Lição 8 19 a 26 de maio
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Preparação para evangelizar e testemunhar
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Sábado à tarde Ano Bíblico: 2Cr 29–31
VERSO PARA MEMORIZAR: “Disse Jesus: ‘Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens’” (Mt 4:19, NVI).
Leituras da semana: Mt 4:19; 11:1-11; 10:1-14; 1Pe 5:8; 2Pe 3:9
Pensamento-chave: Por mais importante que seja o treinamento adequado, precisamos primeiramente estar fundamentados em nosso relacionamento com Jesus, para que estejamos “devidamente habilitados” para testemunhar com eficácia em favor de nossa fé.
Émuito improvável que uma pessoa que não tem certeza pessoal da salvação seja capaz de conduzir outra a um relacionamento íntimo e salvífico com Jesus (embora isso aconteça). Eles podem ser capazes de convencer os outros a acreditar em algumas doutrinas da Bíblia e em alguns fatos, datas bíblicas e gráficos. Tais convicções e crenças podem até mesmo levar as pessoas a fazer mudanças significativas no estilo de vida. No entanto, visto que boas ações podem ser realizadas à parte de Jesus Cristo, é imperativo que todo treinamento para testemunho e evangelismo enfatize os aspectos doutrinários e espirituais. Para ser um verdadeiro evangelista, é preciso ter uma firme compreensão e experiência do “evangelho eterno” (Ap 14:6). É esse evangelho que finalmente produz crença, confissão, conversão, certeza e discipulado.
Nesta semana veremos que preparar as pessoas para evangelizar e testemunhar de modo espiritual e habilidoso é, de fato, um princípio bíblico. Veremos também que precisamos incentivar as pessoas a tornar isso uma realidade em sua igreja local.
Domingo Ano Bíblico: 2Cr 32, 33
Necessidade de treinamento
Em Mateus 9:37, Jesus disse aos discípulos que a colheita era grande, mas os trabalhadores eram poucos. Hoje, a colheita é infinitamente maior e os trabalhadores ainda são relativamente poucos. Há grande necessidade de se enviar para a colheita trabalhadores bem treinados e preparados. Embora seja sempre verdade que a influência do Espírito Santo é o principal fator no sucesso do testemunho e do evangelismo, ainda assim, é importante que aqueles a quem Deus chama para o serviço sejam treinados por meio de instrução formal, observação e participação. De acordo com Efésios 4:11, 12, deve haver um esforço determinado que capacite as pessoas para os muitos e variados aspectos do ministério e do serviço.
Deus prometeu abençoar os líderes com certos dons que os ajudarão a atuar como instrutores para o ministério. No entanto, não é demais enfatizar o fato de que os evangelistas, pastores e professores não estão seguindo as orientações bíblicas se estiverem fazendo todo o trabalho sozinhos e não estiverem preparando outros para o serviço. Todos que estão se preparando para a obra do testemunho e evangelismo devem ser levados à forte convicção de que é realmente a vontade de Deus que o mundo seja salvo do pecado, de que a obra designada por Deus para a igreja é alcançar o mundo perdido e de que é a vontade de Deus que Sua igreja cresça no mundo.
1. O que significa o fato de que a primeira ordem de Jesus apresentada na Bíblia são as palavras “Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens”? O que essas palavras significam para nós, com nossa compreensão das mensagens dos três anjos? Temos nos dedicado mais a “pescar homens” ou a “cuidar dos nossos barcos”? Mt 4:19; Mc 1:17; Mt 28:19
É significativo que Jesus não tenha chamado os discípulos para ser pescadores de homens. Ele não disse: “Sigam-Me, e sejam pescadores de homens”. Ele disse: “Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens”. Logo no início de sua associação formal com Jesus, esses homens compreenderam que estavam entrando em um treinamento importante. Jesus os chamou a um ambiente de aprendizagem no qual seriam treinados para a tarefa à qual Ele os havia chamado. Os discípulos aprenderiam muito através da observação e prática. Somente quando eles tivessem aprendido, no contexto local, o que e como fazer, Jesus apresentaria a eles uma missão mundial. Sem a devida instrução, treinamento e desenvolvimento espiritual pessoal dos obreiros, a tarefa de levar o evangelho à nossa vizinhança pareceria impossível.
Segunda Ano Bíblico: 2Cr 34–36
Aprendendo pela observação
Existem dois aspectos da aprendizagem para os que desejam servir ao Senhor, e um leva ao outro. O primeiro aspecto é aprender a conhecer Jesus. O segundo é aprender a compartilhá-Lo e apresentar o que Ele oferece à humanidade decaída.
2. Que coisas os discípulos observaram na multiplicação dos pães e peixes para as cinco mil pessoas? Que lições essa experiência trouxe para seu futuro ministério? Considere também aspectos que não estejam especificamente mencionados nos relatos dos evangelhos. Mt 14:13-21; Mc 6:30-44; Lc 9:10-17; Jo 6:1-14; Leia também Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 364-371.
Como deve ter sido emocionante não apenas ouvir o maior Pregador, mas também observar Sua apresentação enquanto Ele pregava sobre o reino de Deus (Lc 9:11), de maneira que os corações desejassem o reino da graça!
O princípio da aprendizagem através da observação é aplicável a todos. A aprendizagem por meio dos livros ou das instruções faladas deve ser sempre desenvolvida por meio de observação e envolvimento. Jesus esperava que os discípulos de João Batista aprendessem com o que haviam observado.
3. O que os discípulos de João Batista haviam observado e o que Jesus esperava que eles dissessem a João como resultado de suas observações? Que lição Jesus ensinou não apenas a João, mas também aos Seus discípulos? Mt 11:1-11
João Batista anteriormente havia apresentado Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Entretanto, quando João foi preso e não mais teve oportunidade de pregar, Ele ouvia apenas relatos de segunda mão acerca do ministério de Jesus. Parece que sua experiência na prisão fez com que surgissem dúvidas em sua mente a respeito de Cristo. Quando surgem dúvidas, devemos ir a Jesus, e foi exatamente isso que João fez. Jesus enviou os discípulos de João de volta para dizer a ele o que tinham visto e ouvido. Assim como o relatório deles encorajou João, imaginamos como as coisas que eles tinham visto devem ter influenciado seu próprio testemunho e ministério evangelístico.
Na maioria dos casos, não podemos realizar os milagres operados por Jesus. Porém, com a disposição de morrer para o eu e viver para os outros, o que podemos fazer em nossa própria esfera que reflita a obra que Jesus fez aqui na Terra?
Terça Ano Bíblico: Ed 1–3
Aprender fazendo
Não importa quantos livros uma pessoa leia sobre seu esporte favorito e não importa quantos jogos sejam assistidos. Se alguém quiser ser um jogador, terá que colocar os equipamentos e sair a campo. Chamamos isso de experiência prática, aprender fazendo, e sem isso a pessoa simplesmente não está preparada para a tarefa. Essa verdade universal se aplica igualmente ao testemunho e ao evangelismo do cristão. Às vezes, ouvimos pessoas dizerem que não querem se envolver porque não estão completamente preparadas. Elas precisam entender que a participação ativa é parte vital da preparação. Começar pequeno, passo a passo, crescendo continuamente, é o caminho a percorrer. À medida que o Espírito Santo nos guia, crescem nossas habilidades, experiência e confiança.
4. Jesus preparou Seus discípulos e depois os enviou. Por mais diferente que seja nossa situação hoje, o que podemos aprender com o fato de que Jesus os enviou, significando que isso era parte de seu treinamento? Mt 10:1-14
Jesus ensinou os discípulos “na sala de aula”, por assim dizer. Também os levou ao campo onde eles aprenderam observando o que Ele fazia. Depois que Cristo os havia capacitado com poder para curar os enfermos, ressuscitar os mortos e expulsar os demônios (v. 8), Ele os enviou sozinhos. Contudo, note a quantidade de instrução que Ele deu quando os enviou. Jesus os instruiu sobre o que pregar, que milagres realizar, o que não levar com eles, com quem se hospedar e quando abandonar um infrutífero campo de trabalho. Seguramente, podemos imaginar que eles receberam outras instruções também. Todavia, muitas lições importantes só seriam aprendidas com essa interação prática. Essa passagem mostra o treinamento prático em sua melhor forma. Eles não podiam ministrar àqueles com quem não entrassem em contato. Esse é um ponto que nunca devemos esquecer.
5. Que semelhanças existem entre as instruções que Jesus deu aos doze e aos setenta? Que princípios podemos aprender a partir de Suas instruções para aplicar em nosso trabalho? Lc 10:1-11
Embora inicialmente Jesus tivesse enviado os setenta a lugares a que Ele mesmo pretendia ir em breve (v. 1), o Senhor sabia o que os discípulos e outros missionários enfrentariam ao tentar espalhar o evangelho depois de Sua ascensão, quando tivessem que lutar sozinhos. As instruções dadas aos setenta discípulos quando eles foram enviados indica que Jesus os estava preparando para os desafios futuros.
Quarta Ano Bíblico: Ed 4–6
Aprendendo com as falhas
Às vezes podemos falhar em alcançar todos os alvos estabelecidos para uma atividade evangelística específica. Isso significaria que fracassamos totalmente? Claro que não! Independentemente da estratégia empregada, teremos vitórias e derrotas. Por exemplo, se não conseguimos alcançar os alvos estabelecidos para o batismo, podemos ter colocado alvos inalcançáveis, ou essa atividade pode ter sido mais um projeto de semeadura do que um programa de colheita. Em resumo, por mais que pensemos que o campo está pronto para a colheita, ainda pode ser apenas a época de semeadura. Nem sempre temos condições de saber.
6. Que poder trabalha para prejudicar suas tentativas de ganhar pessoas para Deus? Como a consciência dessa ameaça nos ajuda a preparar e executar com mais eficácia as estratégias de evangelismo e testemunho? 1Pe 5:8
Em todas as nossas tentativas de ganhar pessoas para Cristo, enfrentamos um inimigo sobrenatural, muito ativo em influenciá-las contra o evangelho. Às vezes, quando soltamos a mão do Senhor, o mal pode causar alguns problemas aos nossos esforços no trabalho de Deus.
Assim como aconteceu com Adão e Eva no Jardim do Éden, as falhas podem, às vezes, nos levar a entrar no jogo da culpa, uma das ferramentas mais bem-sucedidas de Satanás para trazer desarmonia entre o povo de Deus. Em vez de procurar pessoas e lançar sobre elas a culpa, seria melhor fazer uma avaliação séria, honesta e profunda, lembrando que até mesmo Jesus, o maior pregador/evangelista, não ganhou todas as pessoas a quem Ele apelou.
7. O que os discípulos fizeram quando se depararam com falhas em seu ministério? Compare Lc 10:17 com Mt 17:14-20
Embora eles tivessem recebido o poder sobre os espíritos malignos e de fato tivessem sido bem-sucedidos em expulsá-los, é evidente que às vezes eles não conseguiram cumprir a missão para a qual Jesus os tinha capacitado. Em tais ocasiões, eles foram a Cristo e Lhe pediram que explicasse o que estava acontecendo e por quê (Mt 17:19). Levar ao Senhor as situações enfrentadas em nosso evangelismo e testemunho é uma parte importante do nosso esforço para entender as razões do fracasso e as formas de fazer o trabalho com mais sucesso.
Quinta Ano Bíblico: Ed 7–10
Aprendendo com o sucesso
Há duas áreas em que podemos aprender com o sucesso. Existe a área que pode ser chamada de prática, ou de procedimentos, e a área que pode ser chamada de cooperação espiritual. Embora se possa argumentar corretamente que há um aspecto espiritual em ambas as áreas, lidaremos com elas separadamente, a fim de destacar melhor o que pode ser aprendido com sucesso.
Na área prática, ou de procedimentos, aprendemos com o que realmente fazemos. Por exemplo, aprendemos a sequência mais aceitável na qual devemos apresentar os estudos bíblicos em nossa região. Aprendemos qual é o melhor local para as reuniões, que tipo de publicidade atrai mais pessoas e uma série de outras escolhas práticas e de procedimentos que melhor se adaptam ao nosso território específico.
Cooperação espiritual é a ênfase no fato de que Deus está intensamente envolvido no testemunho e evangelismo do cristão. Afinal, é a vontade de Deus que todos sejam salvos.
8. Que propósito divino devemos ter em mente em nossas atividades de testemunho? Que ações divinas e humanas asseguram o testemunho? Deixar de suplicar essas bênçãos pode prejudicar nosso esforço? 2Pe 3:9; 1Co 3:6
Não adianta plantar se ninguém regar a semente. Da mesma forma, não adianta regar se você não colocar a água onde as sementes estão plantadas. E mesmo que o semeador e o que rega façam tudo corretamente, ainda assim não haverá crescimento, a menos que Deus o conceda. Quando vemos a bênção de Deus trazendo sucesso aos nossos humildes esforços, aprendemos até que ponto Deus está e deseja estar envolvido em nossos esforços. Aprendemos a confiar mais nEle. Aprendemos a importância de uma estreita cooperação espiritual com Deus, à medida que nos esforçamos para alcançar as pessoas por quem Cristo morreu, porque, entre as pessoas a quem você testemunha, não há nenhuma por quem Cristo não tenha morrido e a quem Ele não deseje salvar. É muito importante nunca esquecer essa verdade fundamental.
9. Sentimos a necessidade real e prática da participação de Jesus em nosso ministério de evangelismo e testemunho? Como podemos, individualmente ou como equipe missionária, experimentar verdadeiramente a dependência de Cristo? O que precisamos mudar para ter esse tipo de conexão com Ele? Jo 15:5
Sexta Ano Bíblico: Ne 1–4
Estudo adicional
Tenha em mente os seguintes pontos:
1. O ideal é que toda a congregação esteja envolvida no estabelecimento de alvos e na orientação da igreja.
2. Inicialmente planeje para o próximo ano. Uma estratégia de doze meses é suficiente para começar. Depois você pode adicionar mais planos.
3. Ajude o pessoal a saber exatamente o que se espera deles. Quando as pessoas não têm certeza do que, quando e como fazer, o ritmo de uma igreja em direção aos seus alvos pode ser diminuído ou interrompido.
Perguntas para reflexão
1. “Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 149). Como é o desempenho de sua igreja nessa área? Se não é muito bom, o que pode ser feito para melhorar?
2. “Cada dia Satanás tem seus planos a executar – certos desígnios que embaraçarão o caminho daqueles que são testemunhas de Jesus Cristo. Ora, a menos que os vivos agentes humanos de Jesus Cristo sejam submissos, mansos e humildes de coração, por ter aprendido de Jesus, cairão ao ser tentados, tão certamente como vivem, pois Satanás é vigilante, perspicaz e usa artimanhas, e os obreiros, se não forem homens de oração, serão apanhados de surpresa. Ele os surpreende, como um ladrão de noite, e os leva cativos. Então opera na mente dos indivíduos, pervertendo suas ideias pessoais e moldando seus planos. … (Ellen G. White, Evangelismo, p. 101). Como podemos lidar com o perigo apresentado nesse texto? Qual é nossa única defesa?
3. Comente com a classe sobre alguém, ou sobre algum projeto evangelístico que tem sido bem-sucedido. O que vocês podem aprender com eles? Como podem aplicar aquilo que poderia funcionar em seu território, percebendo que cada situação é diferente e que as coisas que funcionam em um lugar podem não funcionar em outro?
Respostas sugestivas: 1. Jesus procurava e preparava “pescadores de homens”; devemos “pescar” pessoas e transformá-las em “pescadores” de pessoas. 2. Compaixão pelas pessoas; apenas milagres resolvem certos problemas; havia relatórios da obra; importância do repouso. 3. Cegos, coxos e leprosos curados; pregação do evangelho aos pobres; Jesus queria que os discípulos levassem a João Batista essas notícias. 4. Jesus instruiu os discípulos, deu-lhes autoridade espiritual e estabeleceu sua missão; depois os enviou. 5. Cura de enfermos; não levar dinheiro; pregar o reino dos céus; saudação da paz; repreensão aos rebeldes; aceitar hospedagem. 6. O diabo trabalha para devorar os que pregam e os que ouvem a mensagem; precisamos confiar em Deus e atuar com sabedoria. 7. Perguntaram a Jesus qual era a causa do fracasso; o segredo era a fé; nos momentos de vitória, eles apresentaram relatórios. 8. Deus deseja salvar a todos e espera pelo arrependimento; devemos confiar na influência de diferentes instrumentos usados por Deus. 9. Manter a oração, estudo da Bíblia e meditação; lembrar que as dificuldades só podem ser vencidas por meio do poder de Deus.
Resumo da Lição 8 – Preparação para evangelizar e testemunhar
Texto-chave: Mateus 4:19
O aluno deverá...
Conhecer: Os diferentes métodos de treinamento que Cristo usou ao preparar Seus discípulos para pregar o evangelho.
Sentir: Humildade para confiar na direção e correção que Cristo oferece, em todos os esforços evangelísticos corporativos e no testemunho pessoal.
Fazer: Observar e participar de um treinamento prático para evangelismo e outros ministérios pessoais e programas da igreja.
Esboço
I. Conhecer: Sob o treinamento de Cristo
A. Como Cristo usou a instrução, observação, participação e cooperação para ensinar aos Seus discípulos as habilidades no ministério?
B. Que métodos semelhantes são usados hoje na preparação de trabalhadores para a obra nos campos de colheita do mundo?
II. Sentir: Siga-Me
A. Quais são as nossas únicas garantias de sucesso ao partilhar o evangelho de Cristo?
B. O que podemos aprender com as tentativas fracassadas dos discípulos de curar o rapaz endemoninhado? A que Cristo atribuiu seu fracasso?
C. O que pode causar derrotas em nosso trabalho para Cristo? Como devemos reagir diante das falhas, de uma forma que construa, em lugar de destruir, o corpo de Cristo?
III. Fazer: Treinamento prático
A. Quais são os tipos de treinamento disponíveis para nós e que devemos aproveitar?
B. Em que procedimentos práticos podemos nos envolver para obter treinamento prático no testemunho e evangelismo?
Resumo: Da mesma forma que os discípulos de Cristo aprenderam pela instrução direta, observação, participação e cooperação, podemos utilizar métodos similares para aprender a ministrar aos outros para sua salvação.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Jesus nos capacita com o conhecimento, habilidades e treinamento necessários para ser testemunhas eficientes.
Só para o professor: Use a seguinte atividade a fim de ajudar a classe a identificar as ferramentas necessárias para compartilhar o evangelho.
Atividade de abertura: Leve diversas ferramentas para a classe, tais como tesoura, plaina, fita métrica, batedeira, pincel, etc. Comente como cada ferramenta permite que o trabalhador realize seu objetivo. Seria muito difícil fazer o trabalho sem as ferramentas adequadas? Pergunte se alguém está disposto a compartilhar uma experiência sobre a tentativa de fazer um trabalho sem o equipamento apropriado.
Se houver profissionais na classe, tais como médico, enfermeiro, advogado, assistente social, professor, entre outros, pergunte sobre as habilidades de que esses trabalhadores necessitam em seu trabalho. Qual é a diferença entre essas habilidades e os instrumentos físicos que utilizamos? (Se possível, peça aos profissionais que preparem sua resposta antecipadamente, a fim de apresentar uma informação bem planejada.)
Pense nisto: Quais são as ferramentas necessárias aos que trabalham para salvar pessoas? Como podemos encontrar essas ferramentas e aprender a usá-las?
Compreensão
Só para o professor: Use este estudo para analisar como podemos nos preparar para realizar a obra de Deus.
Comentário Bíblico
I. “Olhando para o Céu”, parte 1: Os bastidores da alimentação dos cinco mil
(Recapitule com a classe Mt 14:13-21; Mc 6:30-44; Lc 9:10-17; Jo 6:1-14.)
A alimentação dos cinco mil deu aos discípulos de Cristo a oportunidade de observar, em primeira mão, muitas lições valiosas que podiam ajudar a prepará-los para seu futuro ministério. No entanto, não apenas o milagre em si, mas o contexto em que ele ocorreu trazem lições importantes para nós, assim como aconteceu com eles.
Em primeiro lugar, o milagre ocorreu pouco depois que João Batista foi decapitado. A Bíblia diz que quando Jesus ouviu essa notícia, Ele Se retirou para um lugar deserto. Jesus, plenamente divino e plenamente humano, estava sentindo os efeitos diretos e a maldição final do pecado – a morte, uma condição não natural. Ele era luz, ordem e vida. A morte era trevas, desordem e destruição. Mas, como homem, Ele teve que Se deparar com a morte de João e não fazer nada para revertê-la. Ele poderia ter proferido a frase que iria recolocar a cabeça de seu primo, separada do corpo pelo carrasco de Herodes. Em vez disso, Jesus suportou a perda a fim de experimentar plenamente o que significa ser privado de um ente querido pela espada da injustiça e crueldade insensível, a fim de compartilhar plenamente das tristezas e dores dos seres humanos e estar habilitado para confortá-los.
Além disso, Ele suportou tudo isso para anunciar às futuras gerações que se unissem à Sua causa que alguns seriam chamados a sofrer a morte de mártir, e que todos os que desejassem ter uma vida piedosa suportariam perseguição. A grande lição para Seus discípulos é que Jesus, o Criador de nossas emoções, não negou Suas próprias emoções.
Mas, para Jesus, as coisas jamais foram tão fáceis quanto são para nós. Jesus nem mesmo podia sofrer como um homem normal. Não sem interrupções.
Em primeiro lugar, os doze voltaram da pregação do evangelho, com muita necessidade de contar a Jesus sobre sua experiência. Ele percebeu que eles estavam esgotados e não tinham sequer separado tempo para comer. Cuidou das necessidades deles, convidando-os a ir para um lugar tranquilo onde pudessem descansar, comer e conversar, longe das multidões ruidosas. Aqui havia outra lição para Seus discípulos naquele tempo e também para os de hoje. Ele demonstrou o respeito e a compaixão que líderes e pastores devem estender aos membros de sua equipe. Ele cuidou primeiramente das necessidades deles. Quando eles estavam em perigo de trabalhar excessivamente, os levou à parte para descansar e se renovar, para que reunissem forças para a prova seguinte. Jesus comungou com eles, ouvindo suas experiências, reafirmando Seu interesse em seus esforços e incutindo neles o sentimento de responsabilidade pelo trabalho feito para Ele.
Jesus foi interrompido novamente. Dessa vez, quando a multidão apareceu no local de refúgio, os discípulos estavam ali para testemunhar, em primeira mão, como Jesus lida com a intrusão. Jesus poderia ter reagido com irritação. Em vez disso, a Bíblia nos diz que Ele reagiu com compaixão. Esse amor O habilitava a sempre perceber as verdadeiras necessidades das pessoas. O povo parecia como ovelhas sem pastor. E, como tais, Ele as viu não como intrusas, mas como uma oportunidade para dar-lhes o pão da vida. Ele não negou nada a eles: curou seus enfermos e lhes ensinou muitas coisas. Assim, Jesus deu uma demonstração visível de como lidava graciosa e abnegadamente com aqueles a quem Ele procurava salvar, mesmo nos momentos mais estressantes.
Pense nisto: O que a resposta de Jesus à morte de João nos ensina sobre Sua visão acerca das nossas necessidades emocionais? Como podemos encontrar o equilíbrio entre cuidar da saúde emocional e dedicação total à causa de Deus? O que a resposta de Jesus a essas duas interrupções nos diz sobre a maneira pela qual devemos lidar com os colegas de trabalho e outras pessoas? O que podemos aprender sobre o modo de lidar com as situações estressantes?
II. “Olhando para o Céu”, parte 2: Jesus, o pão da vida
A noite estava chegando, e os discípulos procuravam instruir Jesus dizendo que era hora de mandar o povo embora. Aqui está uma lição importante para nós: sempre que nós, os alunos, procuramos ensinar a Jesus, o Mestre, o que Ele deve fazer ou a maneira de fazer as coisas, esquecemos qual é o nosso lugar. Devemos nos sentar aos pés de Jesus em humilde submissão, esperando pacientemente por Sua instrução. Os discípulos reconheceram a fome e a exaustão da multidão. No entanto, parece que eles tinham se esquecido de que essa havia sido a sua própria condição pouco tempo antes. A terna preocupação de Jesus pelas necessidades dos discípulos devia ter inspirado neles a preocupação pelos outros. Mas, em vez disso, em sua imperfeita sabedoria humana, eles disseram a Jesus que despedisse a multidão.
Observe a resposta de Jesus. Ele poderia ter repreendido severamente os discípulos por sua falta de compaixão. No entanto, Ele não censurou a fraqueza deles nem desabafou Sua frustração com sua dureza de coração. Em vez disso, sendo sempre o grande Mestre, Ele procurou usar o momento para instruí-los acerca do altruísmo em cuidar dos outros e prover suas necessidades, assim como Ele havia procurado suprir as necessidades dos discípulos anteriormente. Quanta bondade em que, apesar da fraqueza dos discípulos, Jesus não os constrangeu em frente à multidão! Em vez disso, Ele procurou usar as falhas deles como uma ferramenta para aperfeiçoar a compreensão deles e os reabilitar por meio de uma grande lição sobre a maneira bondosa pela qual Deus supre todas as nossas necessidades.
Jesus poderia ter transformado as pedras aos Seus pés em pães ou ter feito o maná cair do Céu. Mas, se Ele tivesse feito isso, teria privado os discípulos da lição valiosa pela qual mostrou a importância de unir os esforços deles aos Seus. A lição nos cinco pães e dois peixes serve para mostrar que, na obra de Deus, tudo o que levarmos a Ele jamais será suficiente para realizar o trabalho. Mas, quando unimos aos dEle os nossos recursos, embora insignificantes, Ele pode operar miraculosamente para multiplicar nossos talentos e dons em Seu serviço.
Os discípulos estavam ocupados considerando a magnitude da multidão e a insignificância dos recursos entre eles. Mas Jesus, o pão da vida, estava “olhando para o Céu” (Mt 14:19, NVI). Ele demonstrou aos discípulos para onde seus olhos, e os nossos, devem estar voltados, eternamente. Olhando para a Terra, não podemos ver o que Deus fará por nós. Olhando para o Céu, não deixaremos de ver como Deus suprirá o que nos falta em cada circunstância, se apenas colocarmos o que temos em Suas mãos.
Pense nisto: Que esperançosa certeza a alimentação dos cinco mil nos dá no trabalho de distribuir o pão da vida para as pessoas famintas por salvação?
Aplicação
Só para o professor: Use a seguinte atividade para destacar as habilidades práticas nas quais seus alunos podem se especializar para servir os outros. Você precisará de duas folhas de papel de diferentes cores ou um quadro de escrever. Peça aos alunos que reflitam sobre a seguinte citação e, em seguida, completem o exercício abaixo.
Perguntas de aplicação
"Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito ao nos aproximarmos do povo. O Salvador Se misturava com os homens como uma pessoa que desejava o seu bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava às suas necessidades e granjeava sua confiança. Ordenava, então: "Segue-Me" (Jo 21:19; Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 143).
Distribua as duas folhas de papel. Em uma folha colorida peça aos alunos que escrevam as coisas que eles sabem fazer ao mostrar simpatia, ministrar às necessidades e ganhar a confiança das pessoas. Na outra folha, peça aos alunos que escrevam as habilidades que eles desejam aprender. (Uma opção é usar um quadro para criar essas duas listas com a ajuda da classe, se os alunos tiverem disposição de compartilhar seus pontos fortes e necessidades.)
Peça que alguns dos alunos exemplifiquem algumas das habilidades que eles têm. Por exemplo, alguém que é bom em lembrar nomes pode demonstrar como se lembra do nome de um novo conhecido e, em seguida, contar como essa habilidade ajuda as pessoas a se sentirem valorizadas.
Faça a lista das habilidades que os alunos gostariam de desenvolver e crie um plano para desenvolver treinamento nessas áreas.
Criatividade
Só para o professor: Sugira a realização das seguintes ideias durante a semana.
1. Acompanhe alguém que tenha habilidade no testemunho, evangelismo, hospitalidade ou outro ministério que você gostaria de desenvolver. Escreva em um diário as técnicas que você observar. Separe um tempo para comentar essas técnicas com a pessoa e ajudá-la em um projeto no qual ela possa supervisionar seu desenvolvimento.
2. Encontre um mentor que esteja disposto a se encontrar com você por um breve momento a cada semana para incentivá-lo e ajudá-lo no desenvolvimento de uma habilidade que ele tem e que você deseja aprender.
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