quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

LIÇÃO Nº 12 - AS ÚLTIMAS COISAS: JESUS E OS SALVOS

As últimas coisas: Jesus e os salvos


Casa Publicadora Brasileira – Lição 1242012




Sábado à tarde Ano Bíblico: Hb 10, 11

VERSO PARA MEMORIZAR: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. E envie Ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, o qual convém que o Céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os Seus santos profetas, desde o princípio” (At 3:19-21, RC).

Leituras da semana: Hb 8:1-5; Is 53:6; Rm 3:24, 25; 1Tm 2:5; Hb 9:23; At 3:19-21

Pensamento-chave: O ensino bíblico sobre o ministério de Cristo no santuário celestial, Sua segunda vinda e a ressurreição dos mortos estão juntos como uma mensagem de esperança para os que colocaram nEle sua confiança.

A história do grande conflito entre o bem e o mal teve muitos momentos decisivos, mas seu clímax foi na cruz, na qual a derrota final e destruição de Satanás foram asseguradas. Ao mesmo tempo, a profecia bíblica aponta para um “tempo do fim” (Dn 12:4, 9), um período na história da salvação com seu próprio significado em termos do relacionamento entre o Senhor e Seu povo. Os eventos desse período do “tempo do fim” são descritos como escatológicos, porque dizem respeito às “últimas coisas”.

Na lição desta semana examinaremos três eventos especiais dentro desse período geral das “últimas coisas”, que têm imensas implicações espirituais: O ministério de Cristo no santuário celestial, a segunda vinda de Cristo e a ressurreição dos que morreram na fé verdadeira.

Domingo Ano Bíblico: Hb 12, 13


O santuário celestial: parte 1


A crença fundamental número 24 começa com as seguintes palavras: “Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:2). Um dos fatos pressupostos na Bíblia é a existência de um santuário celestial (Sl 11:4).

1. Leia Hebreus 8:1-5. Qual é o ponto principal ensinado nesses versos?


O santuário terrestre é descrito como um tipo, ou modelo, do celestial. Isso significa que, no mínimo, o primeiro tem alguma correspondência funcional com o último. O santuário terrestre ensina muita coisa sobre o celestial. Ainda assim, o significado do santuário terrestre para o povo de Israel encontrava seu verdadeiro significado no santuário celestial e no que hoje acontece ali. Pela eficácia do sacrifício e ministério sacerdotal, o modelo terreno nos ensinou sobre as realidades do santuário celestial. O ministério do santuário terrestre era o meio divino de ensinar os princípios da salvação ao povo de Deus, um prenúncio da “realidade”, que é o ministério de Cristo (Hb 9:9-15), através de Sua morte e intercessão no santuário celestial.

O ministério no santuário terrestre ensinava que, embora o derramamento de sangue fosse necessário (Hb 9:22) para expiar o pecado, ainda havia a necessidade de um mediador sacerdotal entre os pecadores e um Deus santo, como resultado desse sangue derramado. O ministério do sacerdote no lugar santíssimo purificava o santuário do pecado e requeria aflição e arrependimento por parte do povo. Assim, o juízo também era destacado como parte integrante do ministério completo da salvação.

Igualmente fascinante é o que Hebreus 8:1, 2 diz: que o objetivo de todos os sete capítulos anteriores do livro é apontar ao leitor a realidade do santuário celestial e a posição de Cristo como nosso Sumo Sacerdote nesse santuário. É difícil entender como alguém poderia deixar de ver o grande significado que Hebreus dá ao ministério de Cristo no santuário celestial, como parte do plano da salvação.
Nada nesses versos indica que o santuário no Céu, e muito menos o ministério de Cristo ali, devam ser vistos como metafóricos ou simbólicos. Na verdade, o verso 5 deixa claro que o santuário terrestre – uma estrutura real com sacerdotes reais e sacrifícios reais – era apenas uma “sombra” da realidade do que Cristo está fazendo por nós no santuário celestial.

Segunda Ano Bíblico: Tiago


O santuário celestial: parte 2


O ritual do santuário terrestre revelava três fases da salvação: sacrifício substitutivo, mediação sacerdotal e juízo. A Bíblia ensina que todas as três fases da salvação são incorporadas no ministério de Cristo em favor dos pecadores.

2. Como a morte de Cristo na cruz satisfaz o aspecto substitutivo da salvação? Is 53:6; Rm 3:24, 25; 2Co 5:21


3. O que a Bíblia diz a respeito de Cristo e da mediação em favor dos pecadores? 1Tm 2:5; Hb 7:25


Assim como os sacrifícios de animais apontavam para a morte de Cristo, o ministério sacerdotal prenunciava o verdadeiro ministério de Cristo no santuário celestial. Especialmente, o ministério contínuo, ou diário, dos sacerdotes no lugar santo, simbolizava o acesso do pecador a Deus por meio do ministério de Cristo como intercessor e mediador no santuário celestial (Hb 4:14-16).

4. Como a purificação das coisas celestiais se relaciona com a obra sacerdotal no santuário terrestre, no Dia da Expiação? Hb 9:23


Tendo o ritual do santuário terrestre como pano de fundo, Hebreus 9:23 aponta claramente para um ministério de purificação, realizado por Cristo no Céu. Esse texto tem confundido os estudiosos, porque ensina claramente que alguma coisa no Céu foi contaminada e precisa ser purificada. Para os adventistas do sétimo dia, com sua compreensão das duas fases da obra celestial de Cristo em nosso favor, essa purificação é o antítipo – que corresponde à purificação anual do santuário terrestre, no Dia da Expiação.

Pense na expiação – o que ela significa, como é realizada, e quem unicamente pode fazer expiação por nós. Por que a notícia de que estamos vivendo no “Dia da Expiação” deve ser algo positivo e esperançoso?

Terça Ano Bíblico: 1 Pedro

A segunda vinda de Cristo


5. Como o cancelamento dos pecados se relaciona com a purificação do santuário? At 3:19-21

Embora Pedro possivelmente não tenha conhecido os “tempos ou épocas” (At 1:7), sua referência à profecia de Joel, em Atos 2:14-21, revela sua compreensão do cumprimento da profecia em seu tempo. Em sua percepção profética, parece evidente que “Pedro, falando por inspiração, e, portanto, além de sua compreensão finita, estava se referindo, laconicamente, a dois grandes acontecimentos dos últimos dias da Terra: (1) O poderoso derramamento do Espírito de Deus; (2) O cancelamento definitivo dos pecados dos justos. Esses eventos estão ligados a um terceiro acontecimento culminante, o segundo advento de Cristo” (The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 6, p. 160).

A igreja primitiva tinha certeza tanto da segunda vinda de Cristo quanto da promessa de um novo céu e uma nova Terra (2Pe 3:13). A primeira vinda de Cristo proveu a base teológica para a segunda. Quanto a nós, sem a segunda vinda de Cristo, a primeira vinda teria sido inútil. O processo de lidar com o problema do pecado, um processo que Ele começou com Seu sacrifício na cruz, atinge sua consumação quando, após a “purificação do santuário”, Ele “aparecerá segunda vez ... para a salvação” (Hb 9:26, 28). De fato, sem a segunda vinda, e a ressurreição que ela trará, o que a promessa da salvação significaria para nós? (1Ts 4:16-18). Nada!

A segunda vinda de Cristo marcará a conclusão do grande conflito, no que diz respeito ao destino dos mortais. Satanás, sabendo que o fim do conflito está à vista, busca, por meio do engano, extraviar o maior número possível de pessoas. Está escrito: “À medida que se aproxima o segundo aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, agentes satânicos são impelidos por um poder de baixo. Satanás não somente aparecerá como ser humano, mas personificará Jesus Cristo, e o mundo que tem rejeitado a verdade o receberá como Senhor dos senhores e rei dos reis” (Ellen G. White, Eventos Finais, p. 168, 169). Contra esse engano temos sido advertidos de que a vinda de Cristo será um evento literal, pessoal e visível, que afetará o mundo inteiro, acabando com as coisas que vemos no mundo hoje: pecado, sofrimento, miséria, decepção e morte.

Olhe para nosso mundo. Temos feito dele um lugar melhor? Embora devamos tentar melhorar a vida dos menos afortunados do que nós, e dos que sofrem e passam por necessidades, por que devemos manter sempre diante de nós aquilo que é a única solução?

Quarta Ano Bíblico: 2 Pedro

Esperando o advento


6. Quais serão as diferenças entre os salvos e os perdidos no tempo da volta de Jesus? Qual é a importância dessa mensagem para nós? Como essas palavras podem nos ajudar em nossa vida prática? 1Ts 5:1-11


Existe muita coisa nesses versos, mas um ponto deve se destacar de forma muito clara: a esperança que devem ter os que aguardam a volta de Cristo. Certamente, precisamos ser sóbrios e vigilantes para que aquele dia não nos surpreenda como um ladrão de noite. Mas também devemos estar cheios de fé, amor e esperança, porque “quer vigiemos, quer durmamos” (isto é, quer morramos antes de Sua vinda ou estejamos vivos quando Ele vier), temos a promessa de vida eterna com Ele.

Nesta época, quando vemos sinais ao nosso redor, devemos ter cuidado com nossa maneira de interpretá-los. Muitas vezes podemos ficar envolvidos com eventos que causam todos os tipos de agitação, drama e expectativa, apenas para ver que sua importância desaparece. Quando essas coisas acabam, podem deixar os membros da igreja descontentes, desanimados, e mesmo cheios de dúvidas. Precisamos ser vigilantes, mas também precisamos ser cautelosos, prudentes e humildes, enquanto procuramos interpretar e discernir os sinais dos tempos (Mt 16:1-4).

7. Qual é o propósito dos “sinais dos tempos”? Jo 13:19; 14:29


As predições sobre o fim dos tempos não foram dadas para satisfazer a curiosidade dos fiéis, mas para estimulá-los a continuar vigiando (Mt 24:32-44). Enquanto aguardamos o segundo advento, precisamos manter nossos olhos abertos e conhecer o que a Palavra de Deus ensina sobre os eventos dos últimos dias. Isso é especialmente importante porque, entre os próprios cristãos, há muitas ideias falsas sobre os sinais dos tempos.

Como podemos encontrar o equilíbrio entre viver na expectativa da segunda vinda e, ao mesmo tempo, abster-nos de ver cada manchete de jornal como um sinal do fim? Como podemos evitar a complacência, de um lado, e o fanatismo, do outro?

Quinta Ano Bíblico: 1 João


Morte e ressurreição


No Novo Testamento, um dos eventos relacionados com a segunda vinda de Cristo é a ressurreição dos que morreram crendo nEle. Na verdade, no que diz respeito à maioria dos crentes, essa é a parte mais importante da segunda vinda, porque a maioria dos seguidores de Cristo estará morta quando Ele voltar.

8. O que a Bíblia ensina sobre a ressurreição no momento da volta de Cristo?

A Bíblia ensina que, na ressurreição, o “corpo” voltará à vida. Em outras palavras, a ressurreição bíblica é uma ressurreição corporal. Essa verdade se torna ainda mais clara quando temos em mente o fato de que, após a ressurreição de Cristo, Seu túmulo ficou vazio. O corpo morto não permaneceu na sepultura. Na certeza da Sua ressurreição, temos a certeza da nossa.

9. Se a ressurreição significa a destruição do poder da morte, por que só é possível alcançá-la “em Cristo”? 2Tm 1:8-10


A chave para a imortalidade não está na investigação científica mais profunda. O poder da morte já foi quebrado pela própria morte e ressurreição de Cristo (Rm 6:9). Com base nessa realização, Ele pode conceder imortalidade aos que se identificam com Sua morte e ressurreição por meio do batismo (Rm 6:23). Além disso, a Bíblia deixa claro que o dom da imortalidade não é dado aos crentes no momento da morte, mas na segunda vinda de Jesus, ao soar a “última trombeta” (1Co 15:51-54).

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11:25). Como você pode compreender melhor a esperança contida nessas palavras? Sem ela, o que seria de você?

Sexta Ano Bíblico: 2 João; 3 João; Judas


Estudo adicional


A intercessão de Cristo no santuário celestial, em favor do homem, é tão essencial ao plano da redenção como foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte, Ele iniciou a obra para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos penetrar até o interior do véu, ‘onde Jesus, como Precursor, entrou por nós’ (Hb 6:20). Ali se reflete a luz da cruz do Calvário. Ali podemos obter percepção mais clara dos mistérios da redenção. A salvação do homem se efetua a preço infinito para o Céu” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 489).

Para o crente, Cristo é a ressurreição e a vida. Em nosso Salvador é restaurada a vida que se perdeu mediante o pecado, pois Ele possui vida em Si mesmo, para vivificar a quem quer. Acha-Se investido do direito de conceder a imortalidade. A vida que Ele depusera como homem, Ele reassumiu e concedeu aos homens (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 786, 787).

Perguntas para reflexão
1. João Calvino chamou a obra de intercessão de Cristo de a “aplicação contínua de Sua morte para nossa salvação”, e é dito que “a existência de um santuário celestial era um padrão teológico entre os clérigos puritanos”. Não é difícil perceber por que a obra de intercessão de Cristo deve ser vista como um ensinamento tão importante. Considere quanto do Antigo Testamento está centralizado em torno do santuário e do templo. Pense em quanto do Novo Testamento também está relacionado ao santuário! O que isso deve nos dizer sobre a importância dessa doutrina?
2. Pense mais em Hebreus 9:23, um texto que durante séculos tem confundido os estudiosos bíblicos, que não conseguem entender como alguma coisa no Céu poderia realmente precisar de purificação. Embora tenhamos ainda muita coisa a aprender sobre o que esse texto significa, como nossa compreensão, por exemplo, de Daniel 8:14, ajuda a esclarecer esse conceito importante?

Respostas sugestivas: 1. Jesus é o Sumo Sacerdote que intercede por nós no santuário celestial, como havia sido prefigurado nas cerimônias do santuário terrestre. 2. Na cruz, Deus colocou sobre Cristo os nossos pecados; fomos justificados por essa graça, mediante a fé no sangue de Jesus; o Justo foi sacrificado para que os injustos fossem justificados. 3. Jesus é o único mediador entre Deus e os homens; Ele pode salvar os que se aproximam de Deus, porque sempre intercede por eles. 4. O santuário terrestre e as pessoas eram purificados do pecado por meio do sangue de animais, como símbolo do sangue de Cristo, que purifica o santuário celestial do registro dos nossos pecados. 5. Quando nos arrependemos, nossos pecados são apagados (“purificados”) do livro de registro celestial e recebemos o poder do Espírito Santo para viver com Jesus, enquanto esperamos Sua volta. 6. (A) Salvos: estão preparados; andam na luz; são sóbrios e vigilantes; usam a couraça da fé e do amor e o capacete da esperança de salvação; (B) Perdidos: São apanhados de surpresa; são iludidos pela falsa segurança; estão nas trevas; embriagam-se, adormecem no pecado e não percebem o perigo; seguem na direção da ira; (C) devemos usar essa mensagem para advertir e consolar as pessoas. 7. Despertar fé e confiança na Palavra de Deus. 8. Os que morreram na fé em Cristo serão ressuscitados no momento da Sua segunda vinda; a certeza da nossa ressurreição está fundamentada na ressurreição de Cristo. 9. Porque nossa salvação não é alcançada por meio de nossas obras, mas pela determinação e graça concedidas antes dos tempos eternos, mas cumpridas pelo evangelho de Cristo, o único capaz de destruir o poder da morte.

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