Lição 3 - Um Deus santo e justo (Joel) |
13 a 20 de abril
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Sábado à tarde |
Ano Bíblico: 1Rs 7, 8
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VERSO PARA MEMORIZAR:
“O Senhor levanta a voz diante do Seu exército; porque muitíssimo grande é o Seu arraial; porque é poderoso quem executa as Suas ordens; sim, grande é o dia do Senhor e mui terrível! Quem o poderá suportar?” (Jl 2:11).
Leituras da Semana:
Pensamento-chave: Deus permite as crises para que Seu povo sinta dependência dEle e necessidade de reavivamento e reforma espirituais.
Na grande praga de gafanhotos e na severa seca que estava devastando o reino de Judá no sul, o profeta Joel, contemporâneo de Amós e Oseias, via o sinal de um “grande e terrível dia” de juízo (Jl 2:31). Confrontado com uma crise de tal intensidade e proporção, ele convidou todo o povo de Judá a abandonar o pecado e voltar-se para Deus. Ele descreveu os gafanhotos como exército do Senhor e viu na vinda desse exército o castigo divino sobre o Israel infiel.
Joel profetizou que as pragas de gafanhotos se tornariam insignificantes em comparação com os futuros juízos divinos. Mas esse mesmo juízo traria bênçãos sem paralelo para os fiéis ao Senhor, que obedecessem aos Seus ensinamentos. Portanto, apesar da sua severidade, o juízo podia conduzir à salvação e redenção daqueles cujo coração estivesse aberto à orientação do Senhor.Ore por todos que receberão o livro “A Grande Esperança” ou o DVD “A Última Esperança” no dia 20 de abril.
Domingo |
Ano Bíblico: 1Rs 9, 10
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Desastre nacional
1. Leia Joel 1:1-12. O que estava acontecendo com a terra de Judá?
O profeta, que vivia em uma sociedade agrícola, exorta os agricultores a ficar angustiados diante da perda dos cereais e da colheita de frutos. A destruição ecológica poderia enfraquecer a economia do país por muitos anos. Além da perda dos alimentos, sombra e madeira, existia o risco de erosão do solo. Algumas árvores frutíferas na Palestina levam vinte anos para crescer e se tornarem produtivas. Na verdade, a devastação agrícola e o desmatamento eram táticas típicas de exércitos invasores que buscavam punir os povos conquistados, tornando-lhes impossível qualquer perspectiva de recuperação a curto prazo.
2. Leia Deuteronômio 28:38. Como esse texto nos ajuda a entender o que estava acontecendo com Judá?
Joel usou quatro termos diferentes para mencionar gafanhotos (Jl 1:4), a fim de expressar a intensidade e totalidade da praga. A seca tornou ainda maior a destruição causada pelos gafanhotos. Todas as colheitas esperadas haviam secado e os agricultores se desesperaram porque não tinham nada para comer nem vender. Eles não tinham sequer sementes para plantar novamente. Uma calamidade dessa proporção jamais havia sido vista entre seus antepassados e devia ser contada às futuras gerações. O fato de que um desastre semelhante nunca houvesse acontecido antes aumenta a importância da situação.
O profeta anunciou também a destruição dos principais alimentos da terra de Israel, como uvas, cereais e óleo (Dt 14:23; 18:4). Trigo e cevada eram os grãos mais importantes na Palestina. Na Bíblia, videiras e figueiras simbolizam vida pacífica com abundância das bênçãos de Deus na Terra Prometida (1Rs 4:25; Mq 4:4, Zc 3:10). A encantadora imagem da paz e prosperidade é poder sentar-se sob a própria videira ou figueira. Tudo isso estava ameaçado pelo juízo divino que ocorreria por causa dos pecados de Israel.
A época de colheita era um tempo de alegria (Sl 4:7, Is 9:3). Embora a terra em Israel fosse um presente do Senhor, ela ainda pertencia a Deus. Israel devia ser um mordomo fiel da terra. Acima de tudo, as pessoas deviam adorar e obedecer a Deus porque Ele era Aquele que lhes tinha dado a terra.
Hoje é o dia de você contar ao seu(sua) amigo(a) que está orando por ele(a). Prepare-se para o Impacto Esperança!
Toque a trombeta!
Quando ocorrem catástrofes naturais, elas provocam muitas perguntas, como: “Por que Deus permitiu que isso acontecesse?”, “Por que algumas pessoas vivem, enquanto outras morrem?”, “Podemos aprender uma lição com essa experiência?”. Joel não tinha dúvida de que a praga dos gafanhotos podia levar a um conhecimento mais profundo do plano universal de Deus. Sob inspiração divina, o profeta relacionou no capítulo primeiro a crise nacional com a situação espiritual na terra. Os gafanhotos não haviam deixado nada que pudesse ser oferecido como sacrifício ao Senhor. A oferta de cereais e a oferta de libação faziam parte da oferta diária no templo, de acordo com as instruções registradas em Êxodo 29:40 e Números 28:5-8. A interrupção dos sacrifícios foi severa, mas deve ter servido como advertência para as pessoas quanto à sua grave condição. A perda da oportunidade até mesmo de oferecer sacrifícios simbolizava o rompimento da aliança entre Deus e Israel. Mas, ao contrário de muitos outros profetas, Joel não gastou muito tempo analisando as faltas do povo. Ele estava muito mais interessado em enfatizar a cura prescrita pelo divino Médico de Israel.
3. Leia Joel 1:13-20. O que Joel disse ao povo? Embora as circunstâncias fossem únicas, de que forma esse apelo é visto em toda a Bíblia?
O profeta exortou os líderes espirituais a proclamar um dia nacional de oração e jejum para que as pessoas examinassem profundamente o coração, renunciassem seus pecados e voltassem para Deus. Assim, elas sairiam dessa experiência com renovada confiança no amor e justiça de Deus. No fim, esse desastre podia levar os fiéis a um relacionamento mais profundo com seu Senhor.
Ao longo da Bíblia, Deus é descrito como o Senhor da natureza. Aquele que a criou, sustenta e também a usa para Seus propósitos divinos. Nesse desastre natural, em vez de rasgar as vestes, o profeta Joel disse que as pessoas deviam rasgar o coração e abri-lo para a graça e compaixão de Deus.
Desastres podem nos alcançar de muitas formas. Quando isso acontece, independentemente da nossa compreensão deles e de suas causas, a quais promessas bíblicas podemos nos apegar em busca de esperança e força? Que promessas são especialmente significativas para você?
Leia o livro “A Grande Esperança” antes de entregá-lo a alguém.
O dom do Espírito de Deus
4. Leia Joel 2:28, 29 e Atos 2:1-21. Como Pedro interpretou essa profecia de Joel?
No dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro anunciou que o Senhor havia cumprido Sua promessa, dada por intermédio de Joel, sobre o derramamento do Espírito Santo. Acompanhando o derramamento do Espírito, e como sinal visível da intervenção sobrenatural de Deus na história da humanidade, Deus fará com que fenômenos extraordinários sejam vistos na natureza, na Terra e no céu.
“Em imediata relação com as cenas do grande dia de Deus, o Senhor, por meio do profeta Joel, prometeu uma manifestação especial de Seu Espírito (Jl 2:28). Essa profecia recebeu cumprimento parcial no derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Mas atingirá seu pleno cumprimento na manifestação da graça divina que acompanhará a obra final do Evangelho” (Ellen G. White, O Grande Conflito, edição de 1988, p. 11).
No contexto imediato de Joel, o arrependimento seria seguido por um grande derramamento do Espírito de Deus. Isso traria uma maravilhosa renovação. Em vez de destruição, se seguiria a dádiva das bênçãos divinas. O Senhor reafirma a Seu povo que Sua criação será restaurada e a nação será libertada dos opressores.
O Espírito é derramado sobre o povo de Deus, assim como o óleo da unção era derramado sobre a cabeça dos que eram eleitos por Deus para um ministério especial. O Espírito é também um dom concedido aos que O recebem para que eles façam uma obra específica para Deus (Êx 31:2-5; Jz 6:34). Só que desta vez a manifestação do Espírito assumirá proporções amplas. Nesse grande ponto da História, a salvação estará disponível a todos que buscarem a Deus. O Espírito de Deus cairá sobre todos os fiéis, independentemente de idade, gênero ou condição social, em cumprimento do desejo de Moisés no sentido de que todos os filhos de Deus se tornassem profetas e de que o Senhor colocasse Seu Espírito sobre eles (Nm 11:29).
O que você pode fazer para se tornar mais receptivo ao derramamento do Espírito Santo?
Assista ao DVD “A Última Esperança”. Ele o motivará para a distribuição que será feita no sábado.
Proclamando o nome de Deus
“O Sol se converterá em trevas, e a Lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o Senhor prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar” (Jl 2:31, 32).
O escurecimento do Sol e a transformação da Lua em sangue não devem ser compreendidos como desastres naturais, mas como sinais sobrenaturais do iminente dia do Senhor. Nos tempos bíblicos, muitas nações pagãs adoravam corpos celestes como deuses, algo que, de acordo com Moisés, os israelitas nunca deviam fazer (Dt 4:19). Nesse sentido, a profecia de Joel predisse que os ídolos das nações começariam a desaparecer quando o Senhor viesse em juízo. Joel 3:15 acrescenta que até mesmo o exército celeste perderia seu poder e não mais daria sua luz, porque a presença da glória do Senhor ofuscaria tudo.
5. Embora a aparência de Cristo aterrorize os impenitentes, como os justos receberão o Senhor? Qual é a diferença crucial? Is 25:9; Jl 2:32; At 2:21; Rm 10:13
Nas Escrituras, a expressão “invocar o nome do Senhor” não significa apenas alguém dizer que é seguidor do Senhor e reivindicar Suas promessas. Pode significar também proclamar o nome de Deus, isto é, ser uma testemunha para as outras pessoas sobre o Senhor e o que Ele tem feito pelo mundo. Abraão edificava altares e proclamava o nome de Deus na terra de Canaã (Gn 12:8). A Moisés no Monte Sinai, Deus proclamou Sua bondade e graça (Êx 33:19; 34:5). O salmista convida os fiéis a dar graças a Deus e invocar Seu nome, tornando conhecido entre as nações o que Ele tem feito (Sl 105:1). As mesmas palavras são encontradas em um cântico de salvação composto pelo profeta Isaías (Is 12:4).
Assim, proclamar o nome do Senhor significa ser mensageiro das boas-novas de que Deus ainda governa o mundo e também chamar os povos para que vejam todas as coisas no contexto das ações de Deus e Seu caráter. Significa também contar a todos sobre o generoso dom divino da salvação oferecida a todo ser humano.
O que significa para você “invocar o nome do Senhor”? Como você faz isso, e o que acontece quando você faz?
Lembre-se: Hoje é dia de perseverar em oração! Deus está impressionando a mente das pessoas que serão visitadas.
Quinta |
Ano Bíblico: 1Rs 17–19
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Refúgio em tempos de provas (Joel 3)
Profetas bíblicos comparam o futuro julgamento divino ao rugido de um leão, um som que faz com que todos tremam (Jl 3:16; Am 1:2; 3:8). Na Bíblia, Sião indica o local do trono terrestre de Deus em Jerusalém. A partir desse lugar, Deus castigará o inimigo, mas ao mesmo tempo defenderá Seu povo que, pacientemente, espera Sua vitória. Eles participarão de Seu triunfo quando Ele renovar a criação.
Para algumas pessoas, as descrições bíblicas do juízo final de Deus são difíceis de compreender. É bom ter em mente que o mal e o pecado são muito reais, e eles exercem grande força na tentativa de se opor a Deus e destruir toda forma de vida. Deus é um inimigo do mal. É por isso que as palavras de Joel nos convidam a examinar nossa vida a fim de ter certeza de que estamos do lado de Deus, para que sejamos protegidos no dia do juízo.
6. Leia Mateus 10:28-31. Como esses versos nos ajudam a entender, mesmo durante tempos de calamidade, o que Jesus nos oferece?
O Senhor sustenta os que perseveram na fé. Ele pode devastar a Terra (Jl 3:1-15). No entanto, Seus filhos não devem temer Seus atos soberanos de juízo porque Ele prometeu protegê-los (v. 16). Ele lhes deu Sua palavra de certeza. Seus atos soberanos e bondosos demonstram que Ele é o fiel Deus da aliança, que jamais permitirá que o justo seja novamente envergonhado
(Jl 2:27).
O livro de Joel termina com a visão de um mundo transformado, em que um rio flui no meio da Nova Jerusalém e a própria presença do Deus eterno entre um povo perdoado (Jl 3:18-21).
Essa mensagem profética nos desafia a andar no Espírito, a prosseguir a vida cristã de todo o coração e alcançar os que ainda não invocam o nome de Cristo. Ao fazermos isso, reivindicamos a promessa divina da presença permanente de Cristo, por meio do Espírito Santo que habita no coração de Seu povo fiel.
“Precisamos conhecer nossa verdadeira condição, do contrário não sentiremos nossa carência do auxílio de Cristo. Necessitamos compreender nosso perigo, do contrário não correremos para o refúgio. Precisamos sentir a dor de nossas feridas, ou não desejaremos cura” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 158).
Qual é a sua “verdadeira condição”? Que dores você está sentindo? Você experimentou o “refúgio” prometido em Cristo?
Está chegando o dia! No próximo sábado sairemos às ruas para levar esperança. Envolva-se!
Sexta |
Ano Bíblico: 1Rs 20, 21
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Estudo adicional
O nome do profeta, Joel, era comum nos tempos bíblicos, e significa “O Senhor é Deus”. Esse nome é apropriado ao tema geral do livro: Somente Deus é totalmente santo e justo, e Sua obra é soberana na Terra. A história de Seu povo e das outras nações está em Suas mãos. O mesmo vale para a vida de cada ser humano.
“As tremendas questões da eternidade demandam de nossa parte algo mais que uma religião de pensamento, de palavras e formas, na qual a verdade é mantida no recinto exterior da existência. Deus pede um reavivamento e uma reforma. As palavras da Bíblia, e a Bíblia somente, deviam ser ouvidas do púlpito. Mas a Bíblia tem sido roubada em seu poder, e o resultado é visto no rebaixamento do vigor da vida espiritual. Em muitos sermões de hoje não existe aquela divina manifestação que desperta a consciência e leva vida ao coração. Os ouvintes não podem dizer: “Porventura, não nos ardia o coração, quando Ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (Lc 24:32). Há muitos que estão clamando pelo Deus vivo, ansiando pela divina presença. Permitam que a Palavra de Deus lhes fale ao coração. Deixem que os que têm ouvido apenas sobre tradição, teorias e máximas humanas ouçam a voz dAquele que pode renovar o coração para a vida eterna” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 626).
Perguntas para reflexão
1. Por que a mensagem de Joel é especialmente importante para nós no fim do tempo, quando nos esperam eventos sérios e preocupantes?
2. Com base no livro de Joel, responda à seguinte pergunta: Até que ponto a mensagem de Joel, se aplica à sua geração e até que ponto tinha aplicação futura?
3. Joel descreveu vários tipos de bênçãos divinas derramadas sobre o povo de Deus. Será que sua profecia faz distinção entre bênçãos materiais e espirituais? De que maneira?
4. Como nossa visão do grande conflito nos ajuda a compreender as terríveis provações e calamidades que o mundo enfrenta?
5. O que significa uma “religião do pensamento”? (veja citação acima) Como podemos saber se nossa religião é verdadeira ou apenas de pensamento?
Respostas sugestivas: 1. A terra estava sendo arruinada pela invasão de gafanhotos, pelas nações inimigas e pela crise na produção agrícola. Essa crise devia despertar o povo de sua embriaguez espiritual. 2. O povo estava sofrendo o castigo pela desobediência aos termos da aliança com Deus. 3. Os líderes e o povo deviam se humilhar e clamar a Deus diante daquela grande crise espiritual e econômica. Sempre que as pessoas sofriam por causa de seus pecados, Deus as chamava ao arrependimento e à renovação da aliança com Ele. 4. Pedro viu o cumprimento da profecia de Joel no derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, quando os apóstolos falaram em línguas, profetizaram e milhares de pessoas se converteram. 5. Com alegria e emoção, porque foram chamados por Cristo, eles invocaram Seu nome e se tornaram servos do Senhor. A diferença estará na salvação dos justos pela Sua graça. 6. Ele nos oferece segurança. Não precisamos temer o homem. Deus ama Seus servos e cuida deles.
Amanhã será o dia do Impacto Esperança. Participe desse momento. Você foi chamado por Deus!
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