sábado, 30 de junho de 2012

BOLETIM ELETRÔNICO 30.06.2012


LIÇÃO 01 - O EVANGELHO CHEGA ATÉ TESSALÔNICA

O evangelho chega a Tessalônica


Casa Publicadora Brasileira – Lição 132012


Sábado à tarde Ano Bíblico: Sl 86–89

VERSO PARA MEMORIZAR: “Também agradecemos a Deus sem cessar, pois, ao receberem de nossa parte a Palavra de Deus, vocês a aceitaram não como palavra de homens, mas segundo verdadeiramente é, como Palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que creem” (1Ts 2:13, NVI).

Leituras da semana: At 16:9-40; 17:1-4, 12; Jr 23:1-6; Is 9:1-7; Is 53; Rm 1:16

Pensamento-chave: A certeza das promessas de Deus deve estar apoiada na confiança nas Sagradas Escrituras.

O jovem pastor auxiliar sentou-se do lado de fora da igreja com uma jovem senhora que tinha acabado de ser batizada. Para sua surpresa, ela disse: “Preciso ser batizada de novo.”

Quando o pastor perguntou por que desejava fazer isso, ela respondeu: “Há coisas que eu não disse ao pastor distrital sobre o meu passado.”

Assim começou uma longa conversa sobre o perdão oferecido por Cristo. Ela prestou atenção de modo ávido. Quando o pastor terminou de orar com ela, uma forte chuva de repente encharcou os dois. Com os olhos brilhando, a jovem disse: “Estou sendo batizada novamente!”

Um Deus bondoso, muitas vezes, oferece sinais vivos, como essa chuva inesperada, para assegurar aos cristãos que eles estão justificados diante dEle. Mas nossa confiança em Deus será alicerçada ainda mais solidamente quando estiver fundamentada no claro ensino de Sua Palavra. Nesta lição veremos que o cumprimento da profecia proveu firme segurança para os novos cristãos em Tessalônica.

Domingo Ano Bíblico: Sl 90–99

Os pregadores pagam um preço


1. Por que os filipenses reagiram de modo tão negativo ao evangelho? Que lição aprendemos com essa reação e que precauções devemos adotar diante desse risco? De que outras formas esse princípio pode se manifestar, mesmo na vida dos cristãos? At 16:9-40


O evangelho é a boa notícia das ações poderosas de Deus em Cristo que levam ao perdão, aceitação e transformação (Rm 1:16, 17). Por meio do pecado, o mundo inteiro foi condenado; por intermédio da morte e ressurreição de Jesus, todo o mundo recebeu uma nova oportunidade de ter a vida eterna que Deus originalmente desejou para toda a humanidade. A poderosa obra de Deus foi realizada por nós sendo nós ainda pecadores (Rm 5:8). Essa obra de redenção foi efetuada fora de nós, por Jesus, e a ela nada podemos acrescentar. No entanto, o evangelho se torna real em nossa vida unicamente quando aceitamos não apenas sua condenação de nossos pecados, mas o divino perdão desses pecados por meio de Jesus.

Sendo que o evangelho é uma notícia tão boa, e é gratuito, por que alguém iria resistir-lhe ou lutar contra ele? A resposta é simples: aceitar o evangelho exige que deixemos de confiar em nós mesmos e nas coisas materiais, como dinheiro, poder e atração sexual. Essas coisas são boas quando submetidas à vontade e aos caminhos de Deus. Mas quando as pessoas se apegam a essas questões triviais que substituem a segurança do evangelho, sua mensagem e os que a proclamam se tornam uma ameaça.

Leia 1 Tessalonicenses 2: 1, 2. Paulo e Silas entraram em Tessalônica sofrendo, carregando no corpo as feridas e hematomas resultantes da violenta surra que receberam e da prisão em Filipos (At 16:22-24). Porém, sinais do grande poder de Deus (At 16:26, 30, 36) os haviam encorajado. Eles entraram ousadamente na sinagoga de Tessalônica, apesar da dor que sentiam, e falaram novamente do Messias que havia mudado a vida deles e os enviara em uma missão de pregar as boas-novas em lugares em que não tinham sido ouvidas antes.

Se não formos cuidadosos, que coisas do mundo podem nos afastar do Senhor? Por que é tão importante manter a cruz e seu significado sempre no centro de nossos pensamentos, especialmente quando a atração do mundo parece mais forte?


Segunda Ano Bíblico: Sl 100–105
 

A estratégia de pregação de Paulo


2. Quais foram os passos estratégicos seguidos por Paulo ao trabalhar em Tessalônica? At 17:1-3

Embora 1 Tessalonicenses estivesse entre as primeiras cartas de Paulo, tanto sua teologia quanto sua estratégia missionária estavam bem desenvolvidas no tempo em que ele chegou a Tessalônica.

O primeiro passo na estratégia missionária de Paulo era frequentar a sinagoga local aos sábados. Naturalmente, o sábado era um bom momento para alcançar grande número de judeus. No entanto, estava funcionando ali mais do que apenas uma estratégia missionária. Paulo teria tomado tempo para oração e adoração no sábado, mesmo que nenhum judeu nem alguma sinagoga estivessem disponíveis (At 16:13).

Naqueles dias, era comum que os judeus convidassem os visitantes para falar na sinagoga, especialmente se eles tivessem vivido em Jerusalém, como havia sido o caso de Paulo e Silas. A congregação era ávida para ouvir notícias da vida judaica em outros lugares. Eles também se interessavam por novas ideias que os visitantes tivessem descoberto em seus estudos das Escrituras. Assim, a estratégia de Paulo se ajustava ao ambiente da sinagoga.

O segundo passo na estratégia de Paulo era pregar diretamente das Escrituras que eles conheciam, o Antigo Testamento. Ele também começava com um tópico de grande interesse para os judeus daquela época: o Messias (“o Cristo” é o equivalente grego de “Messias” em hebraico; At 17:3). Utilizando textos do Antigo Testamento, Paulo demonstrava que o Messias teria que sofrer antes de obter a glória com que os judeus estavam familiarizados. Em outras palavras, a versão popular e gloriosa da missão do Messias era apenas uma parte do quadro. Quando o Messias aparecesse pela primeira vez, Ele seria um Servo sofredor e não um conquistador real.

Em terceiro lugar, tendo estabelecido uma nova imagem do Messias em sua mente, Paulo passava a contar a história de Jesus. Ele explicava como a vida de Jesus correspondia ao padrão da profecia bíblica que ele tinha acabado de compartilhar com eles. Sem dúvida, ele acrescentava histórias sobre suas próprias dúvidas e oposição anteriores, e também falava do poder convincente de seu encontro pessoal com o Cristo exaltado. De acordo com Lucas 24:25-27, 44-46, a estratégia de pregação de Paulo em Tessalônica seguiu o mesmo padrão que Jesus havia usado com Seus discípulos depois da ressurreição.

Observe que Paulo procurava alcançar as pessoas onde elas estavam e usava aquilo com que elas estavam familiarizadas. Por que essa estratégia é tão importante? Pense naqueles que você deseja alcançar. Como você pode aprender a começar onde eles estão e não onde você está?


Terça Ano Bíblico: Sl 106–110


Duas visões do Messias


Desde os tempos antigos, os leitores do Antigo Testamento têm notado uma variedade de perspectivas nas profecias que apontam para o Messias. Muitos judeus e os primeiros cristãos identificaram duas grandes vertentes nas profecias messiânicas. Por um lado, havia textos que apontavam para um Messias majestoso: um rei conquistador que traria justiça ao povo e estenderia o domínio de Israel até os confins da Terra. Por outro lado, havia textos que sugeriam que o Messias seria um Servo sofredor, humilhado e rejeitado. O erro de muitos estava em não entender que todos esses textos se referiam à mesma pessoa, em diferentes aspectos da Sua obra, em momentos diferentes.

3. Que características teria o futuro libertador? Existe algum tipo de “conflito” entre as imagens apresentadas? Jr 23:1-6; Is 9:1-7; 53:1-6; Zc 9:9


Antes da vinda do Messias, esses textos eram intrigantes. Por um lado, os textos messiânicos com ênfase na realeza normalmente não continham indício de sofrimento ou humilhação. Por outro lado, os textos com ênfase no Servo sofredor geralmente descreviam o Messias como tendo pouco poder ou autoridade terrena. Uma forma pela qual os judeus da época de Jesus resolviam esse problema era ver o Servo sofredor como símbolo de toda a nação e seus sofrimentos no decorrer do exílio e da ocupação. Removendo esses textos da equação messiânica, muitos judeus esperavam o Messias real ou conquistador. A exemplo de Davi, esse rei expulsaria os ocupantes e restauraria o lugar de Israel entre as nações.

Evidentemente, o grande problema de remover da equação os textos sobre o Servo sofredor é que há, de fato, passagens significativas do Antigo Testamento que misturam as duas principais características do Messias. Elas descrevem a mesma pessoa. O que é menos claro, à primeira vista, é se essas características ocorrem ao mesmo tempo ou uma após a outra.

De acordo com Atos 17:2, 3, Paulo conduziu os judeus de Tessalônica através desses textos messiânicos do Antigo Testamento e, ao mesmo tempo, examinou seu significado.

Nos tempos antigos, os judeus estavam confusos sobre a primeira vinda do Messias. Hoje, encontramos muita confusão sobre a segunda vinda. O que isso deve nos dizer sobre a necessidade de realmente procurar compreender a verdade da Bíblia? Por que a falsa doutrina pode ser tão problemática?

Quarta Ano Bíblico: Sl 111–118


Sofrimento antes da glória


Jesus, assim como Paulo, estudava o Antigo Testamento e chegou à conclusão de que o Messias “devia” “sofrer estas coisas, para entrar na Sua glória” (Lc 24:26, NVI). “Devia”, em Lucas 24:26, traduz a mesma palavra de Atos 17:3, em que Paulo diz que o Messias “deveria sofrer” (NVI). Para Jesus e Paulo, a ideia do sofrimento antecedendo a glória foi incluída nas profecias muito antes que elas ocorressem. A questão é: com que base do Antigo Testamento eles chegaram a essa conclusão?

Eles provavelmente tivessem notado que os personagens mais importantes do Antigo Testamento tiveram um longo período de sofrimento antes de entrar no período glorioso de sua vida. José passou cerca de treze anos na prisão antes de assumir o cargo de primeiro ministro do Egito. Moisés passou 40 anos guiando ovelhas pelo deserto antes de desempenhar sua função como o poderoso líder do Êxodo. Davi passou muitos anos como fugitivo, parte desse tempo em terras estrangeiras, antes de ser elevado à realeza. Daniel foi prisioneiro de guerra, e foi até mesmo condenado à morte, antes de ser elevado à posição de primeiro ministro da Babilônia. Na história desses servos de Deus do Antigo Testamento há prenúncios do Messias, que também sofreria e seria humilhado, antes de ser elevado à Sua plena função real.

O ponto culminante dessa convicção do Novo Testamento é o texto do Antigo Testamento mais citado no Novo Testamento: Isaías 53. O Servo sofredor de Isaías era um homem de dores, desprezado e rejeitado (Is 53:2-4). Como um cordeiro do santuário, Ele seria abatido por causa dos nossos pecados (Is 53:5-7), de acordo com a vontade do Senhor (Is 53:8-10). Mas “depois do sofrimento de Sua alma” (Is 53:11, NVI), Ele justificaria muitos e receberia uma herança poderosa (Is 53:12).

Para os escritores do Novo Testamento, Isaías 53 foi a chave para o papel do Messias. Paulo certamente pregou sobre esse texto em Tessalônica. De acordo com Isaías 53, o Messias não pareceria majestoso nem poderoso no momento da Sua primeira manifestação. Na verdade, Ele seria rejeitado por muitos de Seu próprio povo. Mas essa rejeição seria o prelúdio para a manifestação do Messias glorioso da esperança judaica. Com isso em mente, Paulo foi capaz de mostrar que o Jesus que ele havia conhecido era, de fato, o Messias que o Antigo Testamento tinha predito.

4. Com espírito de oração, leia Isaías 53. Que símbolos indicam que Jesus sofreria antes de Sua glória? O que Ele sofreu para que você tivesse a vida eterna? À luz desse amor divino, em que posição Cristo deve estar em nossa vida?


Quinta Ano Bíblico: Sl 119


Nasce uma igreja


5. Que classes de pessoas formaram o núcleo da igreja de Tessalônica? At 17:1-4, 12


Uma parte da estratégia missionária de Paulo era levar a mensagem primeiramente ao judeu e também ao grego (Rm 1:16). Durante o ministério de Paulo, os judeus regularmente recebiam a primeira oportunidade de ouvir e aceitar o evangelho. E o fato é que, de acordo com a Bíblia, na época de Paulo, muitos judeus aceitaram Jesus como o Messias. Mais tarde, quando a igreja começou a apostatar e rejeitar a lei, especialmente o sábado, tornou-se cada vez mais difícil para os judeus aceitar Jesus como o Messias, porque, afinal, que Messias anularia a lei, especialmente o sábado?

Como o texto mostra, alguns dos judeus de Tessalônica foram persuadidos pela exposição que Paulo fez dos textos messiânicos relacionados à história de Jesus. Um deles, Aristarco, foi mais tarde um colaborador de Paulo e, em certo momento, até companheiro de prisão (Cl 4:10, 11; At 20:4). Outro, Jasom, era aparentemente rico o suficiente para abrigar a igreja em sua casa, depois que os cristãos já não eram bem-vindos na sinagoga. Ele também proveu pelo menos uma parte da fiança necessária para evitar a prisão de Paulo (At 17:4-9).

Os “gregos tementes a Deus” (At 17:4, NVI) são geralmente identificados com os gentios que ficavam encantados com o judaísmo, frequentavam a sinagoga, mas não se convertiam. Esse era um fenômeno generalizado nos dias de Paulo. Esses gentios se tornaram uma ponte natural para que Paulo alcançasse os gentios que não tinham nenhum conhecimento do judaísmo nem do Antigo Testamento.
A característica judaica, e relativamente rica, da igreja de Tessalônica em seu início, é enfatizada em Atos 17 (como no verso 12), em que preeminentes gregos também se tornaram crentes. Contudo, é claro que, no tempo em que foi escrita a primeira carta aos Tessalonicenses, a igreja para a qual Paulo estava escrevendo era, em grande parte, composta de gentios (1Ts 1:9) das classes trabalhadoras (1Ts 4:11).

O que podemos ver aqui é o caráter universal do evangelho, o fato de que ele se destina a todos os povos, classes e raças; para ricos ou pobres, gregos ou judeus, porque a morte de Cristo beneficiou o mundo inteiro. É por isso que a mensagem adventista do sétimo dia é para todo o mundo (Ap 14:6), sem exceções fundamentadas em etnia, nacionalidade, classe social ou situação econômica. É muito importante manter essa missão sempre diante de nós. Assim também é importante que não nos tornemos isolados, absortos em nossos próprios pensamentos e mais interessados em manter o que temos do que em avançar para além dos limites confortáveis que, talvez até inconscientemente, estabelecemos para nós mesmos.

Sexta Ano Bíblico: Sl 120–134


Estudo adicional


Desde os dias de Paulo até o presente, Deus, pelo Seu Espírito Santo, tem estado a chamar tanto judeus como gentios. “Para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2:11), declarou Paulo. O apóstolo se considerava devedor “tanto a gregos como a bárbaros” (Rm 1:14), bem como a judeus; mas jamais ele perdeu de vista as decididas vantagens que os judeus haviam possuído sobre outros, “primeiramente”, porque “as palavras de Deus lhe[s] foram confiadas” (Rm 3:2, RC). Declarou ele: “O evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1:16; Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 380).

“Paulo recorreu às profecias do Antigo Testamento... Pelo inspirado testemunho de Moisés e dos profetas, provou cabalmente que Jesus de Nazaré era o Messias, e demonstrou que, desde os dias de Adão, foi a voz de Cristo que falara por intermédio dos patriarcas e profetas” (Ibid, p. 222; veja a extensa quantidade de textos do Antigo Testamento que seguem nas páginas 222-229).

“Na proclamação final do evangelho, quando deve ser feito um trabalho especial pelas classes de pessoas até aqui negligenciadas, Deus espera que Seus mensageiros tomem interesse especial pelo povo judeu, o qual eles encontram em todas as partes da Terra... Ao verem o Cristo da dispensação evangélica retratado nas páginas das Escrituras do Antigo Testamento, e perceberem a clareza com que o Novo Testamento explica o Antigo, suas adormecidas faculdades despertarão e eles reconhecerão Cristo como o Salvador do mundo. Muitos receberão Cristo pela fé como seu redentor” (Ibid. p. 381).

Perguntas para reflexão
1. Paulo abordava os judeus de sua época com base nas profecias messiânicas do Antigo Testamento. Até que ponto essa abordagem é proveitosa hoje com os judeus, especialmente os judeus seculares que podem até não estar familiarizados com as profecias do Antigo Testamento?
2. Como as profecias da Bíblia podem ser apresentadas para influenciar seus amigos e vizinhos de maneira mais eficaz? Por exemplo, como Daniel 2 poderia ajudar alguém de perspectiva secular ou não bíblica a confiar na Bíblia?

Resumo: Uma série de pontos importantes foram estudados nesta primeira semana. Acima de tudo, devemos lembrar a importância que a Palavra de Deus tem na nossa vida, na nossa missão e no nosso testemunho.

Respostas sugestivas: 1: Porque uma jovem foi libertada de um espírito de adivinhação, o que prejudicou os interesses financeiros de algumas pessoas. Devemos estar preparados para a perseguição, mas não devemos provocá-la. 2: Paulo começou pregando aos judeus na sinagoga, aos sábados. Com base nas Escrituras, ele demostrou a necessidade do sofrimento e ressurreição de Cristo. 3: Seria pastor das ovelhas, descendente de Davi, sábio e justo, salvador glorioso e rei humilde; sofreria em lugar dos pecadores. 4: Renovo; raiz de uma terra seca; cordeiro; ovelha muda sacrificada em lugar dos transgressores. Jesus deve ser o primeiro em nossa vida. 5: Judeus convertidos, gregos piedosos e mulheres de alta posição.



sábado, 23 de junho de 2012

BOLETIM ELETRÔNICO 23.06.2012


LIÇÃO 13 - UM MINISTÉRIO PERPÉTUO

Lição13       



Um ministério perpétuo


Casa Publicadora Brasileira – Lição 1322012




Sábado à tard Ano Bíblico: Sl 51–55

VERSO PARA MEMORIZAR: “Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei? É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore, e as aves do céu fizeram ninhos em seus ramos” (Lc 13:18, 19, NVI).

Leituras da semana: Jo 4:7-30; At 2:42; 11:19-23; 2Tm 2:1-7; 2Co 5:18-20

Pensamento-chave: Evangelismo e testemunho são o meio pelo qual a semente de mostarda (a igreja de Deus) se torna uma grande árvore que enche o mundo.

Você pode ter ouvido dizer ou pode até mesmo ter dito: “Eu já fiz a minha parte. Agora deixarei a tarefa para os mais jovens.” Ou: “Fui líder de evangelismo durante muito tempo. Agora vou deixar que as pessoas mais novas assumam a liderança.”

Em certo sentido, esse tipo de declaração é compreensível. As pessoas envelhecem, às vezes sua saúde falha ou outras circunstâncias da vida as impedem de manter a liderança nos ministérios da igreja. Às vezes as pessoas simplesmente ficam esgotadas e precisam de uma pausa. Além disso, também, alguns podem acreditar que o Senhor os chama a cumprir Sua vontade em outras áreas do trabalho da igreja.

No entanto, há uma grande diferença entre mudar a ênfase do ministério e deixar de ministrar. Enquanto temos fôlego devemos, de uma forma ou de outra, continuar ministrando.

Nesta semana focalizaremos nossa necessidade de permanecer envolvidos nos ministérios de evangelismo e testemunho. Não importa qual seja nossa função na igreja, sempre haverá oportunidade de nos envolvermos em algum ministério.

Domingo Ano Bíblico: Sl 56–61

Evangelismo e testemunho incessante


Épreciso enfatizar novamente que testemunho e evangelismo devem continuar enquanto houver pessoas que necessitam de salvação. É plano de Deus salvar tantas pessoas quanto possível. Entretanto, os que aceitaram Jesus como Salvador pessoal são chamados a trabalhar com Deus nessa obra de salvar. Não importa quem somos, onde estamos e em que circunstâncias nos encontramos; se nosso coração está em sintonia com Cristo, se temos profunda apreciação pelo que Ele fez por nós e pelo que Ele nos pede que façamos em resposta, sempre teremos oportunidade de testemunhar e ministrar.

1. O que a mulher samaritana encontrou na pessoa e nas palavras de Jesus que a impeliu a compartilhar com os habitantes da sua cidade? Que princípios do testemunho encontrados nesse relato podem nos ajudar na obra de alcançar os outros? Jo 4:7-30


Parece que Jesus seguiu uma “fórmula” simples quando falou com a mulher de Samaria: 1. Ele chamou sua atenção: “Dê-me um pouco de água” (v. 7, NVI); 2. Ele despertou seu interesse: “Como o Senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?” (v. 9, NVI); 3. Ele criou um desejo: “Senhor, dê-me dessa água” (v. 15, NVI); 4. Ele produziu convicção: “Senhor, vejo que é profeta” (v. 19, NVI); e 5. Ações posteriores: “Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho feito. Será que Ele não é o Cristo?” (v. 29, NVI).

Esses cinco estágios de evangelismo não precisam necessariamente ocorrer em um único encontro como aconteceu com Jesus e a mulher junto ao poço de Jacó. Eles podem acontecer durante um período em que você continua a testemunhar para alguém. As situações variam muito, mas os princípios vistos nessa passagem podem ser amplamente aplicados às nossas tentativas de alcançar as pessoas.

Além disso, embora a conversa inicial estivesse relacionada com a água literal, o objetivo de Jesus era fazer com que a mulher samaritana desejasse beber a água da vida. No fim, ainda que sejamos chamados a ajudar as pessoas nas situações em que as encontramos, e a ministrar às suas necessidades da forma que podemos, nunca devemos nos esquecer de que sua maior necessidade é a salvação em Jesus.

Quantas vezes você aproveita as oportunidades de testemunhar ou de ministrar? Não é verdade que muitas vezes encontramos pessoas que, apesar da interação conosco, não têm a mínima ideia da doutrina em que acreditamos, dos princípios que defendemos nem da esperança que temos? Como podemos nos tornar testemunhas mais eficientes?

Segunda Ano Bíblico: Sl 62–67


Um ambiente estimulante


Uma parte vital da evangelização ocorre na igreja a cada semana. Esse aspecto do evangelismo é chamado de “nutrição” e “integração”. Temos sido muito bons em convidar as pessoas para nossas igrejas, mas nem sempre temos criado com tanta eficiência um ambiente que incentive as pessoas a voltar e se firmar na comunhão. Se devemos fazer discípulos, precisamos dar atenção ao estabelecimento e sustentação de cada novo cristão.

O que isso significa? “Estabelecer” dá a ideia de colocar alguma coisa sobre uma base firme e permanente. É ajudar a proporcionar ao recém-convertido um alicerce de fé e comunhão. A ideia de “nutrir” geralmente é explicada por conceitos como “cultivar, criar, cuidar, promover, treinar e educar”. Quando alguém aceita o Senhor Jesus como Salvador pessoal, todas essas áreas do estabelecimento e nutrição devem ser aplicadas espiritual e socialmente dentro da comunidade cristã. Em outras palavras, um novo cristão precisa ser desenvolvido, cuidado, estimulado, treinado e educado nos caminhos do Senhor.

“Companheirismo” é fundamental. Nesse ambiente, as pessoas tocam e influenciam umas às outras. Os que se unem a uma igreja devem receber atenção por meio da comunhão espiritual.

2. Qual é a importância da comunhão espiritual entre os cristãos? Por que isso é especialmente importante no caso de novos cristãos, aqueles que vêm para a igreja por meio do nosso evangelismo e testemunho? 1Jo 1:7; At 2:42; 11:19-23; 20:35 e Rm 1:11, 12


A palavra nós em 1 João 1:7 nos revela que, embora devamos andar na luz, individualmente, devemos também andar na luz em comunidade. Se os cristãos andarem na luz, haverá comunhão e unidade. Consequentemente, haverá um ambiente de crescimento, no qual as pessoas focalizarão a vontade de Deus para sua vida e o encorajamento de uns aos outros na caminhada cristã. Embora seja importante ajudar os novos membros a se sentir felizes e satisfeitos na igreja, também é importante levá-los a se tornar discípulos no sentido mais pleno da palavra, o que inclui o desenvolvimento da capacidade de levar outros a um relacionamento salvífico com o Senhor Jesus.

Sua igreja dedica atenção à consolidação dos novos membros de modo planejado? Como você pode se tornar mais envolvido em ajudar a nutrir os novos membros (ou até mesmo os “mais antigos”), em relação a esse assunto?

Terça Ano Bíblico: Sl 68–71


Formando instrutores


No mundo em que vivemos, as pessoas estão sempre mudando. As igrejas locais estão regularmente efetuando transferências de membros que vêm e vão, e muitas vezes lamentam a perda de membros capazes que se dedicavam a ministérios importantes. Devido a essa possível transferência de habilidades, e visto que o ministério de evangelismo e testemunho da igreja local deve continuar se expandindo, há grande necessidade de multiplicar esses ministérios.

3. Que princípios a respeito da formação de instrutores podemos tirar das instruções de Paulo a Timóteo? Como devemos aplicar esses princípios em nosso trabalho para o Senhor, seja qual for a função que desempenhamos? 2Tm 2:1-7


Paulo apresentou a Timóteo a importância de ver o quadro mais amplo do trabalho da igreja, em relação à sua extensão e duração. Os ministérios pastoral e de ensino não devem ser centralizados apenas em um homem. Eles devem ser a obra de grande número de testemunhas e evangelistas na igreja. Basicamente, Paulo estava dizendo a Timóteo que treinasse outros para a liderança na igreja porque, finalmente, a geração mais antiga de líderes morreria. Um princípio da instrução a Timóteo é que aqueles a quem ele instruísse, por sua vez também ensinariam aos outros, garantindo assim que a missão da Igreja no mundo fosse contínua e expansiva. Isso está em harmonia com o chamado de Jesus para que haja mais trabalhadores na seara.

Dizem: “Dê a um homem um peixe e você o alimentará por um dia; ensine-o a pescar e você o alimentará e à sua família enquanto ele viver”. O problema é que, se o homem não transmitir aos filhos sua habilidade de pescar, a geração seguinte passará fome. Talvez o ditado devesse ser modificado: “Dê a um homem um peixe e você o alimentará por um dia; ensine um homem a pescar e a transmitir seu conhecimento e técnicas de pescaria, e um número incontável de pessoas continuarão a ser alimentadas”. Essa é a diferença entre formar pessoas e treiná-las para ser instrutores.

Pense em sua experiência. Alguém já lhe ensinou como testemunhar aos outros? Você já pediu para ser treinado quanto à maneira de testemunhar aos outros? Comente com a classe.

Quarta Ano Bíblico: Sl 72–77


Resgatando pessoas afastadas


Apóstata é uma palavra que gostaríamos de eliminar do vocabulário cristão. No entanto, o fato é que muitas pessoas se afastam da igreja e de um relacionamento de salvação com o Senhor. Embora as pessoas às vezes nos deixem por causa da doutrina, na maioria das vezes elas nos deixam por outros motivos, geralmente conflitos pessoais e coisas semelhantes. Independentemente das razões, precisamos fazer tudo o que pudermos para criar um ambiente de amor e carinho que motive os que se unem conosco a permanecer entre nós, apesar dos problemas pessoais que surgem inevitavelmente.

Ao mesmo tempo, precisamos ter um ministério para cuidar dos ex-membros e dos membros que não mais estão frequentando, como parte do planejamento do nosso programa de testemunho e evangelismo. Uma rápida olhada na lista de membros de muitas igrejas provavelmente revelará que há muito mais nomes na lista do que pessoas que frequentam o culto a cada sábado. Esses nomes podem ser o início de um ministério especial em favor das pessoas que Deus jamais deixou de amar intensamente.

4. Com base no contexto da reconciliação realizada por Cristo, que princípio podemos aplicar em nossa igreja? Qual é a importância do ministério da reconciliação para os que seguiram a Deus no passado, mas dEle se afastaram? 2Co 5:18-20


Resgatar ex-membros é um ministério especial. Além disso, esse ministério é tão evangelístico quanto a obra de alcançar pessoas que jamais aceitaram a Cristo antes. A própria palavra reconciliação implica que anteriormente houve uma unidade e comunhão entre o homem e Deus, e que foi restaurada por meio de Jesus Cristo. Da mesma forma, recebemos agora um ministério de reconciliação que inclui o esforço para alcançar os que, no passado, adoraram conosco.

Na verdade, é possível argumentar que, em Mateus 10:5, 6, Jesus enviou Seus discípulos para reconquistar os judeus que se haviam afastado de um relacionamento salvífico com seu Senhor. Assim, é inteiramente apropriado que nós hoje também participemos do trabalho em favor das pessoas que têm uma história especial com Deus e Sua igreja.

Pense naqueles que deixaram a igreja e na razão pela qual eles fizeram isso. Há alguma pessoa com quem você poderia restabelecer contato e recomeçar a amizade, a quem você poderia ministrar e procurar reconectar com a igreja? Ore buscando descobrir como fazer isso.

Quinta Ano Bíblico: Sl 78–80


A porta dos fundos


Você já notou como as pessoas lamentam o fato de que muitas vezes os membros da igreja saem “pela porta dos fundos”? Elas até declaram firmemente que a porta dos fundos da igreja deve ser fechada, mas falham em nos mostrar como fechar essa porta ou até mesmo a localização dela. Algumas igrejas em crescimento podem pensar que sua porta dos fundos está fechada, mas na realidade pode estar acontecendo simplesmente que mais pessoas estão entrando pela porta da frente do que saindo pela porta dos fundos. Embora seja melhor que mais pessoas estejam entrando pela porta da frente do que saindo pela porta dos fundos (o que ocorre em alguns lugares), ainda assim queremos fazer o que for possível para conservar nossos membros.

Descobrir qual é a porta dos fundos e tentar fechá-la exigirá estratégias que são, de fato, evangelísticas, visto que nossa missão não é simplesmente ganhar pessoas para Deus, mas também conservá-las.

5. Por que os cristãos devem se reunir regularmente? Quando nos reunimos para a comunhão, temos encorajado uns aos outros? Como podemos intensificar esse princípio? Hb 10:25

A decisão de deixar a comunhão geralmente não é tomada subitamente. Em vez disso, a maioria das pessoas passa por um processo de afastamento silencioso. Assim como, para elas, aproximar-se de Cristo e da igreja foi uma jornada, o processo de saída é outra jornada. Na maioria das vezes, o afastamento não é uma estratégia conscientemente planejada. Pouco a pouco, as pessoas começam a ficar desligadas, desencantadas e insatisfeitas com as coisas na igreja. Talvez, em alguns casos, com razão. Portanto, procuremos estar cientes da jornada dos que nos rodeiam na igreja.

6. Que admoestações podem nos ajudar a manter fechada a porta dos fundos? O que você e sua igreja podem fazer para viver essas importantes verdades? Rm 14:13; Gl 5:13; Ef 4:32

Uma igreja carinhosa, que continua cuidando, é um lugar no qual todos estão concentrados em seu relacionamento pessoal com Jesus. Eles têm um conceito claro do valor que Jesus dá a cada indivíduo. Fechar a porta dos fundos envolve se aproximar das pessoas, descobrindo suas necessidades, na medida em que elas estejam dispostas a compartilhar, e atender a essas necessidades, quando for apropriado. Isso é algo que nenhum programa da igreja pode proporcionar. Apenas pessoas amorosas e carinhosas conseguem fazer isso.

Sexta Ano Bíblico: Sl 81–85

Estudo adicional


Os envolvidos em um ministério de testemunho devem dar atenção à forma pela qual possam fazer com que seu ministério seja contínuo, e não um evento ocorrido uma única vez. O que você deve fazer?

1. Tenha disposição para compartilhar a liderança, em vez de ser uma banda de uma só pessoa.
2. Faça o que for possível para manter diante da igreja a importância do ministério de sua equipe. Isso incluirá relatórios periódicos à comissão geral de evangelismo, informações no boletim da igreja, informativo especial, cartazes no quadro de avisos e solicitação de verbas no orçamento da igreja.
3. Procure constantemente pessoas que você possa convidar para participar de sua equipe ou para formar outra equipe. Se alguém se oferecer para participar da equipe, isso é bom; no entanto, será melhor convidar individualmente as pessoas.
4. Realize regularmente eventos de treinamento.

Perguntas para reflexão
1. Sua igreja tem um programa de treinamento evangelístico? Como melhorar a situação?
2. “Precisamos ser canais através dos quais Deus possa enviar luz e graça ao mundo. Os infiéis precisam ser recuperados. Precisamos apartar-nos de nossos pecados, pela confissão e pelo arrependimento, humilhando nosso orgulhoso coração perante Deus. Torrentes de poder espiritual serão derramadas sobre aqueles que estão preparados para recebê-las” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 46). O que é necessário, e por que, para ajudar a trazer as pessoas de volta para a igreja e para a maravilhosa mensagem da “verdade presente”?
3. Quando as pessoas se afastarem da igreja, vamos amá-las e manter contato com elas; vamos evitar julgá-las e chamá-las de “apóstatas” ou, ainda pior, não atiremos contra elas citações de Ellen White sobre pessoas que se afastam. Em vez disso, vamos usar essas experiências tristes para, como disse Paulo, examinar se estamos na fé (2Co 13:5) e perguntar se poderíamos ter feito alguma coisa de modo diferente a fim de ajudar a manter essas pessoas entre nós. E ainda mais importante, vamos evitar alguma atitude que torne mais difícil a volta delas.

Respostas sugestivas: 1. Jesus derrubou preconceitos; ofereceu vida eterna; conhecia a mulher; ensinou-lhe sobre adoração; a mulher falou de sua experiência. 2. Jesus está na luz; se andarmos na luz, teremos comunhão com Ele e com os que estão na luz; a comunhão traz segurança espiritual. 3. Devemos nos fortalecer na graça; transmitir o conhecimento a pessoas fiéis, que devem intruir a outros, e assim sucessivamente. 4. Deus nos reconciliou consigo por meio de Cristo; Jesus reconcilia outras pessoas com Ele por meio de nós. 5. Na congregação recebemos orientações e exortações que nos preparam para a volta de Jesus, e encorajamos os irmãos. 6. Não julgar uns aos outros; não usar a liberdade para pecar; servir aos outros pelo amor; bondade, compaixão e perdão.



sábado, 16 de junho de 2012

LIÇÃO 12 - AVALIANDO O TESTEMUNHO E O EVANGELISMO

Lição 12                                                 16 a 23 de junho

Avaliando o testemunho e o evangelismo


Casa Publicadora Brasileira – Lição 1222012

Sábado à tarde
Ano Bíblico: Sl 10–17

VERSO PARA MEMORIZAR: “Como brinco de ouro e enfeite de ouro fino é a repreensão dada com sabedoria a quem se dispõe a ouvir” (Pv 25:12, NVI).

Leituras da semana: 2Co 13:5, 6; Hb 10:24, 25; Dt 10:12, 13; Mt 23:15; Ap 14:6, 7

Pensamento-chave: É um erro se envolver na grande obra divina do evangelismo sem uma avaliação eficaz.

Muitas vezes ficamos satisfeitos com resultados mínimos no evangelismo, quando poderíamos ter exercido maior influência e obtido muito mais sucesso se tivéssemos avaliado nossos esforços anteriores. Dessa maneira, poderíamos ter permitido que nossas descobertas orientassem as estratégias futuras.

Às vezes, grandes somas de dinheiro são investidas em ministérios de evangelismo e testemunho, mas os resultados são mínimos. Isso tem levado à sugestão de mudanças na distribuição do orçamento e/ou nos procedimentos. Se apresentadas sem espírito crítico, essas questões podem ser parte da avaliação sadia. No entanto, devemos acrescentar de antemão que, de fato, não conhecemos todos os resultados de um programa específico, porque podemos nos concentrar apenas nos resultados tangíveis (tais como número de pessoas batizadas) e não saber até que ponto as sementes do evangelho foram espalhadas. Contudo, ainda há a necessidade de avaliar de uma forma que envolva uma análise, mas que evite o espírito crítico.

Nesta semana, consideraremos a avaliação como um princípio bíblico e examinaremos seu valor como um procedimento contínuo na vida da igreja local.

Domingo
Ano Bíblico: Sl 18–22


Por que avaliar?


Aavaliação acontecerá, quer a realizemos ou não. A cada sábado e em cada reunião pública acontece uma avalição. As pessoas avaliam o conteúdo, a clareza e até mesmo a duração do sermão. E os que frequentam reuniões públicas esperam um alto nível de profissionalismo. Em qualquer lugar e tempo em que as pessoas tenham expectativas, haverá avaliação. Embora não possamos apontar um texto em que uma avaliação formal tenha sido feita, é evidente que a avaliação era uma parte importante da vida da igreja primitiva.

1. Qual é a importância da avaliação? Que tipos de avaliação existem na igreja? 1Tm 3:1-13; 1Co 11:28; 2Co 13:5, 6


Quando a Palavra de Deus estabelece um padrão, exige ou prescreve ações específicas, ou apresenta uma ordem, nossas respostas são abertas à avaliação, que faz perguntas muito importantes: “Como estamos indo nesse ministério específico?”; “Como podemos ser mais eficazes?”

O fato de Paulo ter especificado certas qualificações para diáconos e anciãos mostra que algum tipo de avaliação devia ser feita para verificar a aptidão para essas funções, bem como para avaliar a eficácia nesse ministério.

2. Qual é a resposta de sua igreja à missão dada por Jesus? Que aspectos da missão devem orientar essa avaliação? Mt 28:19, 20


Como servos de Deus, a nós foi confiada a verdade imensamente valiosa do evangelho. Considerando que a mensagem do evangelho deve ser levada a todo o mundo, não deve nos surpreender o fato de que Deus também tem um processo de avaliação. O Senhor está interessado no progresso da obra confiada aos que responderam ao chamado para ser colaboradores na salvação das pessoas.

Como você avalia sua fé e experiência com Deus? Que evidências você tem de que Jesus Cristo está em você? Que ações precisam ser executadas para melhorar a situação? (2Co 13:5).

Segunda
Ano Bíblico: Sl 23–30

Avaliando de maneira cordial


Embora existam muitos benefícios na avaliação, há algumas armadilhas das quais devemos estar cientes e que precisam ser evitadas. Se formos extremamente rigorosos na avaliação, e focalizarmos principalmente os pontos negativos, há o risco de se criar um ambiente crítico, que irá desencorajar e diminuir a quantidade de voluntários. Para evitar que a avaliação seja percebida como crítica, ela deve ser acompanhada pela genuína gratidão. De fato, na maioria das vezes nos esquecemos de reconhecer o trabalho de nossos obreiros, especialmente os que têm servido no seu ministério específico por um tempo considerável. Eles estão sempre ali fazendo o trabalho, e esperamos que eles continuem ali realizando essa atividade. A avaliação lhe dará a oportunidade de encorajar essas pessoas.

3. Em que situações a igreja deve agradecer aos indivíduos e equipes pelo seu trabalho e pelo seu testemunho? Sua igreja tem demonstrado esse espírito de gratidão e reafirmação? At 16:1, 2; Rm 16:1; 1Co 11:2; Fp 4:14


Em muitas ocasiões, o apóstolo Paulo teve que corrigir a igreja ou pessoas na questão da atitude, comportamento ou doutrina. Isso mostra que alguma avaliação havia ocorrido mas, sempre que podia, Paulo também reconhecia as pessoas pelo apoio que davam a ele pessoalmente, por sua fidelidade a Deus ou pelo fiel desempenho de um ministério específico.

Para ser justo na avaliação, é preciso avaliar não somente os resultados mas também os processos. A avaliação de resultados pergunta se um programa atingiu os resultados planejados. A avaliação do processo analisa o gerenciamento interno do projeto.

4. O que significa considerar uns aos outros no contexto da avaliação e do reconhecimento? Que princípios de avaliação são sugeridos na Bíblia? Hb 10:24, 25


Esses versos são mais do que uma sugestão. Com firmeza, eles nos admoestam a levar a sério o crescimento e desenvolvimento espiritual uns dos outros. Se devemos considerar o que Deus requer em nossa vida cristã, e se atendemos à necessidade de considerar em que ponto estamos em nossa experiência, é preciso também realizar uma avaliação adequada ao considerarmos uns aos outros.

Terça
Ano Bíblico: Sl 31–35


O que o Senhor pede


E agora, ó Israel, que é que o Senhor, o seu Deus, lhe pede, senão que tema o Senhor, o seu Deus, que ande em todos os Seus caminhos, que O ame e que sirva ao Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração e de toda a sua alma, e que obedeça aos mandamentos e aos decretos do Senhor, que hoje lhe dou para o seu próprio bem?” (Dt 10:12, 13, NVI).

Considerando os versos acima e o contexto desta semana e de todo o trimestre, responda:

5. Se você fosse resumir o significado essencial dos dois versos acima, o que você diria?


6. De qual texto do Novo Testamento esses versos nos fazem lembrar? Que lição isso nos mostra sobre a importância da admoestação de Deuteronômio 10? Mt 22:37, 38


7. O texto diz que Deus “pede” (ou “requer”) essas coisas de nós. Como devemos entender o significado dessas coisas no contexto da salvação unicamente pela fé?


8. O texto lida em grande parte com nosso coração e mente, com o amor e temor, coisas que muitas vezes são difíceis de julgar pelas aparências. Que manifestações exteriores de coisas interiores esses versos mencionam? Como essa ligação entre o interior e o exterior se harmoniza com a compreensão de Apocalipse 14:6-12?


Em Mateus 23:15, Jesus comunicou aos escribas e fariseus uma avaliação severa sobre o “testemunho” e “evangelismo” realizado por eles para alcançar os gentios. Assim, na busca bem-intencionada de cumprir a comissão evangélica, devemos manter sempre diante de nós as profundas verdades expressas em Deuteronômio 10:12, 13. Afinal, com todos os nossos esforços para conquistar pessoas, a última coisa que queremos fazer é gerar mais “filho[s] do inferno”.

Quarta
Ano Bíblico: Sl 36–39


Avaliando para o crescimento espiritual


O Senhor, contudo, disse a Samuel: ‘Não considere sua aparência nem sua altura, pois Eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração’” (1Sm 16:7, NVI).

Na lição 7, mencionamos que todos os objetivos definidos por indivíduos ou igrejas devem ter a possibilidade de avaliação. Embora seja relativamente fácil monitorar e avaliar o crescimento numérico, é verdade que existe mais para a igreja do que números.

É óbvio (ou deveria ser) que não queremos simplesmente encher a igreja de pessoas. Queremos enchê-la de pessoas que estejam crescendo em seu relacionamento com Jesus, que amem o Senhor e que expressem esse amor em obediência aos Seus mandamentos. A última coisa que desejamos fazer é o que Jesus disse que os escribas e fariseus faziam: percorriam “terra e mar” (isto é, se envolviam em esforços missionários) e tornavam os conversos “duas vezes mais filho[s] do inferno do que” eles mesmos (Mt 23:15, NVI). Essa forte reprovação de seus “esforços evangelísticos” nos mostra a importância de dar atenção à avaliação do crescimento espiritual, não apenas dos que trazemos para a igreja, mas também de nós mesmos, de uma forma ainda mais atenciosa.

9. Que disciplinas espirituais são importantes? Por que essas coisas são essenciais para nosso crescimento espiritual? Mt 26:41; 1Ts 5:17; Rm 8:6; Ef 6:17, 18; 2Tm 2:15, 16; Sl 1:2


Sendo pecadores necessitados da graça divina, como podemos avaliar algo tão “intangível” como a espiritualidade dos outros? O fato é que não existe registro de uma escala de espiritualidade que sirva de base para avaliar a consagração pessoal. É, portanto, mais adequado e proveitoso considerar se o cristão está na jornada espiritual, em lugar de determinar em que ponto ele está nessa jornada. As disciplinas espirituais em que nos envolvemos são os sinais de uma jornada espiritual. As coisas listadas nos versos acima certamente são indicadores. No entanto, precisamos ter cuidado com nossa maneira de julgar a experiência dos outros. Ao mesmo tempo, especialmente se estamos lidando com novos membros, devemos, de modo bondoso e amoroso, ajudá-los a entender a importância de práticas como a oração, estudo da Bíblia e obediência para seu crescimento espiritual.

Quinta
Ano Bíblico: Sl 40–45


Avaliando para o crescimento da igreja


Arazão pela qual nossa igreja existe é a mesma pela qual avaliamos. Acreditamos que a Igreja Adventista do Sétimo Dia foi levantada neste momento específico na história da Terra como parte do plano de Deus de levar o evangelho ao mundo. Em outras palavras, existimos para conduzir pessoas para o reino.

10. Que ensinos estão na base da nossa identidade como adventistas do sétimo dia? Ap 14:6, 7


Avaliar o próprio desempenho é um método de se manter fiel à tarefa da maneira mais eficaz possível. Qualquer avaliação do que a igreja faz deve examinar como as estratégias de evangelismo e testemunho estão influenciando o crescimento da igreja. As atividades em que estamos envolvidos estão nos ajudando a alcançar o objetivo da igreja?

11. O que deve estar em primeiro lugar em nossa vida? Como essa verdade deve influenciar a espiritualidade da igreja e a obra de testemunhar e evangelizar? Mt 6:33; 10:7; 24:14; Lc 4:43


O relato do ministério terrestre de Jesus contém numerosas referências à pregação como forma de conquistar pessoas para o reino de Deus. Jesus pregou que o reino de Deus estava próximo. Ele repreendeu os líderes religiosos por tornar difícil a entrada das pessoas no reino de Deus. Ele enviou Seus discípulos para pregar o reino de Deus. Evidentemente, o objetivo primordial de Jesus, dos apóstolos e da igreja era conquistar pessoas para o reino.

Os relatórios dos números de pessoas acrescentadas à igreja e dos templos estabelecidos entre os gentios são evidências de que avaliações foram realizadas em relação à forma pela qual a igreja estava atingindo o alvo do crescimento do reino.

Jesus fez uma declaração muito forte e contundente, ao dizer que, se você não está com Ele, está contra Ele (Mt 12:30), e que se você não ajunta com Ele, espalha. Coloque de lado sua profissão de fé ou seu nome no livro da igreja. Você está ajuntando ou espalhando? Como você justifica sua resposta?


Ano Bíblico: Sl 46–50

Estudo adicional


Já ouviu falar de uma banda de um homem só? Isso ocorre quando uma pessoa toca todos os instrumentos de uma banda. O tambor é amarrado às suas costas e operado por um pedal; os pratos são presos entre os joelhos e assim por diante. Uma “banda de uma só pessoa” ocorre quando uma pessoa desempenha todas as partes.

As pessoas que tentam fazer tudo sozinhas às vezes se queixam da falta de apoio da igreja. No entanto, provavelmente a congregação não foi convidada a se envolver de alguma forma, a não ser no aspecto financeiro.

A seguir estão algumas sugestões de como multiplicar seu ministério envolvendo outras pessoas:

1. Descubra quantas pessoas poderiam participar desse ministério.
2. Defina as áreas que necessitam de ajuda significativa e procure as pessoas essenciais para desempenhar esses papéis principais.
3. Escreva um esboço dos aspectos do trabalho. Isso será útil quando estiver falando com os futuros membros da equipe. Eles serão capazes de compreender exatamente o que se espera deles.
4. Apresente relatórios à igreja. Todos verão que seu ministério é parte da estratégia da igreja. Assim será mais provável que eles se envolvam.
5. Tenha reuniões regulares com a equipe. Reafirme os membros da equipe e avalie o progresso.

Perguntas para reflexão
1. Quando e como você cruza a linha entre a avaliação e o tipo de julgamento contra o qual somos advertidos nas Escrituras?
2. Pense mais nas palavras de Jesus em Mateus 23:15. Como podemos impedir que isso aconteça, especialmente quando novos conversos são com tanta frequência cheios de zelo? Como podemos ter certeza de que o zelo está focalizado na direção certa, de modo que não criemos mais “filho[s] do inferno” em nosso meio?
3. Considere um ministério específico em sua igreja e sugira um bom método de avaliação do programa, do processo e do pessoal.

Respostas sugestivas: 1. Traz informações e orientações que ajudam a melhorar a igreja; avaliação de bispos e diáconos; avaliação das esposas; autoavaliação. 2. Envolvimento dos membros da igreja na obra de fazer discípulos (ensinar e batizar). Devemos avaliar e planejar o crescimento. 3. Devemos aproveitar todas as oportunidades; falar em público e em particular; elogiar por meio de cartas. 4. Devemos considerar os irmãos, reconhecendo suas qualidades e promover seu crescimento no amor, nas boas obras e na comunhão. 5. Deus espera respeito, fidelidade em Seus caminhos, amor, serviço feito com dedicação total e obediência aos Seus mandamentos. 6. “Amarás o Senhor... de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”; Deus deve ser o primeiro. 7. Deus é nosso criador, nosso pai e nosso salvador; por isso Ele pede essas atitudes de nós, como resultado do amor e fé. 8. O amor nos leva a andar em Seus caminhos e nos motiva ao serviço; o povo de Deus guarda os mandamentos e tem a fé em Jesus. 9. Vigiar; orar; interceder pelos irmãos; estudar a Bíblia; falar palavras que edifiquem; meditar sempre na lei de Deus. 10. Evangelho eterno; salvação em Jesus Cristo; adoração ao Criador; observância do sábado; juízo final; segunda vinda de Jesus. 11. O reino de Deus e Sua justiça; a volta de Jesus; se esperamos e acreditamos no reino de Deus, pregaremos essa esperança.

sábado, 9 de junho de 2012

LIÇÃO 11 - LEVANDO INFORMAÇÃO À IGREJA





Lição 11 - 9 A 16 DE JUNHO

Levando informação à igreja


Casa Publicadora Brasileira – Lição 1122012



Sábado à tarde Ano Bíblico: Jó 22–24

VERSO PARA MEMORIZAR: “Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e Lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado” (Mc 6:30).

 
Leituras da semana: At 4:1-31; 21:19-25; 1Co 9:19-23; Nm 13:17-33; At 11:1-18

Pensamento-chave: Como um relatório dos esforços missionários da igreja primitiva, o livro de Atos está cheio de lições para nós.

O incrível crescimento da igreja primitiva tem levado muitos a estudar o livro de Atos. Consequentemente, à luz desse livro, foram examinadas muitas áreas da vida da igreja, como crescimento de igreja, missões estrangeiras, administração da igreja e evangelismo. Embora muita coisa tenha sido extraída de Atos sobre esses temas, existem outros aspectos, como a apresentação de relatórios, que não receberam a atenção que merecem.

A base dos relatórios no livro de Atos são os relatórios dos evangelhos. Evidentemente, essa importante atividade da igreja tem um impacto significativo sobre o sucesso do testemunho e do evangelismo. A razão é muito simples: precisamos saber o que está acontecendo, e o que funciona ou não.

Nesta semana, examinaremos como os primeiros evangelistas apresentaram relatórios aos seus líderes e para a igreja como um todo. O objetivo é compreender a importância de relatar e ver em que ponto isso pode melhorar as estratégias de testemunho e evangelismo de uma igreja local.

Domingo Ano Bíblico: Jó 25–28


Um princípio bíblico


Quando alguém menciona relatórios, você pode imaginar muitas folhas de papel cheias de fatos e estatísticas que provavelmente farão pouco mais do que acumular poeira. Entretanto, os relatórios não são uma invenção moderna projetada para frustrar os envolvidos no testemunho e evangelismo. Relatórios são um princípio bíblico. Como revela o Verso Para Memorizar para esta semana, quando os discípulos voltaram de uma viagem missionária, relataram a Jesus tudo que tinham feito e ensinado. Essa parece ser uma parte central da obra do evangelho.

Embora não possamos apontar um texto bíblico específico que diga: “Você deve relatar porque...”, há ampla evidência de que os relatórios eram importantes tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Relatar é uma atividade que faz parte de uma cadeia de eventos, ou seja: alguém prepara um relatório, alguém recebe o relatório, o relatório é avaliado, então decisões são tomadas e ações são planejadas em resposta ao que foi relatado.

1. Que relatório Pedro e João apresentaram aos irmãos? O que a igreja foi impelida a fazer por causa desse relatório? Que lições aprendemos com esse episódio? At 4:1-31


Considere que, sem jornais, rádio ou televisão por satélite, a palavra falada era a principal forma de espalhar a boa notícia sobre Jesus. Se esses cristãos primitivos cedessem às ameaças feitas contra eles, sua influência em favor de Deus teria sido seriamente prejudicada. Eles se reuniam, ouviam os relatos, e então escolhiam uma estratégia que lhes permitisse ser fiéis à sua vocação evangelística.

No centro de tudo, é claro, estavam a oração e a leitura das Escrituras. Se não encontrarmos nada mais nessa história, podemos ver a importância que eles davam à oração e à confiança na Palavra de Deus. Não deve ser diferente para nós hoje.

Embora não tenhamos os detalhes do que eles planejavam, o verso 29 mostra que, apesar das ameaças recebidas, eles continuvam a falar sobre Jesus.

As Escrituras foram citadas diante dos líderes de Israel e dos outros cristãos judeus, mostrando que elas eram essenciais para sua fé e seu testemunho. As Escrituras são importantes e essenciais em sua vida? (para responder pense na seguinte pergunta: Quanto tempo passo com as Escrituras a cada dia?)

Segunda Ano Bíblico: Jó 29–31


“O que Deus tem feito”


Constantemente somos lembrados de que, em quase todas áreas da vida, a comunicação eficaz é a chave para a compreensão e a harmonia. Ao considerarmos a família da igreja, vemos que relatar as atividades e seus resultados é uma parte vital da comunicação interna. Em muitas igrejas há muita atividade, mas apenas os envolvidos em cada ministério sabem o que acontece ali. Devido a isso, há um sentimento correspondente entre os que lideram os ministérios que não têm muita relação com o que eles estão fazendo. Esses sentimentos não são surpreendentes se os líderes nunca compartilham seus objetivos e estratégias com a igreja e nunca relatam suas atividades e resultados.

2. Qual foi a reação da igreja quando ouviu o relatório de Paulo? Em meio ao bom relatório havia indícios de divisão entre os cristãos. Qual era a causa do problema, como Paulo reagiu e que lições existem para nós? At 21:19-25; 1Co 9:19-23


Voltando a Jerusalém de uma viagem missionária, Paulo relatou a Tiago e a todos os anciãos a maneira pela qual Deus havia abençoado seu ministério entre os gentios. Quando Paulo relatou cada um dos muitos avanços do evangelho, os líderes da igreja responderam com um espontâneo e genuíno louvor a Deus.

No entanto, havia evidência de divisão e confusão, mesmo em meio às boas notícias do testemunho de Paulo.

“Muitos dos judeus que haviam aceitado o evangelho acariciavam ainda certo respeito pela lei cerimonial, e estavam demasiadamente dispostos a fazer desavisadas concessões, esperando assim ganhar a confiança de seus concidadãos, remover seus preconceitos e ganhá-los para a fé em Cristo como o redentor do mundo. Paulo compreendeu que, por todo o tempo em que muitos dos principais membros da igreja em Jerusalém continuassem a manter o preconceito contra ele, procurariam constantemente prejudicar sua influência. Acreditava que, se por alguma concessão razoável pudesse ganhá-los para a verdade, removeria um grande obstáculo ao êxito do evangelho em outros lugares. Não se achava, porém, autorizado por Deus para ceder tanto quanto pediam” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 405).

Hoje também lutamos com a divisão entre nós com relação à melhor forma de alcançar as pessoas. Quais são as lutas enfrentadas em sua igreja? Como você pode ajudar a resolver essas questões?

Terça Ano Bíblico: Jó 32–34

A importância de relatar


Aimportância de relatar as atividades de evangelismo e testemunho e seus resultados nem sempre foi percebida e, consequentemente, nem sempre isso foi realizado. Em todas as áreas da nossa atual vida agitada, a importância é colocada sobre as coisas em proporção ao seu valor percebido. Coisas vistas como desperdício de tempo e esforço geralmente não recebem muito do nosso tempo e atenção. Portanto, a importância de relatar precisa ser demonstrada. Ou seja, os membros da igreja precisam perceber o que pode ser alcançado por meio das avaliações dos relatórios.

Existe diferença entre simplesmente relatar fatos frios e duros e compartilhar as atividades que esses fatos representam como uma parte bem-sucedida dos esforços da igreja para alcançar pessoas para Cristo. Os que apresentam os relatórios têm a responsabilidade de assegurar que seus relatos comuniquem o entusiasmo e a alegria do sucesso que surge do envolvimento no ministério destacado no relatório.

3. Se removêssemos todos os relatórios de atividades evangelísticas do livro de Atos, que informações emocionantes e encorajadoras perderíamos? At 5:14; 8:4, 12; 11:21; 14:21


O impressionante crescimento da igreja, relatado no livro de Atos, não aconteceu de modo simples. Fortalecidos pelo Espírito Santo, e lembrando a promessa de sucesso feita por Jesus, os fiéis se envolveram em atividades que trouxeram esses resultados. Eles estavam concentrados no que desejavam alcançar e na melhor forma de realizar isso. Está relatado que, por meio da pregação do evangelho, multidões de homens e mulheres se converteram ao Senhor e foram batizadas como parte de seu processo de discipulado. Isso ressalta a importância de relatar os resultados e as atividades com tantos detalhes quanto possível. Na verdade, a Bíblia registra mais os resultados das atividades de testemunho e evangelismo do que os detalhes dessas atividades.

Os primeiros missionários iam a todos os lugares em que pudessem, pregando sobre Jesus e Seu reino. Devido aos resultados relatados e registrados, supomos que também apresentassem poderosos apelos aos seus ouvintes. Essas constantes pregações e apelos produziram resultados maravilhosos no crescimento da igreja, registrados no livro de Atos.

Quarta Ano Bíblico: Jó 35–37


Relatórios e motivação


Quando falamos de motivação, estamos nos referindo às razões profundas pelas quais acreditamos nas coisas ou as realizamos. Isso também é verdade com relação aos relatórios. Quando relatamos, fazemos isso por uma razão ou algumas razões. Nossas razões poderiam ser simplesmente uma tentativa de convencer uma comissão a continuar financiando algum projeto. Ou poderíamos relatar de uma forma que convencesse as pessoas a interromper um programa ou a trocar os líderes. Se o conteúdo do relatório ou sua ênfase envolve informações selecionadas, talvez as decisões tomadas com base na avaliação de tais relatórios podem não ser as melhores. Assim, nossos relatórios precisam ser honestos e justos.

4. Os doze espias viram as mesmas coisas. Por que apenas dois deles reagiram de modo positivo? Que lição devemos tirar desse incidente para nós hoje? Nm 13:17-33


Embora Deus tivesse prometido que os filhos de Israel certamente podiam tomar a terra, alguns dos espias não tinham confiança. Josué e Calebe deram um bom relatório acerca da terra e sugeriram que fossem imediatamente para tomar posse (v. 30). Os outros que estiveram com eles quando espiaram a terra deram um relatório negativo, enfatizando os obstáculos para conquistá-la e sugerindo que voltassem para o Egito.

Ao elaborarmos relatórios, devemos considerar a vontade revelada de Deus e Suas bênçãos. Não devemos apenas relatar o sucesso que tivemos naquilo que fizemos, mas o sucesso que alcançamos quando cumprimos a vontade de Deus (Mt 7:21). Existe sempre a possibilidade de nos envolvermos com os padrões mais recentes de ministério evangelístico e medirmos nosso sucesso pela habilidade em implementar esses princípios, em comparação com outras igrejas. Quando relatamos nosso aparente sucesso, podemos estar mais interessados em parecer bem-sucedidos do que em buscar a vontade de Deus para nossa igreja e colocá-la em prática, por Sua graça.

Esse é um desafio para nossas igrejas hoje, quando parece que somos bombardeados por infindáveis “melhores” formas de evangelizar. No relatório dos espias, certamente Josué e Calebe também viam os obstáculos para conquistar a terra, mas conheciam também a vontade de Deus. Portanto, uma parte importante de seu relatório assegurou ao povo que certamente era possível tomar posse da terra. Por outro lado, os espias cujo pensamento não incluía reflexões sobre a vontade de Deus trouxeram um relatório completamente negativo, calculado para convencer o povo de que retornar ao Egito seria a melhor opção.

Quinta Ano Bíblico: Jó 38–42


Dando glória a Deus


Algumas pessoas hesitam em apresentar relatórios bem-sucedidos porque pensam que isso pode ser uma forma de ostentação com base na realização humana. Na realidade, porém, por meio dos relatórios fiéis, Deus é glorificado e Sua igreja é fortalecida na fé e na determinação de continuar trabalhando para Ele. Embora seja verdade que, às vezes, alguém possa relatar com motivos indignos, isso não deve impedir os cristãos humildes de partilhar as coisas poderosas que Deus tem feito por intermédio deles e como os tem capacitado a ser para Ele testemunhas e evangelistas. Se feitos com humildade, entusiasmo e amor pelas pessoas, os relatórios podem encorajar grandemente os outros membros da igreja a se envolver também no trabalho de evangelismo e de alcançar pessoas.

5. Como os líderes e membros da igreja em Jerusalém reagiram ao relatório de Pedro sobre o trabalho entre os gentios? Os princípios revelados nessa passagem ainda são importantes para a igreja? At 11:1-18


Pedro e os outros que ousaram testemunhar e evangelizar fora dos círculos judaicos haviam sido criticados. Em seguida, no entanto, como resultado do relatório de Pedro à igreja em Jerusalém, as críticas cessaram e os outros cristãos judeus glorificaram a Deus.

De nossa perspectiva atual, não é fácil compreender as questões em jogo naquele tempo. Claro, o evangelho devia alcançar a todos, judeus e gentios, mesmo que chegasse primeiro aos judeus (Rm 1:16). Todos sabem disso. No entanto, no contexto do livro de Atos, o conceito das promessas da aliança se estendendo aos gentios exigiria uma grande mudança no pensamento judaico. Todavia, por causa dos relatórios sobre as bênçãos e atuação divina, os membros da igreja obtiveram nova compreensão do desejo divino de salvar todas as pessoas em todos os lugares. Na verdade, desde o início sempre havia sido plano de Deus salvar todos os que quisessem ser salvos (Ef 1:1-4; Is 53:6; Hb 2:9).

Provavelmente, em menos de dois minutos o leitor possa ler o relatório de Pedro em Atos 11:1-18. Podemos seguramente admitir que seu relatório, as perguntas que se seguiram e as respostas para cada uma delas teriam levado muito mais tempo. Além disso, embora Pedro se referisse a si mesmo ao longo do relatório, e ainda que alguns membros da igreja pudessem ter dito: “Muito bem, Pedro!”, toda a glória foi dada a Deus, e os líderes da igreja foram encorajados, quando tiveram maior compreensão de que a comissão evangélica ao mundo inteiro poderia se tornar realidade.

Sexta Ano Bíblico: Sl 1–9


Estudo adicional


Como vimos nesta semana, outras pessoas precisam saber o que você está fazendo. Relatórios específicos, tais como índices de frequência e demonstrativos financeiros certamente são necessários. É igualmente importante que você apresente relatórios em concílios evangelísticos e comissões da igreja. Embora um relatório verbal possa tocar brevemente nos principais pontos, deve ser entregue um relatório escrito que contenha tantos detalhes quanto possível.

Essa informação não apenas manterá as pessoas interessadas em seu ministério, tornando mais fácil encorajar o envolvimento, mas melhorará diretamente a avaliação, o planejamento do futuro e a orientação.

Certifique-se de que seus relatórios estejam relacionados com os planos de evangelismo global da igreja. Explique como seu ministério é parte de uma estratégia que está contribuindo para a realização dos objetivos da igreja.

Desafie a si mesmo a respeito de sua motivação para relatar. Até que ponto você está centrado na vontade de Deus para sua igreja e na salvação das pessoas?

Perguntas para reflexão
1. Como apresentamos relatórios de “más notícias”? O que fazemos se um programa da igreja não está funcionando? Como isso deve ser discutido e examinado, para que sejam efetuadas as mudanças necessárias? Se atribuímos ao Senhor o sucesso no evangelismo, a quem devemos culpar se as coisas não estão indo tão bem?
2. Por mais que afirmemos dogmaticamente nossa crença de que o evangelho deve alcançar todo o mundo, de que forma nossos preconceitos culturais e sociais podem necessitar do mesmo tipo de mudança que ocorreu com os primeiros cristãos judeus?
3. Embora o contexto desta semana tenha sido sobre os relatórios das atividades evangelísticas, pense sobre o conceito de dar qualquer tipo de relatório, em qualquer tipo de situação. Como podemos ter certeza de que somos honestos e verdadeiros e não apresentamos as informações de uma forma que nos dê o que desejamos, independentemente de como nossas palavras são distorcidas? Por que é tão fácil enganarmos a nós mesmos enquanto agimos dessa forma?

Respostas sugestivas: 1. Relataram as ameaças recebidas; foi impelida a orar a Deus, suplicando poder para vencer a dificuldade; devemos avançar em oração. 2. Deram glória a Deus; a causa era a visão equivocada dos judeus; Paulo se submeteu aos rituais judaicos que não eram obrigatórios. 3. Crescia o número de crentes; iam por toda parte pregando; eram batizados; discípulos em Listra, Icônio e Antioquia. 4. Calebe e Josué tinham coragem e confiança em Deus; tinham a certeza da vitória sobre os inimigos porque o Senhor havia prometido. 5. Ficaram em paz, glorificaram a Deus; reconheceram a salvação aos gentios; precisamos conversar sobre as dificuldades no evangelismo.