguir? Por que o plano da salvação é central nessa questão?
A) Compare Gn 4:4 com Hb 11:4;
B) Compare Gn 12:3 e 22:18 com Gl 3:16;
C) Compare Êx 25:9 com Hb 4:2;
D) Compare Is 53:6 com Rm 5:8;
E) Leia Mt 16:18; 18:16-20;
F) Leia Hb 8:1, 2

Quarta Ano Bíblico: Malaquias


A batalha de Satanás


Se você olhar atentamente para a lição de ontem, verá uma progressão na maneira pela qual Deus manifestou a Si mesmo e Sua verdade, em meio ao grande conflito. Deus atuou por meio dos rituais no tempo dos patriarcas e no santuário israelita, por intermédio da morte expiatória e sacrifical de Cristo, por meio da igreja e no próprio ministério de Cristo no santuário celestial.

No entanto, Satanás tem trabalhado incansavelmente para minar os planos do Senhor. Grande parte do grande conflito tem sido, e ainda é, travada em torno desses mesmos temas.

Por exemplo, o sistema de sacrifícios praticado pelos patriarcas e no ritual do santuário de Israel, foi designado por Deus para que a humanidade se lembrasse do Criador e para manter viva a esperança de redenção.

5. Como Satanás procurou usurpar e destruir a verdade sobre o plano da salvação, especialmente a verdade revelada no sistema de sacrifícios? Rm 1:20-28; Dt 32:17, 18

Claro, a encarnação de Cristo, Seu ministério na Terra e Seu sacrifício expiatório na cruz foram as partes centrais do modo como Deus preferiu derrotar Satanás no grande conflito. A morte de Cristo garantiria a destruição de Satanás, que trabalhou incansavelmente contra Cristo.

6. De que maneiras Satanás trabalhou contra Jesus? Mt 2:1-18; 4:1-11; 16:21-23; 27:39-42

Depois de Sua morte e ressurreição, Cristo estabeleceu Sua igreja na Terra, para proclamar à humanidade perdida a boa notícia da salvação. Desde o início da igreja, Satanás tem procurado enfraquecê-la e destruí-la. As passagens a seguir mostram algumas das táticas que ele usa contra a igreja (leia At 5:17, 18; 7:54-60; 2Ts 2:1-4; 1Tm 4:1; 2Pe 2:1; Ap 12:13-17).

Entretanto, a carta aos Hebreus fala de um santuário real no Céu, onde Cristo entrou depois de Sua ascensão (Hb 4:14-16; 9:24), para realizar uma função sacerdotal em favor da humanidade pecadora (Hb 7:27). Em Daniel 8:11-14, podemos ver a atividade de Satanás oposta ao ministério sacerdotal de Cristo no santuário celestial e sua tentativa de usurpar esse ministério.

Uma coisa é ler 1 Pedro 5:8, 9 e ter uma compreensão intelectual dessa advertência; outra coisa é realmente vivê-la em nosso dia a dia. Como podemos, de fato, resistir ao diabo? Quantas vezes durante um único dia você está ciente dos esforços de Satanás contra você?

Quinta Ano Bíblico: Vista geral do Antigo Testamento


Escolhas


Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15). Como esse texto revela o que é, em muitos aspectos, a questão mais fundamental no grande conflito?

As profecias apresentam uma visão das cenas finais do conflito entre Deus e Satanás. Por um período de 1.260 anos (Dn 7:25; 12:7; Ap 11:2; 12:14; 13:5), Satanás esporadicamente, mas persistentemente, perseguiu o povo de Deus. Em um confronto final descrito em Apocalipse 12 e 13, ele emprega dois poderes terrestres: uma besta semelhante a leopardo (Ap 13:1-10) e uma besta de dois chifres (Ap 13:11-17). Esses poderes empregam todas as táticas de Satanás, mencionadas na lição de ontem.

7. Apocalipse 14 descreve o contra-ataque divino às manobras de Satanás, durante as etapas finais do conflito, com o objetivo de encerrar a guerra. De que maneira algumas questões do grande conflito serão reveladas? Ap 14:6-13


Do ponto de vista de Deus, uma proclamação clara das questões envolvidas no conflito (aqui representadas como sendo transmitidas por três anjos) é necessária antes do fim do conflito. A humanidade precisa ser informada de modo inteligente para que as pessoas tomem uma decisão sobre essas questões.

No conflito final haverá pessoas que permanecerão leais a Deus. Em Apocalipse 14 elas são simbolizadas com o número 144.000, possivelmente representativo de um povo inumerável de todas as nações da Terra (Ap 7:4). Mas elas permanecerão obedientes aos mandamentos de Deus em um tempo de grande angústia e serão inteiramente dedicadas à adoração de seu Deus Criador. Receberão a aprovação de Deus e serão vitoriosas com Ele, enquanto as impenitentes serão destruídas na colheita seguinte (Ap 14:14-20). O ponto é que um dia esse grande conflito estará terminado.

Uma coisa a respeito do grande conflito: ninguém pode ser neutro. Você está de um lado ou do outro. Qualquer um pode alegar estar do lado do Senhor (Jo 16:2). Como você pode saber, com certeza, que realmente está do lado certo? Comente com a classe.

Sexta Ano Bíblico: Mt 1–4

Estudo adicional


Leia de Frank B. Holbrook, “The Great Controversy” [O Grande Conflito], p. 969-1008, em Raoul Dederen (editor), Handbook of Seventh-day Adventist Theology [Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia].

“A Bíblia explica-se por si mesma. Textos devem ser comparados com textos. O estudante deve aprender a ver a Palavra como um todo, e bem assim a relação de suas partes. Deve obter conhecimento de seu grandioso tema central, do propósito original de Deus em relação a este mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da História e da profecia, até a grande consumação. Deve enxergar como esse conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato da vida ele revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira ou não, ele está agora mesmo decidindo de que lado do conflito estará” (Ellen G. White, Educação, p. 190).

Perguntas para reflexão
1. Alguns falam sobre uma “demora” na segunda vinda de Cristo. Com a quantidade de injustiça e de sofrimento sem sentido no mundo, parece que cada dia adicional de vida na Terra já é demais. Peça que os alunos compartilhem suas perspectivas sobre o tema do grande conflito do ponto de vista da assim chamada “demora”.
2. Como podemos saber que estamos do lado do Senhor? A resposta é relevante especialmente por causa do nosso entendimento de quem serão os perseguidores nos últimos dias. Como podemos ter certeza de que estaremos no lado certo?

Respostas sugestivas: 1. Jesus e Satanás; a Bíblia afirma que o conflito e seus atores são reais. Se tudo fosse apenas algo espiritual, não haveria esperança real. 2. Satanás ficou orgulhoso por causa da beleza, perfeição e privilégios que o Criador havia dado a ele; quis ser igual a Deus, cobiçou a adoração dos anjos e corrompeu sua santidade, dando origem ao conflito. 3. Na inimizade entre a serpente e a mulher; Jesus, o descendente da mulher esmagaria, na cruz, a cabeça da serpente. 4. O plano da salvação está em todas as questões: (A) O verdadeiro e o falso sistema de adoração; a verdadeira fé, que obedece, e a presunção, que se rebela contra Deus; (B) A bênção será dada aos que aceitarem o sacrifício de Jesus, descendente de Abraão; os seguidores da serpente serão amaldiçoados; (C) O ritual do santuário anunciou o evangelho no Antigo Testamento, mas nem todos aproveitaram; (D) Nossos pecados foram lançados sobre Jesus por causa do amor de Deus por nós; (E) Fundamentada em Cristo, a igreja tem autoridade para resolver problemas internos e vencer as forças externas do mal; (F) Jesus está à direita do trono da majestade, ministrando como Sumo Sacerdote, em favor de Seu povo. 5. Buscou transformar a glória de Deus na semelhança do homem corruptível e de animais; levou as pessoas a desonrar o corpo e a adorar a criatura em lugar do Criador; e a oferecer sacrifícios aos demônios. 6. Procurou matar o menino Jesus; apresentou tentações para que Jesus pecasse; usou Pedro para desviar Cristo de Sua missão; desafiou Jesus a descer da cruz. 7. Os mensageiros divinos apresentarão: o evangelho eterno, o dever de adorar somente ao Criador e o juízo divino; diante do evangelho, as mentiras de Babilônia serão derrubadas; os adoradores da besta serão destruídos e os adoradores do Criador receberão a vida.

domingo, 23 de setembro de 2012

LIÇÃO Nº13 - CONSERVANDO A IGREJA FIEL

Conservando a igreja fiel (2Ts 2:13-3:18)


Casa Publicadora Brasileira – Lição 1332012




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Obadias e Jonas

VERSO PARA MEMORIZAR: “Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (2Ts 2:15).

Leituras da semana: 2Ts 2:13-3:18; At 17:11; Lc 10:25-28; Mt 7:24-27; 18:15-17

Pensamento-chave: Na igreja, mesmo com todas as grandes e gloriosas promessas para o futuro, temos que enfrentar lutas e desafios diários. A igreja de Tessalônica não foi exceção.

As igrejas são muito parecidas com as plantas. Se uma planta não crescer, morrerá. Em outras palavras, a mudança está relacionada à forma pela qual as plantas foram projetadas por Deus. De igual maneira, uma igreja que não mudar nem crescer, também morrerá. Mas nem todas as mudanças são boas. A mudança pode nos afastar daquilo que somos. Ela pode nos levar a perder o contato com o propósito de Deus para nós. A Igreja Adventista do Sétimo Dia deve estar especialmente atenta porque, além de nós, ninguém está proclamando a mensagem da verdade presente! Essa é uma pesada responsabilidade, da qual jamais devemos nos esquecer.

Por meio da revelação e da harmonia promovida pelo Espírito Santo, Deus conduziu a igreja a uma luz ainda maior. A luz do passado ajuda a igreja a navegar pelas águas perigosas da mudança. As palavras finais de Paulo aos tessalonicenses nos dão orientação inspirada quanto a essa questão decisiva.

Domingo Ano Bíblico: Mq 1–4


Fiéis por escolha divina (2Ts 2:13-17)


Alinguagem desta seção relembra a oração no início de 1 Tessalonicenses. É quase como se Paulo estivesse retornando ao lugar em que começou, criando uma conclusão natural para essas duas cartas. Paulo expressou a preocupação de que os crentes em Tessalônica não se desviassem do caminho no qual ele os havia conduzido.

1. Leia 2 Tessalonicenses 2:13-17. Por que Paulo agradeceu a Deus pelos tessalonicenses? O que ele pediu que eles fizessem? Por que essas palavras são tão apropriadas para nós hoje, ao nos aproximarmos do fim?


Para Paulo, a vida dos tessalonicenses era evidência de que eles tinham sido escolhidos como “primícias para ser salvos” (English Standard Bible). Em algumas traduções, as palavras são: “desde o princípio”. Embora a salvação seja um dom, o crente a experimenta por meio da santificação do Espírito Santo e fé na verdade. A vida do cristão, em lugar de ser apenas uma experiência subjetiva, está solidamente fundamentada na verdade.

Por isso, Paulo estava tão preocupado em que os tessalonicenses se firmassem nas doutrinas nas quais haviam sido ensinados, tanto por carta quanto pela palavra falada. Com o tempo, muitas vezes, muda a compreensão que as pessoas têm da verdade. Por isso precisamos ser sempre confirmados pelos que pregam e nos ensinam.

Nos primeiros dias da igreja, havia até mesmo uma preferência pela tradição oral sobre a tradição escrita. A tradição oral é menos sujeita à distorção involuntária. Tom de voz e gestos comunicam significado com mais precisão do que palavras em uma página. Por isso, a pregação como método de comunicação jamais envelhece.

Mas a tradição escrita, como nas cartas de Paulo, é menos sujeita a distorções intencionais por aqueles que alteram o evangelho segundo seus próprios interesses. A palavra escrita oferece uma norma segura e imutável pela qual podem ser postas à prova as mensagens orais que surgem por meio da pregação. No livro de Atos, os bereanos foram elogiados porque combinaram a atenção às mensagens orais com o exame cuidadoso das Escrituras (At 17:11).

Leia novamente os textos para hoje. Tantas forças estão sempre tentando nos afastar da verdade! Considere como você mudou ao longo do tempo. Essas mudanças revelam uma lenta e constante adequação à verdade ou o movimento lento, constante para longe dela? Em outras palavras, em que direção sua vida está se movendo?

Segunda Ano Bíblico: Mq 5–7


Confiança diante do mal (2Ts 3:1-5)


No mundo de hoje, muitas pessoas riem da ideia de um Satanás literal. Na mente delas, ele é um mito, um resquício de uma era supersticiosa e pré-científica. Elas acham que o bem e o mal são simplesmente consequências aleatórias de causa e efeito. Na mente de algumas pessoas, o bem e o mal são apenas conceitos construídos culturalmente em relação a tempos e lugares específicos, nada mais.

Mas a Bíblia afirma claramente que Satanás é real. E, muitas vezes, em algumas partes do mundo, para ele é vantajoso se esconder ou até mesmo permitir que as pessoas zombem dele e o representem na forma de um diabo vermelho com chifres. Essa caricatura alcança muito sucesso em fazer com que as pessoas pensem que ele não é real, o que é exatamente o desejo dele.

2. Leia 2 Tessalonicenses 3:1-5. Embora os desafios à nossa fé estejam por aí, Paulo expressa esperança. Qual é a base dessa esperança, e qual é a condição em que podemos ter segurança para reivindicá-la? Lc 10:25-28; Dt 8:1


Paulo começa esse texto com um pedido de oração (como em 1Ts 5:25) para que o evangelho se espalhe rapidamente e seja honrado por meio de seu trabalho. Paulo também quer que eles orem para que ele seja liberto dos homens maus (2Ts 3:2). A expressão aqui implica que ele tinha em mente indivíduos específicos que os destinatários da carta podiam até não conhecer.

Em seguida, Paulo usa um jogo de palavras (2Ts 3:2, 3). Nem todos os homens têm “fé” (confiança em, ou compromisso com Deus), mas o Senhor é “fiel” (confiável, alguém que inspira fé e comprometimento). Esse Senhor fiel e confiável os protegerá contra o maligno, ou Satanás. A boa notícia é que, embora Satanás seja mais poderoso do que nós, o Senhor é mais poderoso do que Satanás, e nEle podemos encontrar segurança e força.

Paulo termina esse texto (2Ts 3:4, 5) elogiando mais uma vez os tessalonicenses e oferecendo uma oração em seu favor. Ele estava seguro de que eles estavam fazendo o que ele havia pedido e de que continuariam a proceder assim, apesar da oposição de Satanás e das pessoas que ele inspirava. Ele expressa o desejo de que o Senhor dirija a atenção deles ao “amor de Deus” e à “constância de Cristo”.

Como podemos aprender a ter fé, esperança e certeza, independentemente das circunstâncias difíceis?

Terça Ano Bíblico: Naum


As Escrituras e a tradição (2Ts 3:6-8)


Quando Jesus andou na Terra, não havia o Novo Testamento. A Bíblia de Jesus era o “Antigo Testamento”. Mas, desde o início, a obediência às palavras faladas de Jesus foi a atitude sábia manifestada por Seus seguidores (Mt 7:24-27).

As palavras e ações de Jesus continuaram a ser autoritativas para a igreja nos anos que se seguiram (1Ts 4:15; At 20:35; 1Co 11:23-26). Por meio da inspiração do Espírito Santo, os apóstolos foram guiados a uma interpretação correta das Suas palavras e do significado de Suas ações (Jo 15:26, 27; 16:13-15). E antes que a primeira geração de cristãos saísse de cena, os escritos dos apóstolos foram considerados totalmente iguais aos dos profetas do Antigo Testamento e podem ser chamados de “Escrituras” (2Pe 3:2, 16).

3. De acordo com 2 Tessalonicenses 3:6-8, 14, o que Paulo incluía em seu conceito de verdade?


Quando Paulo chegou a Tessalônica, a igreja primitiva considerava as palavras de Jesus e os ensinamentos dos apóstolos como suprema autoridade. Nos tempos do Novo Testamento, “tradição” não era necessariamente uma palavra ofensiva, mas podia se referir à memória das palavras e ações de Jesus e podia incluir os ensinamentos orais e os escritos dos apóstolos. A tradição era para eles equivalente ao que as Escrituras são para nós. Ela podia ser ordenada e devia ser obedecida.

Para os tessalonicenses, tradição significava mais do que apenas as cartas de Paulo. Incluía tudo o que Paulo havia dito, enquanto estivera em Tessalônica e também as suas ações, que deviam ser imitadas. O fato de que Paulo havia trabalhado arduamente para se sustentar em Tessalônica não demonstrava apenas que ele se importava com eles (1Ts 2:9); isso era uma “tradição” que ele esperava que eles aplicassem na própria vida.

Paulo trabalhou “dia e noite” para não ser um fardo a ninguém. E qualquer pessoa em Tessalônica que vivesse de maneira diferente estaria com problemas. Assim, a definição de Paulo sobre as pessoas desordeiras não se limitava aos perturbadores na igreja ou na comunidade; ela incluía todos os que não seguissem os ensinamentos ou práticas dos apóstolos.

Paulo testemunhava tanto por sua vida e ações quanto por suas palavras. Nossa vida reflete as verdades que nos foram dadas?

Quarta Ano Bíblico: Habacuque

Trabalhar e comer (2Ts 3:9-12)


4. Que tipo único de problema Paulo enfrentou na igreja de Tessalônica? 2Ts 3:9-12


Nesses versos, Paulo aplica a uma situação específica, a tradição do que ele faz e diz. Um grupo significativo de membros vivia desordenamente (2Ts 3:6, 11). Na carta anterior, Paulo havia mencionado o problema e o havia abordado de modo gentil (1Ts 4:11, 12; 5:14). Mas, dessa vez, ele usou uma linguagem muito mais forte.

Como apóstolo, Paulo poderia ter exigido que a igreja lhe oferecesse salário, habitação e alimentação. Mas em 1 Tessalonicenses ele tinha dado o exemplo de trabalhar noite e dia a fim de não ser um fardo para eles (1Ts 2:9). Esse foi um exemplo de amor. Mas, de acordo com 2 Tessalonicenses 3:8, ele também trabalhou “de noite e de dia” a fim de criar um modelo de como todos deviam cuidar de suas próprias necessidades, tanto quanto possível.

Se Paulo tivesse apenas dado um exemplo, alguns poderiam ter respondido que a tradição não estava clara. Mas ele havia também abordado essa questão com palavras. Durante o curto período em que esteve com eles (como é sugerido pelo pretérito imperfeito no grego), o apóstolo frequentemente havia pronunciado um ditado popular como uma ordem: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3:10).

Nesse texto, Paulo não está criticando os esforços para cuidar dos necessitados, aqueles que não podem cuidar de si mesmos. Afinal, o próprio Jesus deixou um exemplo poderoso de compaixão para com aqueles cujas circunstâncias os haviam deixado desamparados ou necessitados.

Em vez disso, o alvo da preocupação de Paulo eram as pessoas voluntariamente ociosas. Elas eram intrometidas e cuidavam dos negócios de todas as pessoas, exceto dos seus próprios (2Ts 3:11). Como alguns dos filósofos populares no mundo antigo, elas preferiam uma vida de comodidade em lugar do trabalho. Talvez passassem o tempo discutindo teologia ou criticando o comportamento alheio, em vez de obter a própria subsistência. Paulo, ordenou “no Senhor Jesus Cristo”, que elas seguissem seu exemplo e conquistassem o direito de falar ao cuidar primeiramente de suas próprias necessidades (2Ts 3:12).

É incrível que, logo no começo da história da igreja, Paulo tivesse que lidar com tantos problemas entre os membros. Como isso deve nos proteger (e especialmente os novos membros) da expectativa de que nossas igrejas estejam cheias de pessoas santas? Mais importante ainda, como podemos ser uma força positiva na igreja local, apesar das nossas falhas e fraquezas?

Quinta Ano Bíblico: Sofonias


Amor severo (2Ts 3:13-15)


5. De acordo com Mateus 18:15-17, como a igreja deve tratar uma pessoa que foi afastada da comunhão?

A questão da disciplina é um dos assuntos mais difíceis que a igreja local enfrenta. Muitas vezes, um membro errante é irmão, mãe, filho, primo ou melhor amigo de outro membro da igreja. Alguns membros preferem nunca disciplinar ninguém. Outros preferem sanções duras. Como a igreja pode encontrar a vontade de Deus no meio de tantos interesses conflitantes?

Mateus 18 sugere um processo claro e simples. Primeiro, uma conversa pessoal entre o ofensor e o ofendido. O contexto indica que o perdão deve ser o objetivo da conversa, sempre que possível (Mt 18:21-35). Segundo, o membro ofendido deve levar com ele uma ou duas pessoas para evitar confusão quanto ao que for dito por uma parte ou outra. Somente depois que essas duas primeiras etapas forem seguidas cuidadosamente, o processo deve ir para a comissão da igreja. Então, se o ofensor não responder à igreja como um todo, deve ser tratado como “gentio e publicano” (Mt 18:17).

Aqui está o problema. O que significa tratar alguém como gentio e publicano? Há pelo menos duas possibilidades diferentes. Por um lado, Jesus poderia estar chamando a igreja para se afastar do infrator do modo como os gentios e cobradores de impostos eram evitados na sociedade em que Ele cresceu. Por outro lado, poderia ser um chamado para tratar os desprezados assim como Jesus tratava os gentios e cobradores de impostos (com perdão e compaixão).

6. O que Paulo disse sobre disciplina na igreja? 2Ts 3:13-15

Aplicar corretamente Mateus 18 e 2 Tessalonicenses 3 à vida contemporânea é um desafio. Não há duas pessoas iguais. Não há duas situações iguais. Em alguns casos, o perdão amolece o coração de um ofensor e traz reconciliação à igreja. Em outros casos, ofensores endurecidos podem responder apenas a um amor duro o bastante para confrontar e administrar as consequências. Por isso, a Associação Geral não desliga nenhuma pessoa. Tais processos delicados são mais bem tratados pela igreja local, onde o ofensor é mais conhecido.

O amor severo não é uma licença para o abuso. De acordo com o verso 15, a pessoa disciplinada ainda deve ser tratada como parte da família. A igreja deve manter a consciência de que o agressor é um irmão “pelo qual Cristo morreu” (Rm 14:15; 1Co 8:11).

Que experiências você teve com a disciplina da igreja? Como a igreja pode manter um equilíbrio entre o confronto e a aceitação?

Sexta Ano Bíblico: Ageu


Estudo adicional


Os crentes de Tessalônica eram muito incomodados por homens que chegaram ao seu meio com opiniões e doutrinas fanáticas. Alguns andavam “desordenadamente, não trabalhando; antes, se [intrometendo] na vida alheia” (2Ts 3:11). A igreja havia sido devidamente organizada, e tinham sido designados oficiais a fim de agir como pastores e diáconos. Mas havia alguns rebeldes e impetuosos, que não se sujeitavam aos que exerciam os cargos de autoridade na igreja” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 261).

“Paulo não dependeu inteiramente do trabalho de suas mãos para se manter enquanto esteve em Tessalônica... (Fp 4:16). Não obstante o fato de haver recebido esse auxílio, ele foi cuidadoso em dar aos tessalonicenses um exemplo de diligência, para que ninguém pudesse com razão acusá-lo de cobiça e também para que os que mantinham pontos de vistas fanáticos referentes ao trabalho manual recebessem uma reprovação prática” (Ibid., p. 348, 349).

“O costume de apoiar homens e mulheres ociosos por meio de dádivas particulares ou dinheiro da igreja os encoraja em hábitos pecaminosos, e esse caminho deve ser conscientemente evitado” (Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 7, p. 912).

Perguntas para reflexão
1. Como a igreja pode manter o equilíbrio entre manter as verdades confirmadas no passado e seguir a crescente luz divina?
2. Como podemos lidar com os rebeldes e problemáticos na igreja, que sempre parecem estar reclamando de alguma coisa? E quanto aos que estão expressando preocupações sobre problemas reais?
3. Resuma a mensagem de Paulo aos tessalonicenses nessas duas cartas, de uma forma que as torne relevantes para a situação da nossa igreja.

Resumo: As duas cartas de Paulo aos Tessalonicenses nos ensinam muito acerca de como ser uma igreja em um ambiente difícil. Por mais diferente que tenha sido o contexto imediato com que ele lidou, em relação ao nosso, os princípios que ele defendeu são duradouros e eternos, porque são inspirados pelo próprio Senhor.

Respostas sugestivas: 1: Porque Deus os havia escolhido para salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade; mediante o evangelho eles foram chamados para alcançar a glória de Cristo; pediu que permanecessem firmes e guardassem as tradições ensinadas pelos apóstolos. 2: O Senhor é fiel; Ele nos confirmará e guardará do maligno; os cristãos deviam continuar praticando as coisas ordenadas pelos apóstolos, permitindo que o Senhor conduzisse seu coração ao amor divino. 3: O dever de manter a vida em ordem e de obedecer às tradições recebidas dos mensageiros de Deus; o dever de garantir a própria subsistência. 4: Pessoas que andavam de modo desordenado: comiam o pão adquirido pelo trabalho dos outros, se intrometiam na vida alheia e se metiam em problemas. 5: Como gentio e publicano; como um pecador que precisa de perdão, amor e salvação; devemos buscar e acolher a pessoa, dando-lhe a certeza de que não há lugar melhor do que na companhia dos amados irmãos. 6: Precisamos sempre fazer o bem; os obedientes devem se afastar dos desobedientes, a fim de que se sintam envergonhados e voltem ao caminho certo; mas não devem considerá-los inimigos, e sim irmãos.

domingo, 9 de setembro de 2012

LIÇÃO Nº 11 - PROMESSA AOS PERSEGUIDOS

Promessa aos perseguidos (2Ts 1:1-12)


Casa Publicadora Brasileira – Lição 1132012




Sábado à tarde Ano Bíblico: Ez 36–38

VERSO PARA MEMORIZAR: “Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da Sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé” (2Ts 1:11).

Leituras da semana: 2Ts 1:1-12; Jo 1:18; Rm 2:5; 12:19; Ap 16:4-7; 20:1-6; Jo 14:1-3

Pensamento-chave: A segunda vinda de Jesus é o clímax de toda esperança cristã.

Visto que a comunicação era tão demorada, quando os membros de uma igreja quisessem falar com Paulo, tinham que localizá-lo e enviar uma mensagem para ele, o que nem sempre era um processo fácil, com certeza. Uma vez que o contato fosse finalmente feito, o apóstolo ditava uma resposta e a enviava em mãos para a igreja. O processo podia levar meses. Enquanto isso, falsas crenças tinham tempo de se desenvolver e se espalhar.

Isso parece ter acontecido em Tessalônica, onde novos problemas surgiram na igreja. Esses problemas podem até ter aumentado devido à aplicação errada do que Paulo havia escrito na primeira carta. A segunda carta aos Tessalonicenses foi a tentativa de ajudar a corrigir a situação.

Na lição desta semana, as palavras de Paulo se resumem ao seguinte: na segunda vinda de Jesus, os crentes serão resgatados pela intervenção espetacular de Deus em Cristo. Essa passagem provê mais informações sobre a natureza de Sua vinda.

Domingo Ano Bíblico: Ez 39–41

Saudações novas (2Ts 1:1, 2)


1. “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo” (2Ts 1:1, 2). Quanta teologia, esperança e promessas existem nessa saudação? Como podemos aprender a tornar nossas essa esperança e promessas?


Como fez tantas vezes, Paulo falou sobre graça e paz. Em certo sentido, elas não estão relacionadas? A compreensão da graça de Deus e a promessa de perdão em Jesus não devem levar paz à nossa vida? É fundamental que, não importando as circunstâncias, todos tomemos tempo para meditar na maravilhosa provisão de salvação feita por nós e na graça a nós oferecida, independentemente de nossa indignidade. Existe melhor maneira de experimentar a paz prometida? Precisamos tirar o foco de nós mesmos e colocá-lo em Jesus e no que recebemos nEle.

2. Compare 1 Tessalonicenses 1:1 com 2 Tessalonicenses 1:1, 2. Há uma pequena diferença no texto. Que significado pode ser encontrado nessa diferença?


Há uma diferença entre 1 e 2 Tessalonicenses. Paulo mudou de “em Deus Pai” (1 Ts 1:1) para “em Deus, nosso Pai” (2Ts 1:1). Isso adiciona um toque relacional. Há pessoas que se sentem próximas de Jesus, mas têm medo de Deus, o Pai. Paulo assegurou aos tessalonicenses que eles podiam ter tanta confiança em seu relacionamento com o Pai como confiavam em Jesus. Cristo veio ao mundo para nos mostrar como é o Pai.

3. Leia João 1:18 e 14:7-11. Que certeza e esperança podemos tirar desses textos, especialmente à luz de 2 Tessalonicenses 1:1, 2?


Segunda Ano Bíblico: Ez 42–44

Ação de graças de Paulo (2Ts 1:3, 4)


Paulo tinha uma tendência para frases longas. O texto de 2 Tessalonicenses 1:3-10 é uma única frase que enfatiza principalmente os eventos em torno da segunda vinda de Jesus. A parte central da frase, no entanto, não focaliza a vinda de Cristo: “Constantemente somos obrigados a dar graças a Deus a respeito de vocês” (2Ts 1:3, tradução do autor). Os comentários de Paulo sobre a vinda de Jesus (2Ts 1:6-10) são parte da razão pela qual ele agradecia a Deus a respeito dos tessalonicenses.

4. Leia 2 Tessalonicenses 1:3, 4. Que importante princípio espiritual encontramos nesses versos em relação à questão da fé? O que acontece com a fé quando ela não cresce?


A principal expressão de 2 Tessalonicenses 1:3-10 é “Somos obrigados”, ou “Devemos” dar graças a Deus. Paulo se sentia obrigado a agradecer a Deus pelos tessalonicenses porque sua fé estava se tornando cada vez mais forte. Enquanto isso, o amor de uns pelos outros também estava crescendo. No original, os dois verbos estão no tempo presente. Isso significa que seu crescimento na fé e no amor era consistente e contínuo. Esse tipo de crescimento é fundamental para toda igreja sadia. Como uma planta, se uma igreja não crescer espiritualmente, ela vai morrer.

Paulo continua apresentando uma significativa crítica à igreja nos capítulos 2 e 3 dessa epístola. Mas ele sabe que as pessoas precisam de muita afirmação antes que possam lidar com as críticas de forma construtiva. Ele oferece esse tipo de afirmação no capítulo 1.

Uma das razões para essas afirmações é que a igreja em Tessalônica continuava a ser perseguida. Paulo elogia particularmente sua “paciência” em aflição. Em vez de fé, esperança e amor, Paulo fala sobre a fé, o amor e a paciência deles. O fato de que, nesse texto, a “paciência” substitui a “esperança”, levou Paulo à sua exposição sobre a segunda vinda de Jesus mais adiante no capítulo.

O resultado do crescimento dos cristãos na fé e no amor foi que a coragem deles diante da aflição se tornou uma fonte de alegria para os apóstolos entre todas as igrejas que eles visitavam. Os tessalonicenses se tornaram modelo do comprometimento cristão sob ataque.

Como as provas e aflições podem aumentar nossa fé? Ao mesmo tempo, quem já não lutou para manter a fé justamente por causa das provações?

Terça Ano Bíblico: Ez 45–48

Sofrimento como sinal do fim (2Ts 1:5, 6)


O texto de 2 Tessalonicenses 1:5-10 em grego lembra o Antigo Testamento (a Bíblia da maioria dos cristãos do Novo Testamento era a Septuaginta, uma tradução grega pré-cristã do Antigo Testamento). A carta de 2 Tessalonicenses apresenta muito mais referências ao Antigo Testamento do que 1 Tessalonicenses.

5. Qual é a mensagem de 2 Tessalonicenses 1:5, 6? Que promessas encontramos ali?


A palavra sinal evidente (RA) ou prova (RC) significa “demonstração” ou “indicação clara” de alguma coisa. O que a perseguição aos cristãos (v. 4) prova? Certamente, ela não é evidência do juízo de Deus contra Seu povo. Ao contrário, é um indicador do futuro juízo, no qual o povo de Deus será vindicado e aqueles que o perseguiram receberão o mesmo tipo de experiência que infligiram sobre os outros.

Há uma mensagem aqui para nós. Violência gera violência, e os que a usam têm razão para temer o futuro. O juízo de Deus endireitará as coisas. Aqueles que perseguem o povo de Deus enfrentarão um dia a justiça divina. Mas os que experimentam a injustiça por causa de sua fé podem olhar confiantemente para o futuro juízo de Deus. Nesse dia, será evidente a todos que eles eram objetos do favor de Deus.

O Novo Testamento incentiva os crentes a demonstrar graça, misericórdia e perdão para com os outros. Mas quando essas ações são rejeitadas e retribuídas com maldições, ataques e prisão, é encorajador saber que a injustiça não durará para sempre. Assim, os santos de Deus são convidados a ter paciência (Ap 14:12).

Em 2 Tessalonicenses 1:5, 6, portanto, Paulo lembrou os perseguidos tessalonicenses de que, no futuro, o “justo juízo de Deus” (RC) demonstrará que o Senhor os aprovava. Mais que isso, sua paciência e fé em face da provação confirmavam que Deus os escolheu. Dessa forma, o sofrimento cristão pode ser a base para a alegria (1Ts 1:6, 7). Essa é uma evidência prática do lado em que estaremos quando Jesus voltar.

O verso 5 mostra o justo juízo de Deus ao aprovar os tessalonicenses. O verso 6 mostra isso na condenação e destruição de seus perseguidores. Em ambos os casos, o juízo refletirá, no fim do tempo, nossa conduta no presente.

Você já foi prejudicado, e os culpados aparentemente não receberam nenhuma punição? Que conforto você pode encontrar nas promessas do juízo de Deus? Considere outra questão: você tratou as pessoas de maneira perversa, injusta e não foi punido (pelo menos até agora)? Como você vê as promessas do juízo de Deus no tempo do fim?

Quarta Ano Bíblico: Dn 1–3

Fogo e destruição (2Ts 1:7-9)


6. Leia 2 Tessalonicenses 1:7-9. Qual é a principal razão para a destruição dos ímpios no momento da segunda vinda de Jesus? Como devemos entender esses versos com a ideia de Deus sendo cheio de amor, graça e perdão?


Muitas pessoas se sentem desconfortáveis com a linguagem desses versos. Elas sentem que “retribuir” (NVI), vingança, castigo e a aplicação de sofrimento são atitudes indignas de um Deus de amor, graça e misericórdia. Mas justamente punição e retribuição são tema frequente de Paulo (Rm 2:5; 12:19). O apóstolo é inequívoco: a justiça de Deus um dia se manifestará poderosamente.

E por que não? Qualquer bom governo no mundo de hoje deve, em algum momento, exercer a força a fim de restringir o mal. Embora a força nem sempre seja violenta (como quando você é parado por ter cometido uma infração de trânsito ou é fiscalizado em relação aos impostos), em alguns casos, especialmente quando os criminosos estão usando violência, eles devem receber uma resposta violenta. Bons governos oferecem uma restrição necessária para que todos vivam juntos, em paz. Muitas vezes, a maldade total não cederá voluntariamente. E, muitas vezes, quanto maior for o poder e a brutalidade do mal, maior será a força necessária para desfazer esse mal.
As imagens desse texto não são bonitas, mas nos asseguram que Deus fará o que for preciso para acabar com a violência e opressão.

7. Leia Apocalipse 16:4-7 e Daniel 7:21, 22. Que semelhanças existem entre esses versos e o que Paulo escreveu em 2 Tessalonicenses 1:7-9?


Por meio de Sua própria experiência, Jesus entende o preço do sofrimento. Você pode crer que Ele exercerá justiça divina, mas sem exagero. A justiça divina resultará em sofrimento, mas nem um pouquinho além do necessário. Se podemos confiar em Deus em qualquer circunstância, podemos acreditar que Sua justiça revelará uma sabedoria que não podemos compreender atualmente.

O objetivo desse texto não é se alegrar na vingança, mas incentivar os prejudicados e oprimidos. O dia da justiça está chegando. Não precisamos fazer justiça com as próprias mãos.

Quinta Ano Bíblico: Dn 4–6


Glorificando a Cristo (2Ts 1:10-12)


8. Leia 2 Tessalonicenses 1:10-12. O que significa o fato de que Jesus Cristo será glorificado em Seus santos?


A frase completa no texto desta semana (2Ts 1:3-10) apresenta uma série de detalhes importantes sobre a segunda vinda de Jesus. Quando Ele voltar, afligirá os que afligem e proporcionará descanso aos aflitos (2Ts 1:6, 7). Ele descerá do Céu na companhia de anjos poderosos (2Ts 1:7). Ele virá com fogo ardente e executará justiça sobre os que rejeitaram a Deus e ao evangelho de Jesus Cristo (2Ts 1:8). Os ímpios serão destruídos (2Ts 1:8, 9), enquanto os justos glorificarão a Cristo (2Ts 1:10).

Os eventos da segunda vinda de Cristo criarão as condições para o milênio, período em que a Terra ficará desolada durante mil anos (Ap 20:1-6). Embora o texto desta semana não diga o que acontecerá com os justos, 1 Tessalonicenses 4:16, 17 nos diz que os salvos se unirão a Jesus nos ares em Sua vinda. Além disso, João 14:1-3 indica que Jesus levará os justos com Ele para o Céu.

9. Como Paulo instruiu os crentes acerca da preparação para a segunda vinda de Jesus? 2Ts 1:11


Com o verso 10, Paulo terminou de falar sobre os ímpios e voltou-se novamente para o destino dos justos na segunda vinda de Cristo. Nos versos 10-12, a glória de Jesus é revelada no caráter dos que creem nEle. Paulo se alegrou porque suas orações e esforços pelos tessalonicenses serão vindicados na vinda do Senhor (compare com 1Ts 2:19, 20).

Aqui, o apóstolo preparou o cenário para o capítulo 2, no qual ele argumenta que o dia do Senhor ainda não chegou. Se tivesse chegado, haveria fogo ardente, destruição dos perversos e plena glorificação de Jesus aos olhos de todos.

No texto de hoje, Paulo intercala normalmente os termos Deus e Jesus, usando os dois de modo alternado. De acordo com a inspiração, Jesus é Deus. Esse ensinamento é muito importante para nós. Quanto maior é Jesus, mais poderosa é a Sua salvação e mais clara a visão de Deus que recebemos ao contemplar Sua vida, morte, ressurreição e segunda vinda. Se Jesus é verdadeiramente Deus, o Pai é igual a Ele.

Como podemos aprender a cuidar da nossa vida diária, mas sem perder a expectativa da vinda do Senhor? No ritmo da vida, por que é tão fácil esquecer a vinda de Jesus? Como podemos aprender a manter essa promessa maravilhosa diante de nós, enquanto cuidamos dos negócios, dando a essa promessa o tempo, a atenção e a importância merecidos?

Sexta Ano Bíblico: Dn 7–9

Estudo adicional


A Bíblia foi escrita por homens inspirados, mas não é a maneira de pensar e expressar-se de Deus. Esta é da humanidade. Deus, como escritor, não Se acha representado. Os homens dirão muitas vezes que tal expressão não é própria de Deus. Ele, porém, não Se pôs à prova na Bíblia em palavras, em lógica, em retórica. Os escritores da Bíblia foram os instrumentos de Deus, não Sua pena. ...

“Não são as palavras da Bíblia que foram inspiradas, mas, sim, os homens. A inspiração não atua nas palavras do homem, nem em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é possuído de pensamentos. ...” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 21).

“Em sua segunda carta, Paulo procurou corrigir a má interpretação de seu ensino e expor perante eles sua verdadeira posição” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 264).

Perguntas para reflexão
1. A verdade das Escrituras se revela mais por meio do estudo intensivo de palavra por palavra ou por meio dos temas amplos que podemos observar pela leitura extensa? Ou há tempo e lugar para ambos? Comente com a classe.
2. Com base nas palavras de Ellen White a respeito de como funciona a inspiração, como podemos compreender o “elemento humano” que às vezes aparece na Bíblia?
3. Será que a ideia da segunda vinda de Jesus o assusta, ou lhe traz esperança?
4. Por mais verdadeira que seja a ideia de que as provações podem fortalecer nossa fé e caráter, o que você diria às pessoas cujas aflições as tornam amargas, ressentidas e iradas?

Resumo: Paulo se alegra pela maneira em que os crentes de Tessalônica permanecem fiéis, apesar das muitas aflições. Ele os encoraja enfatizando a grande mudança que ocorrerá na segunda vinda de Jesus. Não importa o que aconteça agora, temos a promessa de que Deus executará Sua justiça.

Respostas sugestivas: 1: Os apóstolos tinham certeza de que, apesar das aflições, os tessalonicenses estavam na graça de Deus, que resultava em paz; acreditando no poder da graça, podemos viver com esperança. 2: Na primeira saudação está a expressão “Deus Pai”; na segunda, a expressão é “Deus, nosso Pai”, indicando que a igreja deveria ter um relacionamento de confiança e amor com o Filho e com o Pai, sem medo do Pai. 3: O Filho revelou quem é o Pai; o que o Filho fez, foi feito com a participação do Pai. O caráter e amor do Pai foram demonstrados pelo Filho; a graça e a paz concedidas pelo Pai e pelo Filho; a igreja podia confiar nos dois. 4: É necessário e natural que haja crescimento na fé, no mútuo amor cristão e na perseverança em meio às tribulações; essa experiência é motivo de gratidão. 5: A perseverança em meio ao sofrimento é um sinal da justiça de Deus na vida do cristão, confirmando sua recompensa eterna e o castigo dos perseguidores. 6: Não conheceram a Deus de modo pessoal e não obedeceram ao evangelho; por isso perseguiram os servos de Deus; por causa da grande diferença entre seu caráter e a glória de Deus, serão consumidos. 7: Os que perseguiram a igreja de Deus, derramando sangue inocente, sofrerão as consequências do juízo divino, nas sete pragas e no fogo destruidor, na segunda vinda de Jesus. 8: Jesus será exaltado e glorificado pela salvação dos que O aceitaram e pela atitude de louvor e adoração ao Seu nome; Ele será glorificado eternamente em todo o Universo. 9: Os crentes deviam orar para que Deus os tornasse dignos da sua vocação e cumprisse com poder todo propósito de bondade e obra de fé.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

ANA CARAM - EM TREMEMBÉ


LIÇÃO Nº 09 - VIDA DA IGREJA

Vida da igreja (1Ts 5:12-28)


Casa Publicadora Brasileira – Lição 1032012




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Ez 14–17

VERSO PARA MEMORIZAR: “Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que é bom” (1Ts 5:20, 21).

Leituras da semana: 1Ts 5:12-28; Mt 5:43-48; Gl 5:22; Fp 4:4; Jo 15:4-6

Pensamento-chave: Paulo deu aos tessalonicenses, tanto líderes quanto membros leigos, conselhos muito práticos e também espirituais sobre a maneira de se relacionar uns com os outros.

Paulo conclui sua primeira carta aos Tessalonicenses com dezessete admoestações (1Ts 5:12-22), seguidas por uma oração de encerramento (1Ts 5:23-27). A lição desta semana começa com três advertências sobre a atitude dos membros da igreja local para com seus líderes (1Ts 5:12, 13). Essas advertências são seguidas por seis imperativos sobre o modo pelo qual os líderes da igreja devem se comportar para com seu povo.

Oito admoestações breves seguem nos próximos sete versos (1Ts 5:16-22). Elas podem ser organizadas em dois grupos: três conselhos sobre uma atitude cristã positiva (1Ts 5:16-18) e cinco a respeito da maneira de se relacionar com a nova luz na forma de profecias (1Ts 5:19-22).

Na oração de conclusão, Paulo resume o tema principal da carta: que os crentes em Tessalônica e em outros lugares continuassem crescendo em santidade até a segunda vinda de Jesus. Em outras palavras, eles deviam viver cada dia em preparação para a vinda do Senhor. Em certo sentido, o que poderia ser mais “verdade presente” do que essa mensagem?

Domingo Ano Bíblico: Ez 18–20


Resposta ao ministério (1Ts 5:12, 13)


Os dois versos no centro da lição de hoje seguem a admoestação de encerramento da lição da semana passada: “Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente” (1Ts 5:11). Essa obra ocorre na igreja local, no processo de orientação e discipulado. A lição de hoje se concentra no modo pelo qual os discípulos devem responder aos esforços de seus líderes e mestres.

1. Leia 1 Tessalonicenses 5:12, 13. Qual é a lição básica de Paulo e como devemos aplicá-la à nossa vida? De que forma podemos apoiar, amar e trabalhar melhor com os “que [nos] presidem no Senhor”?


A estrutura do grego do verso 12 indica que as três expressões na segunda metade se referem ao mesmo grupo, os líderes da igreja de Tessalônica. Paulo exorta os membros da igreja a “reconhecer” esses líderes, o que significava notar, respeitar ou acatar com apreço. A implicação é que, talvez, alguns na igreja não respeitassem as autoridades.

A palavra admoestar tem a conotação de instruir, advertir ou mesmo “ensinar uma lição de forma enérgica”. Paulo reconhece que os líderes da igreja sempre necessitarão exercitar o “amor severo”. Esse tipo de liderança nem sempre é bem-vinda. No entanto, no verso 13, ele segue pedindo que os membros estimem seus líderes de modo elevado, por causa das questões difíceis com as quais eles têm que lidar. Paulo deseja que todos os membros da igreja estejam em paz uns com os outros.

A linguagem desses versos reflete estratégias antigas para lidar com as pessoas. Os líderes influentes dos dias de Paulo sabiam que lidar com pessoas é um trabalho delicado. Eles encorajavam os líderes a diagnosticar cuidadosamente a condição de seus seguidores, ter sensibilidade para perceber se o seguidor estava aberto à correção, escolher o momento certo e aplicar o remédio adequado. Acima de tudo, os líderes deviam examinar a si mesmos antes de tentar corrigir os outros. Paulo adiciona elementos a esse sistema. Para o cristão, Deus é o modelo de liderança, e o objetivo da liderança da igreja é que a vida dos membros honre a Deus.

Em algumas culturas, há uma tendência de desconfiar e desafiar a liderança; em outras, de se submeter cegamente. Como a atitude da cultura em relação às autoridades tem afetado sua igreja?

Segunda Ano Bíblico: Ez 21–23

Ministério de apoio (1Ts 5:14, 15)


Nos versos 12 e 13, Paulo abordou maneiras pelas quais os membros da igreja devem tratar seus líderes. No texto de hoje (1Ts 5:14, 15), ele volta a atenção aos líderes da igreja e como eles devem tratar as pessoas sob seu cuidado.

2. Que advertência Paulo deu aos líderes sobre a maneira de tratar os membros da igreja? Considere os princípios do texto. Como podemos aplicá-los ao nosso ministério na igreja? Como devemos praticá-los no trabalho, em casa e no lazer? 1Ts 5:14, 15; Mt 5:43-48

Paulo encoraja os líderes de Tessalônica a que admoestem “os insubmissos” (1Ts 5:14). Os insubordinados eram membros que se recusavam a sustentar a si mesmos. Por causa de sua atitude, era difícil lidar com eles. Essas pessoas deviam ser confrontadas.

Em contraste com isso, Paulo instrui os líderes da seguinte maneira: “Consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos” (1Ts 5:14).

Os “desanimados” são pessoas que têm pouca autoconfiança ou senso de valor. Estão ansiosas e preocupadas com muitas coisas. Essas pessoas são importantes para Deus. Por isso, os líderes devem incentivá-las.

Os “fracos” são os que têm limitações morais e espirituais. São ingênuos, facilmente desencorajados por dificuldades e têm medo do desconhecido. Seu coração pode estar no lugar certo, mas lhes falta conhecimento e estão perturbados pelo passado. Precisam de ajuda para sobreviver.

Paulo orienta os líderes da igreja a ser pacientes com todos. Enquanto os três primeiros conselhos do verso 14 são ajustados para atender diversas condições, a paciência é sempre apropriada para o cuidado pastoral.

No verso 15, Paulo provavelmente ainda tivesse em mente os líderes. Sempre que aqueles que cuidam são atacados pelos que não apreciam suas admoestações, eles podem ser tentados a retaliar. Mas quando os líderes revidam, demonstram que sua liderança não é motivada pelo espírito de Cristo. Fundamental para a liderança saudável na igreja é ter em mente o bem dos outros.

Os versos 12-15 presumem que haja mestres e discípulos na igreja e é importante haver muito respeito e paciência nesses relacionamentos. Mas não devemos esquecer 1 Tessalonicenses 5:11 (“Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente”). Muitas vezes, o cuidado pastoral deve ser recíproco. Há momentos em que os mestres precisam ser orientados.

Terça Ano Bíblico: Ez 24–26


Atitudes cristãs positivas (1Ts 5:16-18)


De acordo com 1 Tessalonicenses 5:12-15, os cristãos precisam aprender a aceitar e a oferecer a crítica construtiva. Isso pode acontecer apenas no contexto do relacionamento. A conclusão é de que cada cristão precisa ser responsável perante os outros e deve estar disposto a considerá-los responsáveis. Uma igreja que ora cresce em admoestação e encorajamento.

3. Que três coisas Paulo considerava ser a vontade de Deus para cada crente? Por que cada uma delas é tão importante? 1Ts 5:16-18; Gl 5:22; Fp 4:4


Glenn Coon, um querido pregador adventista, gostava de dizer que, na Bíblia há muito mais ordens de se alegrar do que de guardar o sábado. No entanto, raramente damos à alegria a ênfase que ela merece. Uma vida alegre é um dos frutos do Espírito (Gl 5:22; Fp 4:4). E a alegria cheia do espírito é possível mesmo no sofrimento (1Ts 1:6).

Paulo certamente foi um modelo do que significa orar sem cessar. Como já vimos, a primeira carta aos Tessalonicenses está impregnada de oração. Paulo convidou os leitores dessa carta a seguir seu exemplo.

Gratidão é outra atitude cristã positiva que Paulo demonstrou (1Ts 1:2; 2Ts 1:3). Na raiz da depravação pagã estava a falta de gratidão a Deus (Rm 1:21). De acordo com Thomas Erskine, “No Novo Testamento, religião é graça e ética é gratidão” (Citado em F. F. Bruce, Paul: Apostle of the Heart Set Free [Paulo: Apóstolo do Coração Libertado]; United Kingdom, The Paternoster Press, 1977, p. 19). É interessante notar que as palavras gregas para “alegrar-se” e “ser grato” têm a mesma raiz básica. A chave para a alegria piedosa é um espírito contínuo de gratidão a Deus.

Abra seus olhos. Os dons de Deus estão todos à nossa volta. Nós apenas nos esquecemos de Lhe agradecer por eles, muitas vezes porque estamos muito concentrados nas provações e lutas da vida. Se cultivássemos cada vez mais a atitude de gratidão a Deus, nossa caminhada com Ele seria muito mais íntima e nossa vida, cheia de alegria.

Faça uma lista de dez coisas pelas quais você é grato. Seja bem específico. Em seguida, faça de cada item o motivo de uma breve oração a Deus. Observe as mudanças que ocorrerão em toda a sua atitude e perspectiva. Essa prática pode mostrar a você a importância da gratidão em nossa experiência com Deus.

Quarta Ano Bíblico: Ez 27–29


Conhecendo a “nova luz” (1Ts 5:19-22)


4. “Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal” (1Ts 5:19-22). Como essas palavras podem ser aplicadas em nossa experiência? Que “forma de mal” devemos, na nossa realidade, nos esforçar muito para evitar? (1Ts 5:19-22). Como essas palavras podem ser aplicadas à nossa experiência?


Em 1 Tessalonicenses 5:12-15, Paulo estava advertindo a igreja. Nos versos 19-22, ele apresenta outra forma de admoestação: o dom de profecia. As duas expressões negativas com as quais ele começou essa seção são contínuas na ênfase: “Pare de apagar o Espírito” e “pare de desprezar as profecias” (1Ts 5:19, 20, tradução do autor). Ele estava basicamente dizendo aos tessalonicenses que deixassem de fazer algo que estavam fazendo constantemente.

Embora não saibamos qual problema específico Paulo estava abordando, parece que ele estava exortando os cristãos a ser abertos a mais luz e, ao mesmo tempo, estava dizendo para testá-la, para se certificar de que era realmente luz (2Co 11:14).

Existem várias maneiras de enfraquecer o dom de profecia. Uma delas é “apagar o Espírito”. Fazemos isso quando ignoramos ou resistimos à obra de um profeta verdadeiro. Mesmo dentro de nossas fileiras, considere toda a oposição ao dom profético que recebemos na vida e no ministério de Ellen White.

Uma segunda maneira de enfraquecer o dom de profecia é aceitar o que é dito, mas interpretá-la ou aplicá-la de modo equivocado. Podemos lidar com uma mensagem profética tendo a mente aberta, mas aplicar o que é dito de forma inadequada à situação imediata. Precisamos ter muito cuidado com isso. Recebemos um dom maravilhoso e não queremos debilitá-lo pelo uso errado.

Uma terceira maneira de enfraquecer o dom de profecia é dar autoridade profética a pessoas ou escritos que não receberam o dom de Deus. A igreja deve estar continuamente vigilante, pondo à prova todas as coisas para ver se a mensagem profética está edificando a igreja.

Qual tem sido a influência do ministério profético de Ellen White em sua vida? Comente sua resposta com a classe.

Quinta Ano Bíblico: Ez 30–32

Santidade no tempo do fim (1Ts 5:23-28)


5. O que significa ser santificados “em tudo” e ser “conservados íntegros e irrepreensíveis” na vinda do Senhor? Não deveríamos estar nessa condição agora mesmo? 1Ts 5:23, 24


No texto de hoje, Paulo volta à linguagem da oração. Seu estilo é semelhante ao de 1 Tessalonicenses 3:11-13. Seu tema principal também é semelhante: estar irrepreensível em santidade na segunda vinda de Jesus. Paulo faz aqui uma transição do que os tessalonicenses deviam fazer (1Ts 5:12-22) para o que Deus faz em nós (santidade) e por nós (a segunda vinda de Cristo).

Muitas vezes, os cristãos têm discordado a respeito do que exatamente esse texto revela sobre a natureza dos seres humanos e do tipo de caráter que eles podem esperar ter quando Jesus voltar. Em nosso breve encontro com essa passagem, focalizaremos o que pode ser dito claramente com base no texto.

Paulo está dizendo que Deus alcança a pessoa inteira do crente. Cada parte da vida do cristão deve ser afetada pela santificação à medida que se aproxima a vinda de Jesus. Ao falar de “espírito, alma e corpo”, Paulo não está tentando ser científico e preciso acerca das várias camadas da pessoa humana (no pensamento bíblico, mente e corpo são um todo unificado, não partes que existem separadamente). Ao contrário, ele está expressando que cada parte de nossa mente e do corpo deve ser submetida a Deus. O Senhor deve ter o controle total de nossos pensamentos, sentimentos e ações.

A oração de Paulo se estende do tempo presente até a segunda vinda de Cristo. Os crentes devem ser conservados ou mantidos irrepreensíveis até a vinda do Senhor. Paulo está orando para que a plenitude de sua dedicação a Deus seja mantida até o fim. De acordo com essa carta, os tessalonicenses estavam longe da perfeição, mas o que eles já haviam alcançado valia a pena preservar até a volta de Jesus. Entre outras coisas, Paulo está orando para que eles continuem crescendo na graça por meio de um relacionamento com Jesus (leia também Jo 15:4-6).

De que forma você pode e deve se preparar a cada dia para a vinda do Senhor?

Sexta Ano Bíblico: Ez 33–35


Estudo adicional


Requer-se muita paciência e espiritualidade para introduzir a religião bíblica na vida familiar e profissional, suportar a tensão dos negócios do mundo e ainda conservar os olhos voltados unicamente para a glória de Deus. Aí é que Jesus era um auxiliador. Nunca estava tão cheio de cuidados do mundo que não tivesse tempo para pensar nas coisas de cima. Expressava frequentemente o contentamento do coração, cantando salmos e hinos celestiais. Muitas vezes os moradores de Nazaré ouviam Sua voz se erguer em louvor e ações de graças a Deus. Por meio de cânticos entretinha comunhão com o Céu e, quando os companheiros se queixavam da fadiga do trabalho, eram animados pela doce melodia de Seus lábios. Parecia que Seu louvor bania os anjos maus e, como incenso, enchia de fragrância o lugar em que Se achava. A mente dos ouvintes era afastada de seu terreno exílio, para o lar celestial” (O Desejado de Todas as Nações, p. 73).

“Coisa alguma tende mais a promover a saúde do corpo e da mente do que um espírito de gratidão e louvor. É um positivo dever resistir à melancolia, às ideias e sentimentos de descontentamento – dever tão grande como é orar” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 251).

Perguntas para reflexão
1. Em sua opinião, qual tem sido a influência de Ellen White sobre a igreja como um todo? Como o ministério dela tem influenciado sua vida?
2. Como a atitude da nossa cultura em relação às autoridades afeta nossa atitude para com a autoridade na igreja? Nossa cultura nos incentiva a desrespeitar as autoridades ou a demonstrar elevado respeito para com elas?
3. Como sua igreja pode fazer um trabalho melhor de orientação aos novos crentes no crescimento do caráter?

Resumo: No texto da semana, Paulo focalizou especialmente a qualidade espiritual da vida da igreja. Os cristãos devem orientar uns aos outros e ser alegres e agradecidos. Eles também devem estar abertos a novas verdades, principalmente a verdade profética, mas devem ser cuidadosos em sua avaliação das novas ideias. Acima de tudo, Paulo nos chama a uma completa submissão a Deus em todas as áreas da vida pessoal e a manter o pensamento na vinda de Jesus.

Respostas sugestivas: 1:Devemos acatar e apreciar nossos líderes, atentando para suas exortações, seguindo suas orientações e demonstrando espírito de gratidão e cooperação. 2: Os líderes devem admoestar os insubmissos, consolar os desanimados, amparar os fracos, ser pacientes e promover o perdão e o bem entre os irmãos; devem tratar a todos com amor, mesmo os injustos. 3: Alegria, oração e gratidão; são importantes porque demonstram a ação do Espírito Santo na vida e indica submissão aos mandamentos divinos. 4: Abrindo o coração para a influência e ensinamento do Espírito Santo na obra dos profetas, tendo o cuidado de verificar se as profecias são verdadeiras; evitando o mal, na forma de falsas profecias, conduta impura e atitude desordenada; devemos viver em santidade. 5: A cada dia e no dia da vinda de Jesus, devemos consagrar toda a nossa vida ao Senhor, espírito, alma e corpo; se aceitarmos o desafio, Deus é fiel para realizá-lo.