domingo, 9 de setembro de 2012

LIÇÃO Nº 11 - PROMESSA AOS PERSEGUIDOS

Promessa aos perseguidos (2Ts 1:1-12)


Casa Publicadora Brasileira – Lição 1132012




Sábado à tarde Ano Bíblico: Ez 36–38

VERSO PARA MEMORIZAR: “Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da Sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé” (2Ts 1:11).

Leituras da semana: 2Ts 1:1-12; Jo 1:18; Rm 2:5; 12:19; Ap 16:4-7; 20:1-6; Jo 14:1-3

Pensamento-chave: A segunda vinda de Jesus é o clímax de toda esperança cristã.

Visto que a comunicação era tão demorada, quando os membros de uma igreja quisessem falar com Paulo, tinham que localizá-lo e enviar uma mensagem para ele, o que nem sempre era um processo fácil, com certeza. Uma vez que o contato fosse finalmente feito, o apóstolo ditava uma resposta e a enviava em mãos para a igreja. O processo podia levar meses. Enquanto isso, falsas crenças tinham tempo de se desenvolver e se espalhar.

Isso parece ter acontecido em Tessalônica, onde novos problemas surgiram na igreja. Esses problemas podem até ter aumentado devido à aplicação errada do que Paulo havia escrito na primeira carta. A segunda carta aos Tessalonicenses foi a tentativa de ajudar a corrigir a situação.

Na lição desta semana, as palavras de Paulo se resumem ao seguinte: na segunda vinda de Jesus, os crentes serão resgatados pela intervenção espetacular de Deus em Cristo. Essa passagem provê mais informações sobre a natureza de Sua vinda.

Domingo Ano Bíblico: Ez 39–41

Saudações novas (2Ts 1:1, 2)


1. “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo” (2Ts 1:1, 2). Quanta teologia, esperança e promessas existem nessa saudação? Como podemos aprender a tornar nossas essa esperança e promessas?


Como fez tantas vezes, Paulo falou sobre graça e paz. Em certo sentido, elas não estão relacionadas? A compreensão da graça de Deus e a promessa de perdão em Jesus não devem levar paz à nossa vida? É fundamental que, não importando as circunstâncias, todos tomemos tempo para meditar na maravilhosa provisão de salvação feita por nós e na graça a nós oferecida, independentemente de nossa indignidade. Existe melhor maneira de experimentar a paz prometida? Precisamos tirar o foco de nós mesmos e colocá-lo em Jesus e no que recebemos nEle.

2. Compare 1 Tessalonicenses 1:1 com 2 Tessalonicenses 1:1, 2. Há uma pequena diferença no texto. Que significado pode ser encontrado nessa diferença?


Há uma diferença entre 1 e 2 Tessalonicenses. Paulo mudou de “em Deus Pai” (1 Ts 1:1) para “em Deus, nosso Pai” (2Ts 1:1). Isso adiciona um toque relacional. Há pessoas que se sentem próximas de Jesus, mas têm medo de Deus, o Pai. Paulo assegurou aos tessalonicenses que eles podiam ter tanta confiança em seu relacionamento com o Pai como confiavam em Jesus. Cristo veio ao mundo para nos mostrar como é o Pai.

3. Leia João 1:18 e 14:7-11. Que certeza e esperança podemos tirar desses textos, especialmente à luz de 2 Tessalonicenses 1:1, 2?


Segunda Ano Bíblico: Ez 42–44

Ação de graças de Paulo (2Ts 1:3, 4)


Paulo tinha uma tendência para frases longas. O texto de 2 Tessalonicenses 1:3-10 é uma única frase que enfatiza principalmente os eventos em torno da segunda vinda de Jesus. A parte central da frase, no entanto, não focaliza a vinda de Cristo: “Constantemente somos obrigados a dar graças a Deus a respeito de vocês” (2Ts 1:3, tradução do autor). Os comentários de Paulo sobre a vinda de Jesus (2Ts 1:6-10) são parte da razão pela qual ele agradecia a Deus a respeito dos tessalonicenses.

4. Leia 2 Tessalonicenses 1:3, 4. Que importante princípio espiritual encontramos nesses versos em relação à questão da fé? O que acontece com a fé quando ela não cresce?


A principal expressão de 2 Tessalonicenses 1:3-10 é “Somos obrigados”, ou “Devemos” dar graças a Deus. Paulo se sentia obrigado a agradecer a Deus pelos tessalonicenses porque sua fé estava se tornando cada vez mais forte. Enquanto isso, o amor de uns pelos outros também estava crescendo. No original, os dois verbos estão no tempo presente. Isso significa que seu crescimento na fé e no amor era consistente e contínuo. Esse tipo de crescimento é fundamental para toda igreja sadia. Como uma planta, se uma igreja não crescer espiritualmente, ela vai morrer.

Paulo continua apresentando uma significativa crítica à igreja nos capítulos 2 e 3 dessa epístola. Mas ele sabe que as pessoas precisam de muita afirmação antes que possam lidar com as críticas de forma construtiva. Ele oferece esse tipo de afirmação no capítulo 1.

Uma das razões para essas afirmações é que a igreja em Tessalônica continuava a ser perseguida. Paulo elogia particularmente sua “paciência” em aflição. Em vez de fé, esperança e amor, Paulo fala sobre a fé, o amor e a paciência deles. O fato de que, nesse texto, a “paciência” substitui a “esperança”, levou Paulo à sua exposição sobre a segunda vinda de Jesus mais adiante no capítulo.

O resultado do crescimento dos cristãos na fé e no amor foi que a coragem deles diante da aflição se tornou uma fonte de alegria para os apóstolos entre todas as igrejas que eles visitavam. Os tessalonicenses se tornaram modelo do comprometimento cristão sob ataque.

Como as provas e aflições podem aumentar nossa fé? Ao mesmo tempo, quem já não lutou para manter a fé justamente por causa das provações?

Terça Ano Bíblico: Ez 45–48

Sofrimento como sinal do fim (2Ts 1:5, 6)


O texto de 2 Tessalonicenses 1:5-10 em grego lembra o Antigo Testamento (a Bíblia da maioria dos cristãos do Novo Testamento era a Septuaginta, uma tradução grega pré-cristã do Antigo Testamento). A carta de 2 Tessalonicenses apresenta muito mais referências ao Antigo Testamento do que 1 Tessalonicenses.

5. Qual é a mensagem de 2 Tessalonicenses 1:5, 6? Que promessas encontramos ali?


A palavra sinal evidente (RA) ou prova (RC) significa “demonstração” ou “indicação clara” de alguma coisa. O que a perseguição aos cristãos (v. 4) prova? Certamente, ela não é evidência do juízo de Deus contra Seu povo. Ao contrário, é um indicador do futuro juízo, no qual o povo de Deus será vindicado e aqueles que o perseguiram receberão o mesmo tipo de experiência que infligiram sobre os outros.

Há uma mensagem aqui para nós. Violência gera violência, e os que a usam têm razão para temer o futuro. O juízo de Deus endireitará as coisas. Aqueles que perseguem o povo de Deus enfrentarão um dia a justiça divina. Mas os que experimentam a injustiça por causa de sua fé podem olhar confiantemente para o futuro juízo de Deus. Nesse dia, será evidente a todos que eles eram objetos do favor de Deus.

O Novo Testamento incentiva os crentes a demonstrar graça, misericórdia e perdão para com os outros. Mas quando essas ações são rejeitadas e retribuídas com maldições, ataques e prisão, é encorajador saber que a injustiça não durará para sempre. Assim, os santos de Deus são convidados a ter paciência (Ap 14:12).

Em 2 Tessalonicenses 1:5, 6, portanto, Paulo lembrou os perseguidos tessalonicenses de que, no futuro, o “justo juízo de Deus” (RC) demonstrará que o Senhor os aprovava. Mais que isso, sua paciência e fé em face da provação confirmavam que Deus os escolheu. Dessa forma, o sofrimento cristão pode ser a base para a alegria (1Ts 1:6, 7). Essa é uma evidência prática do lado em que estaremos quando Jesus voltar.

O verso 5 mostra o justo juízo de Deus ao aprovar os tessalonicenses. O verso 6 mostra isso na condenação e destruição de seus perseguidores. Em ambos os casos, o juízo refletirá, no fim do tempo, nossa conduta no presente.

Você já foi prejudicado, e os culpados aparentemente não receberam nenhuma punição? Que conforto você pode encontrar nas promessas do juízo de Deus? Considere outra questão: você tratou as pessoas de maneira perversa, injusta e não foi punido (pelo menos até agora)? Como você vê as promessas do juízo de Deus no tempo do fim?

Quarta Ano Bíblico: Dn 1–3

Fogo e destruição (2Ts 1:7-9)


6. Leia 2 Tessalonicenses 1:7-9. Qual é a principal razão para a destruição dos ímpios no momento da segunda vinda de Jesus? Como devemos entender esses versos com a ideia de Deus sendo cheio de amor, graça e perdão?


Muitas pessoas se sentem desconfortáveis com a linguagem desses versos. Elas sentem que “retribuir” (NVI), vingança, castigo e a aplicação de sofrimento são atitudes indignas de um Deus de amor, graça e misericórdia. Mas justamente punição e retribuição são tema frequente de Paulo (Rm 2:5; 12:19). O apóstolo é inequívoco: a justiça de Deus um dia se manifestará poderosamente.

E por que não? Qualquer bom governo no mundo de hoje deve, em algum momento, exercer a força a fim de restringir o mal. Embora a força nem sempre seja violenta (como quando você é parado por ter cometido uma infração de trânsito ou é fiscalizado em relação aos impostos), em alguns casos, especialmente quando os criminosos estão usando violência, eles devem receber uma resposta violenta. Bons governos oferecem uma restrição necessária para que todos vivam juntos, em paz. Muitas vezes, a maldade total não cederá voluntariamente. E, muitas vezes, quanto maior for o poder e a brutalidade do mal, maior será a força necessária para desfazer esse mal.
As imagens desse texto não são bonitas, mas nos asseguram que Deus fará o que for preciso para acabar com a violência e opressão.

7. Leia Apocalipse 16:4-7 e Daniel 7:21, 22. Que semelhanças existem entre esses versos e o que Paulo escreveu em 2 Tessalonicenses 1:7-9?


Por meio de Sua própria experiência, Jesus entende o preço do sofrimento. Você pode crer que Ele exercerá justiça divina, mas sem exagero. A justiça divina resultará em sofrimento, mas nem um pouquinho além do necessário. Se podemos confiar em Deus em qualquer circunstância, podemos acreditar que Sua justiça revelará uma sabedoria que não podemos compreender atualmente.

O objetivo desse texto não é se alegrar na vingança, mas incentivar os prejudicados e oprimidos. O dia da justiça está chegando. Não precisamos fazer justiça com as próprias mãos.

Quinta Ano Bíblico: Dn 4–6


Glorificando a Cristo (2Ts 1:10-12)


8. Leia 2 Tessalonicenses 1:10-12. O que significa o fato de que Jesus Cristo será glorificado em Seus santos?


A frase completa no texto desta semana (2Ts 1:3-10) apresenta uma série de detalhes importantes sobre a segunda vinda de Jesus. Quando Ele voltar, afligirá os que afligem e proporcionará descanso aos aflitos (2Ts 1:6, 7). Ele descerá do Céu na companhia de anjos poderosos (2Ts 1:7). Ele virá com fogo ardente e executará justiça sobre os que rejeitaram a Deus e ao evangelho de Jesus Cristo (2Ts 1:8). Os ímpios serão destruídos (2Ts 1:8, 9), enquanto os justos glorificarão a Cristo (2Ts 1:10).

Os eventos da segunda vinda de Cristo criarão as condições para o milênio, período em que a Terra ficará desolada durante mil anos (Ap 20:1-6). Embora o texto desta semana não diga o que acontecerá com os justos, 1 Tessalonicenses 4:16, 17 nos diz que os salvos se unirão a Jesus nos ares em Sua vinda. Além disso, João 14:1-3 indica que Jesus levará os justos com Ele para o Céu.

9. Como Paulo instruiu os crentes acerca da preparação para a segunda vinda de Jesus? 2Ts 1:11


Com o verso 10, Paulo terminou de falar sobre os ímpios e voltou-se novamente para o destino dos justos na segunda vinda de Cristo. Nos versos 10-12, a glória de Jesus é revelada no caráter dos que creem nEle. Paulo se alegrou porque suas orações e esforços pelos tessalonicenses serão vindicados na vinda do Senhor (compare com 1Ts 2:19, 20).

Aqui, o apóstolo preparou o cenário para o capítulo 2, no qual ele argumenta que o dia do Senhor ainda não chegou. Se tivesse chegado, haveria fogo ardente, destruição dos perversos e plena glorificação de Jesus aos olhos de todos.

No texto de hoje, Paulo intercala normalmente os termos Deus e Jesus, usando os dois de modo alternado. De acordo com a inspiração, Jesus é Deus. Esse ensinamento é muito importante para nós. Quanto maior é Jesus, mais poderosa é a Sua salvação e mais clara a visão de Deus que recebemos ao contemplar Sua vida, morte, ressurreição e segunda vinda. Se Jesus é verdadeiramente Deus, o Pai é igual a Ele.

Como podemos aprender a cuidar da nossa vida diária, mas sem perder a expectativa da vinda do Senhor? No ritmo da vida, por que é tão fácil esquecer a vinda de Jesus? Como podemos aprender a manter essa promessa maravilhosa diante de nós, enquanto cuidamos dos negócios, dando a essa promessa o tempo, a atenção e a importância merecidos?

Sexta Ano Bíblico: Dn 7–9

Estudo adicional


A Bíblia foi escrita por homens inspirados, mas não é a maneira de pensar e expressar-se de Deus. Esta é da humanidade. Deus, como escritor, não Se acha representado. Os homens dirão muitas vezes que tal expressão não é própria de Deus. Ele, porém, não Se pôs à prova na Bíblia em palavras, em lógica, em retórica. Os escritores da Bíblia foram os instrumentos de Deus, não Sua pena. ...

“Não são as palavras da Bíblia que foram inspiradas, mas, sim, os homens. A inspiração não atua nas palavras do homem, nem em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é possuído de pensamentos. ...” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 21).

“Em sua segunda carta, Paulo procurou corrigir a má interpretação de seu ensino e expor perante eles sua verdadeira posição” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 264).

Perguntas para reflexão
1. A verdade das Escrituras se revela mais por meio do estudo intensivo de palavra por palavra ou por meio dos temas amplos que podemos observar pela leitura extensa? Ou há tempo e lugar para ambos? Comente com a classe.
2. Com base nas palavras de Ellen White a respeito de como funciona a inspiração, como podemos compreender o “elemento humano” que às vezes aparece na Bíblia?
3. Será que a ideia da segunda vinda de Jesus o assusta, ou lhe traz esperança?
4. Por mais verdadeira que seja a ideia de que as provações podem fortalecer nossa fé e caráter, o que você diria às pessoas cujas aflições as tornam amargas, ressentidas e iradas?

Resumo: Paulo se alegra pela maneira em que os crentes de Tessalônica permanecem fiéis, apesar das muitas aflições. Ele os encoraja enfatizando a grande mudança que ocorrerá na segunda vinda de Jesus. Não importa o que aconteça agora, temos a promessa de que Deus executará Sua justiça.

Respostas sugestivas: 1: Os apóstolos tinham certeza de que, apesar das aflições, os tessalonicenses estavam na graça de Deus, que resultava em paz; acreditando no poder da graça, podemos viver com esperança. 2: Na primeira saudação está a expressão “Deus Pai”; na segunda, a expressão é “Deus, nosso Pai”, indicando que a igreja deveria ter um relacionamento de confiança e amor com o Filho e com o Pai, sem medo do Pai. 3: O Filho revelou quem é o Pai; o que o Filho fez, foi feito com a participação do Pai. O caráter e amor do Pai foram demonstrados pelo Filho; a graça e a paz concedidas pelo Pai e pelo Filho; a igreja podia confiar nos dois. 4: É necessário e natural que haja crescimento na fé, no mútuo amor cristão e na perseverança em meio às tribulações; essa experiência é motivo de gratidão. 5: A perseverança em meio ao sofrimento é um sinal da justiça de Deus na vida do cristão, confirmando sua recompensa eterna e o castigo dos perseguidores. 6: Não conheceram a Deus de modo pessoal e não obedeceram ao evangelho; por isso perseguiram os servos de Deus; por causa da grande diferença entre seu caráter e a glória de Deus, serão consumidos. 7: Os que perseguiram a igreja de Deus, derramando sangue inocente, sofrerão as consequências do juízo divino, nas sete pragas e no fogo destruidor, na segunda vinda de Jesus. 8: Jesus será exaltado e glorificado pela salvação dos que O aceitaram e pela atitude de louvor e adoração ao Seu nome; Ele será glorificado eternamente em todo o Universo. 9: Os crentes deviam orar para que Deus os tornasse dignos da sua vocação e cumprisse com poder todo propósito de bondade e obra de fé.

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