sábado, 23 de fevereiro de 2013
LIÇÃO Nº9 - CASAMENTO UM PRESENTE DADO NO ÉDEN
Casamento: um presente dado no Éden
Sábado à tarde |
Ano Bíblico: Nm 33, 34
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VERSO PARA MEMORIZAR:“Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2:18).
Leituras da semana: Gn 2:18-25; Mc 10:7-9; Ef 5:22-25; Mt 5:27-30; 2Co 3:18
Pense nas bênçãos de um casamento feliz e de um lar amoroso. Muito felizes são os que têm essa experiência! Infelizmente, para muitas pessoas o casamento tem sido mais uma experiência de dor e raiva do que de alegria e paz. Mas ele não foi planejado para ser assim nem devia ser assim. O triste estado de tantos casamentos é uma forte expressão da degradação que o pecado trouxe à humanidade.
“Deus celebrou o primeiro casamento. Assim, essa instituição tem como seu originador o Criador do Universo. ‘Venerado seja [...] o matrimônio’ (Hb 13:4, RC); ele foi uma das primeiras dádivas de Deus ao homem e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo para além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesse relacionamento, o casamento é uma bênção, preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem e eleva a natureza física, intelectual e moral” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 46).
Que ideal maravilhoso! A lição desta semana examinará alguns dos princípios por trás do casamento.
Domingo |
Ano Bíblico: Nm 35, 36
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Não é bom que o homem esteja só
De um primitivo abismo Deus criou nosso mundo pelo poder sobrenatural de Sua Palavra. Ao longo do relato da criação, tudo era “bom”, até a conclusão da obra, quando tudo o que o Senhor havia criado foi declarado como “muito bom” (Gn 1:31).
1. Em meio a tudo isso, no entanto, uma coisa era lo tov [não é bom]. O que não era “bom” e por quê? Quais são as implicações desse texto? Gn 2:18
Deus havia declarado que todos os aspectos da criação eram “bons” até o momento em que Ele criou Adão. Naquele momento, Adão era o único ser humano. Embora tivesse sido feito à imagem de Deus, em sua solidão ele não podia refletir plenamente essa imagem, que existe no relacionamento com as outras partes da Divindade. A Divindade é composta de Pai, Filho e Espírito Santo. Assim, Adão precisava de alguém como ele com quem pudesse formar um relacionamento de mútuo amor e cooperação, refletindo o relacionamento amoroso exemplificado dentro da Divindade.
2. Leia Gênesis 2:19-21. Depois de qual ato Deus fez com que Adão dormisse, para, a partir de sua carne, criar uma esposa? Como o ato anterior pode estar relacionado com a criação de uma companheira para Adão?
Talvez a chave aqui seja encontrada na última frase do verso 20. À medida que dava nome aos animais, Adão deve ter notado que eles passavam em pares, macho e fêmea, diferente dele mesmo, que era uma criatura singular. Podemos ter certeza de que o Senhor, durante todo o tempo havia planejado que Adão tivesse uma esposa. Talvez Ele pretendesse criar um desejo em Adão, a sensação de que faltava algo em sua existência, o que o faria apreciar muito mais o dom que o Senhor lhe daria em uma esposa.
Considere o contraste entre o “bom” do restante da criação, e a declaração de que não era “bom” no que diz respeito à solidão de Adão. O que isso indica sobre o valor dos relacionamentos? O que você pode fazer para fortalecer os valiosos relacionamentos que tem agora?
Segunda |
Ano Bíblico: Dt 1–3
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Uma companheira para Adão
Gênesis 2:20, texto em que Adão dá nome aos animais, ajuda a revelar a grande diferença entre os seres humanos e outras criaturas terrestres. Não havia animal que fosse comparável a Adão. Nem mesmo entre os macacos havia alguma criatura semelhante a Adão, porque ele não era semelhante a um macaco. Esse é um ponto importante para lembrarmos, porque muitos em nossa sociedade promovem a ideia de que os seres humanos são nada mais do que macacos desenvolvidos. Não somos macacos, e uma macaca não seria uma companheira mais adequada para Adão do que seria para nós.
3. Que significado encontramos no método usado por Deus para criar uma companheira para Adão? Gn 2:21, 22
Assim como Deus havia formado pessoalmente o corpo de Adão a partir do pó da terra, Ele formou pessoalmente o corpo de Eva, usando uma das costelas de Adão. Deus não precisava disso para criar Eva. Ele poderia tê-la criado como havia criado Adão ou até mesmo trazê-la à existência por meio da palavra.
Mas Deus tinha um motivo para formar Eva de uma costela de Adão. Se os dois tivessem sido criados de um modo completamente separado, isso poderia indicar que, por natureza, eles eram indivíduos totalmente independentes. Mas a carne compartilhada pelos dois indicava que deviam estar unidos e foram planejados para ser “uma só carne”.
Depois de ser criada, Eva foi levada a Adão para ser sua auxiliadora (v. 18). Ela foi feita de Adão (v. 22) e dada a Adão (v. 22). O processo pelo qual Deus criou Eva mostrou claramente que Ele poderia prover qualquer companheira que Adão necessitasse. Esse ponto se tornou importante mais tarde, quando Adão enfrentou a tentação de se juntar a Eva em comer o fruto, em vez de confiar no cuidado de Deus naquela situação. Adão tinha ampla razão para acreditar que Deus poderia cuidar dele e isso tornou mais grave seu pecado.
4. Qual foi a resposta de Adão a Eva? Gn 2:23
Adão ficou tão maravilhado quando viu Eva que cantou em poesia. Esse é o primeiro poema na Bíblia e reflete o afeto de Adão por sua esposa e a intimidade de seu relacionamento. Ela deveria ser igual a ele, outro aspecto da criação que foi prejudicado pela queda.
Terça |
Ano Bíblico: Dt 4–7
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Casamento ideal
O escritor William Faulkner certa vez chamou o casamento de “fracasso” e escreveu que “a única maneira de encontrar alguma paz nele é [...] manter a primeira [esposa] e ficar tão longe dela quanto possível, com a esperança de algum dia sobreviver a ela”. Que comentário triste sobre o estado de muitos casamentos!
5. Leia Marcos 10:7-9. Que texto Jesus citou nessa passagem? Quais características de um bom casamento podemos encontrar nessas palavras de Jesus?
Os benefícios de deixar os pais a fim de formar um lar com um cônjuge são tão bem conhecidos que dificilmente precisam ser mencionados. Problemas com sogros são uma das principais causas de discórdia conjugal. Um dos primeiros passos a tomar ao estabelecer um lar feliz é respeitar a independência dos cônjuges pelo estabelecimento de uma casa separada da casa dos pais, quando possível. Quando não é possível, a privacidade e intimidade do casamento ainda deve ser respeitada.
A unidade é outra característica de um bom casamento. Unidade não significa que os dois parceiros devam desistir de pensar por si mesmos, mas que eles devem estar unidos no propósito de fazer o melhor um pelo outro e por sua união.
Jesus também enfatizou a natureza permanente do casamento. O casamento não é um relacionamento casual a ser celebrado ou descartado à vontade. É um compromisso de vida. Os que não estão preparados para se comprometer por toda a vida devem adiar esse passo até que estejam prontos.
6. Quais são os princípios de um bom casamento? Ef 5:22-25
É privilégio do marido se dedicar à sua esposa no serviço de amor, como Cristo se entregou pela igreja. Por sua vez, a esposa deve respeitar o marido e cooperar no trabalho em direção aos objetivos mútuos. Aqui está a solução para a discórdia que o pecado trouxe ao relacionamento conjugal. Amor abnegado será retribuído com amoroso respeito e felicidade mútua. Nossos lares podem ser uma antecipação do Céu.
Quarta |
Ano Bíblico: Dt 8–10
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Protegendo o que é precioso
Um dos maiores exemplos do amor de Deus pela humanidade pode ser encontrado na sexualidade humana, que é verdadeiramente um dom maravilhoso de Deus. No entanto, assim como com todos os dons que recebemos, ela não vem de modo incondicional. Ou seja, não é algo que podemos simplesmente usar como quisermos. Deus estabeleceu algumas regras. Na verdade, Ele é muito claro: a atividade sexual deve acontecer entre marido e mulher, macho e fêmea, e somente no contexto do casamento. Qualquer coisa fora disso é pecado.
7. Leia Mateus 5:27-30. Considere a seriedade com que Jesus lida com as questões apresentadas nesse texto. Em última análise, o que está em jogo?
Por mais que gostemos de enfatizar (e com razão) toda a graça e perdão que Jesus concede aos pecadores, não podemos esquecer os altos padrões de moralidade que Ele viveu e pregou. É difícil imaginar como Jesus poderia ter expressado com mais força a advertência contra a imoralidade sexual, conforme revelada nesses poucos versos. Arrancar seu olho? Cortar sua mão? Se isso é preciso para ser puro, então vale a pena. Caso contrário você está em perigo de perder a vida eterna.
“Se todos quantos professam obedecer à lei de Deus estivessem isentos de iniquidade, meu coração se sentiria aliviado; não o estão, porém. Mesmo alguns que professam guardar todos os mandamentos de Deus são culpados do pecado de adultério. Que posso eu dizer que lhes desperte as amortecidas sensibilidades? Os princípios morais, estritamente observados, tornam-se a única salvaguarda da pessoa” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, p. 621, 622).
Por mais forte que seja a advertência de Jesus, não podemos esquecer a história sobre a mulher apanhada no ato de adultério (Jo 8:1-11). Como podemos alcançar o equilíbrio entre promover as normas sobre as quais Jesus falou nos versos acima e ao mesmo tempo mostrar graça e compaixão para com aqueles que caem, conforme o exemplo dessa história?
Quinta |
Ano Bíblico: Dt 11–13
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Casamento como uma metáfora da igreja
É bem conhecido entre os estudantes da Bíblia que, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o casamento é usado como símbolo do relacionamento entre Deus e Seu povo da aliança. É por isso que, em numerosas ocasiões, a Bíblia usa a imagem de uma mulher infiel para simbolizar a apostasia e infidelidade que prevaleceu no antigo Israel. Por exemplo, em Êxodo, o Senhor disse aos israelitas que eles não deveriam entrar em nenhum tipo de relacionamento estreito com os pagãos ao seu redor, porque os pagãos eram povos muito perversos que poderiam extraviar Israel.
8. Leia Êxodo 34:15, 16. Que imagem o Senhor usa nessa advertência específica? Como isso pode ser compreendido no contexto do povo de Deus sendo “casado” com Ele? Leia Jr 3:14
Ao mesmo tempo, a imagem da igreja como noiva de Cristo aponta para a unidade entre os crentes e unidade com Cristo, especialmente quando compreendida no contexto do ideal bíblico para o casamento: um homem e uma mulher em um relacionamento amoroso e abnegado.
9. O que os casais devem aprender com o relacionamento entre Cristo e Sua igreja? Ef 5:28-32; Ap 19:5-9
Nesses textos, o relacionamento ideal de casamento é comparado com a ligação entre Deus e Seu povo. Deus convida Seu povo para se unir a Ele em um relacionamento íntimo. Esta é uma imagem maravilhosa do interesse de Deus em Seu povo e Seu desejo de nos levar à comunhão com Ele.
Que escolhas você pode fazer que o levarão para mais perto do Senhor e do ideal representado no conceito bíblico do casamento? Por que essa questão está relacionada com as escolhas que somente você pode fazer?
Sexta |
Ano Bíblico: Nm 31, 32
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Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 151.
Em muitos aspectos, uma compreensão adequada da moralidade, especialmente da moralidade sexual, está claramente ligada à compreensão adequada das nossas origens. Por exemplo: a filosofia evolucionista não provê uma base objetiva para nenhuma ligação entre a atividade sexual e a moralidade. Os animais têm muitos diferentes tipos de “sistemas de acasalamento”. Algumas espécies são poligâmicas e muitas são promíscuas. Algumas espécies são, na maior parte das vezes, monogâmicas, mas estudos genéticos revelaram que muitas espécies que parecem ser monogâmicas não são realmente assim. Em muitas espécies, uma fêmea pode dar à luz a um grupo de descendentes que não são todos gerados pelo mesmo indivíduo. Sem o padrão objetivo de moralidade dado pelo Criador, não teríamos nenhuma base para avaliação do comportamento sexual como sendo moralmente bom ou mau. A pressão atual para aprovar uniões homossexuais ilustra esse ponto. É somente à luz da criação que o casamento é devidamente compreendido.
Perguntas para reflexão
1. Quais são alguns exemplos bíblicos de bons casamentos e lares felizes? Cite alguns exemplos bíblicos de casamentos e lares infelizes. O que podemos aprender com esses dois grupos?
2. Examine a descrição da mulher virtuosa em Provérbios 31:10-31. Qual deve ser o caráter do marido de tal esposa?
3. De que forma sua igreja pode ser um lugar que pode ajudar a confirmar e fortalecer os ideais de casamento? Que coisas práticas podem ser feitas para atingir esse objetivo?
Respostas sugestivas: 1. Que o homem estivesse só. O ser humano foi criado para viver em sociedade; Deus fez o homem para amar e ser amado. 2. Deus trouxe os animais para que Adão desse nome a cada um deles. Vendo os pares de animais, o homem sentiu falta de uma companheira. Então o Senhor criou a mulher. 3. Eva foi feita da costela de Adão. Os dois tinham a mesma substância e precisavam um do outro. Eva não foi feita a partir da cabeça nem de uma parte inferior, o que demonstra a igualdade entre eles. Deus criou o ser humano com Seu toque especial. 4. “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher,porque do homem foi tirada”. 5. Gênesis 2:24: “Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne”. O bom casamento envolve independência dos pais, intimidade e compromisso duradouro. Para Deus, o casamento envolve apenas um homem com uma apenas uma mulher. 6. Submissão. A vida familiar é uma extensão da vida espiritual. Amor abnegado. O relacionamento entre marido e mulher simboliza a ligação entre Deus e a igreja. 7. O que está em jogo é a santidade, fidelidade e pureza sexual. Para alcançar a vitória, vale a pena qualquer sacrifício. 8. Prostituição espiritual. Visto que a nação era casada com o Senhor, o envolvimento com outros deuses ou com idólatras seria infidelidade espiritual. Deus pode converter o coração dos rebeldes. 9. Cristo ama a igreja, a alimenta e dedica-lhe carinho. Ela é o Seu corpo. Assim o marido deve fazer para com a esposa, tratando-a como ao seu próprio corpo. A noiva se prepara para o encontro com o Cordeiro. Os casais precisam se preparar para seu casamento. Felizes serão os participantes das bodas do Cordeiro e felizes são os que contemplam casamentos abençoados.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
sábado, 16 de fevereiro de 2013
LIÇÃO Nº 08 - JESUS, PROVEDOR E MANTENEDOR
Jesus, provedor e mantenedor
Sábado à tarde | Ano Bíblico: Nm 15, 16 |
VERSO PARA MEMORIZAR: “O meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp 4:19).
Leituras da semana: Hb 1:3; Cl 1:16, 17; Jó 42; Mt 5:45; 6:25-34; 10:28
Deus mantém a criação de maneira tão regular que, muitas vezes o Universo é comparado a uma máquina que Deus deixou para funcionar por si mesma. No entanto, em lugar de uma máquina, a metáfora melhor é que a criação é como um instrumento musical que Deus usa para produzir a desejada “melodia”. Ou seja, Ele está constantemente envolvido na manutenção de tudo que criou.
No Universo, nada existe independentemente do Senhor. Ele criou tudo: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1:3). Não só isso, mas Ele é quem sustenta tudo. Ainda mais surpreendente é saber que Aquele que criou e tudo mantém foi crucificado por nós.
“O apóstolo Paulo, escrevendo pelo Espírito Santo, declarou acerca de Cristo: ‘Tudo foi criado por Ele e para Ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele’ (Cl 1:16, 17, RC). A mão que sustém os mundos no espaço, a mão que conserva em seu ordenado arranjo e incansável atividade todas as coisas através do Universo de Deus, é a que na cruz foi pregada por nós” (Ellen G. White, Educação, p . 132).
Domingo | Ano Bíblico: Nm 17–19 |
O Mantenedor
1. Qual é a função de Jesus na existência contínua do Universo? Hb 1:3; Cl 1:16, 17
A implicação aqui é que Jesus continua a manter a existência do Universo, pelo Seu poder. O Universo não é independente. Sua existência depende do exercício contínuo da vontade divina. Essa é uma refutação ao deísmo, filosofia segundo a qual Deus criou o mundo para que governasse a si mesmo e, em seguida, o deixou para que evoluísse sem qualquer ação adicional dEle. A Bíblia exclui tal teoria.
Além disso, Deus não está na criação, constantemente criando-a, como nas falsas teorias do panteísmo (Deus e o Universo são a mesma coisa) ou panenteísmo (Deus habita o Universo como se fosse seu próprio corpo). Ele não é dependente do Universo de maneira nenhuma. Ele é separado do Universo; existiu e continua a existir independentemente dele. O Universo depende de Deus, mas o Criador não depende do Universo.
2. Como Paulo descreve nosso relacionamento com Jesus? 1Co 8:6; At 17:28
Dependemos do poder mantenedor de Deus, momento a momento, dia após dia. É por causa do Seu amor que continuamos a existir e somos capazes de agir e formar relacionamentos. De modo especial, isso é verdade para os que se entregaram a Deus e que estão, como Paulo descreve, “em Cristo” (2Co 5:17; Ef 2:10; observe as referências à criação nesses textos). Outra verdade é que mesmo os que rejeitam a salvação dependem do poder sustentador de Deus para sua existência. Daniel apresentou esse ponto de modo muito incisivo ao rei Belsazar, quando disse: “Mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste” (Dn 5:23).
Com tudo isso em mente, como podemos entender a realidade do livre-arbítrio e livre escolha? Por que esses elementos da nossa existência são tão importantes para o conjunto das nossas crenças?
Segunda | Ano Bíblico: Nm 20, 21 |
Generoso Provedor
Gênesis 1:29, 30 mostra que, quando Deus criou os seres viventes, também providenciou alimento para eles. Ervas, frutas e sementes foram os alimentos escolhidos tanto para os seres humanos quanto para os animais. Nada é dito sobre violência contra outros seres viventes ou competição por recursos. O generoso Provedor criou muita comida para que todos pudessem participar sem necessidade de violência.
Há um contraste muito grande em relação aos modelos comuns para a existência, propostos pela teoria evolucionista, segundo a qual a vida humana, de fato toda vida, existe unicamente através de um violento processo de predação e sobrevivência do mais apto. Os primeiros capítulos de Gênesis não reconhecem nada disso. Ao contrário, eles revelam um mundo que era, literalmente, um paraíso desde o princípio. Por isso, quando o Senhor acabou de criá-lo, a Bíblia registra as seguintes palavras: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia” (Gn 1:31).
3. O que a Bíblia indica sobre o interesse especial de Deus em prover para Adão e Eva? Gn 2:8, 9
Já observamos que Deus havia providenciado alimento para todas as Suas criaturas, incluindo os seres humanos. Então, vemos Deus indo um passo adiante. Ele não somente proveu generosamente alimento por toda a Terra, mas preparou um jardim especial para Adão e Eva, com árvores agradáveis aos olhos e boas para a alimentação (Gn 2:9). O jardim, com sua beleza e variedade de alimentos, foi uma provisão do extraordinário amor e graça de Deus. Um dom da graça porque Adão e Eva não haviam feito nada para merecer, mas o Senhor lhes ofereceu gratuitamente e o preencheu generosamente.
Conforme demonstrado em lição anterior, estamos muito longe da criação original. Nosso mundo está muito danificado. Parece que nada na Terra foi poupado. No entanto, mesmo em meio ao dano, existe uma poderosa evidência do amor de Deus.
“A natureza é um poder, mas o Deus da natureza é um poder ilimitado. Suas obras representam Seu caráter. Os que O julgam a partir de Suas obras, e não a partir das suposições dos grandes homens, verão Sua presença em tudo” (Ellen G. White, The Signs of the Times [Sinais dos Tempos], 13 de março de 1884).
Ao observar a natureza, você consegue perceber “Sua presença em tudo”?
Terça | Ano Bíblico: Nm 22–24 |
Mal natural
Uma das grandes questões com as quais os crentes em um Deus amoroso têm que lidar é a questão do mal, não apenas a maldade humana, mas o que é chamado “mal natural”. Isto é, quando coisas ruins acontecem na natureza (inundações, furacões, secas, terremotos, etc.), que causam tanta dor e sofrimento, não apenas para os seres humanos, mas também para os animais.
Como devemos entender essas coisas? Afinal, se Deus está no controle da criação, por que essas coisas acontecem? Um dos mais antigos livros da Bíblia é o de Jó, no qual essas questões (e outras) se tornaram dolorosamente reais para ele.
4. Leia Jó 42. O que esse capítulo nos responde? Que perguntas permanecem sem resposta?
Quem já leu o livro de Jó talvez obteve mais perguntas do que respostas. O livro revela verdades importantes sobre o grande conflito (Ap 12:12), que ajudam a formar um pano de fundo decisivo para começarmos a entender a existência do mal. O cenário do grande conflito, no entanto, não explica todos os exemplos do mal. De fato, explicar o mal, em certo sentido, seria justificá-lo, e nunca poderemos fazer isso. O grande conflito pode revelar as grandes questões por trás do mal, mas não diz muita coisa sobre cada exemplo do mal.
Jó não entendia, e nós também não entendemos quando nos deparamos com perdas tão catastróficas. Embora Deus tivesse falado com Jó, Ele não respondeu às perguntas do patriarca, nem explicou a causa do que acontecia. Ele simplesmente lembrou a Jó que havia coisas além do seu conhecimento e que ele precisava confiar em Deus, o que Jó fez. Nossa experiência é muitas vezes semelhante. Podemos não receber uma resposta para nossas perguntas. Mas a história de Jó nos dá uma importante compreensão da natureza do mal, e isso nos mostra que Deus não ignora as lutas que enfrentamos.
Leia novamente a citação de Ellen G. White, na lição de sábado. De que maneira ela nos ajuda a lidar melhor com a questão do mal, sabendo que o próprio Deus também sofreu muito por causa disso?
Quarta | Ano Bíblico: Nm 25–27 |
Governando uma criação danificada
5. Como Deus age na criação a fim de manter Suas criaturas? O que isso nos diz sobre Seu interesse no mundo criado? Mt 5:45; Sl 65:9, 10
Estamos familiarizados com o Sol e a chuva, e os cientistas dão explicações para os processos envolvidos em cada um deles. No entanto, há mais a respeito da história do que a ciência pode dizer. Nos bastidores, Deus está ativamente suprindo as necessidades de Suas criaturas. Podemos não entender Seus caminhos, mas sabemos que Ele está no controle. Um hábil músico pode tocar um instrumento de maneira a atrair a atenção das pessoas para a música, e não para o músico. Do mesmo modo, Deus organiza a criação de maneira que vemos, muitas vezes, Suas obras e ficamos impressionados com a grandiosidade da criação. Ao mesmo tempo, podemos não reconhecer que Deus está nos bastidores, arranjando os eventos de acordo com Sua vontade e planejando para que todas as coisas finalmente cooperem para o bem daqueles que O amam (Rm 8:28).
6. Que fenômeno semelhante é observado nos textos seguintes? Gn 8:1; Êx 10:13; Nm 11:31
O vento é um fenômeno comum e geralmente entendemos sua causa. Mas nesses textos, o vento ocorre em circunstâncias especiais. Poderíamos chamá-los de “ventos providenciais”. Eles ocorrem em tempos e lugares específicos e realizam propósitos específicos. Embora possam parecer “naturais”, há um Ser invisível realizando os propósitos de Sua vontade, usando recursos do mundo que Ele criou para cumpri-los.
Em 2 Reis 20:9-11, vemos um dos milagres mais inusitados de toda a Bíblia. A relação entre o Sol, a Terra e a duração do dia parece ser uma das características mais estáveis e previsíveis da experiência humana. Imagine a reação da comunidade científica de hoje, se um evento semelhante ocorresse em nossos dias. No entanto, devemos perguntar: “Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18:14). O que esse e outros milagres devem nos dizer é que existem muitas coisas sobre a criação, e as ações de Deus em Sua criação, que estão muito além de nosso entendimento. Por isso é tão crucial que cheguemos a um conhecimento pessoal de Deus e conheçamos por nós mesmos a realidade do Seu amor. Dessa forma, aprenderemos a confiar nEle, apesar de tudo o que não entendemos.
Quinta | Ano Bíblico: Nm 28–30 |
Provedor para uma criação danificada
“Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mt 6:26).
Mesmo depois que Adão e Eva pecaram e já não podiam entrar no jardim, Deus supriu suas necessidades físicas imediatas (Gn 3:21). O pecado trouxe uma novidade: a necessidade de vestuário. Adão e Eva tentaram preparar roupas para si mesmos, mas as roupas de folhas de figueira foram bastante insatisfatórias. Era necessário algo melhor, o que Deus proveu na forma de peles (Consideraremos mais acerca do significado das peles em outra lição). O ponto é que Deus supriu as necessidades deles, embora tivessem caído no pecado. Esse é outro exemplo da graça de Deus provendo para nós, apesar de nossa indignidade.
7. Que mensagem importante Jesus nos apresenta sobre o cuidado de Deus? Como devemos entendê-la, em face das provações e tragédias que afetam de modo tão significativo a vida das pessoas? Mt 6:25-34
Essas são palavras muito confortadoras, e precisamos nos apegar a elas com todo o coração, alma e mente, especialmente em tempos de grande sofrimento, perda e necessidade. Jesus morreu por nós, não pelos lírios ou pássaros. Podemos ter certeza de Seu amor por nós, independentemente das circunstâncias. No entanto, as circunstâncias às vezes podem ser bastante assustadoras. Vemos fome, seca, inundações, epidemias e morte em toda parte, e os cristãos também não estão imunes a essas tragédias.
Deus não promete a Seu povo uma vida de luxo, livre de sofrimento, mas promete suprir nossas necessidades e nos fortalecer, de modo que possamos enfrentar nossos desafios. Só não podemos esquecer a realidade do grande conflito e o fato de que estamos em um mundo caído.
Leia Mateus 10:28. Como esse verso, combinado com os versos de hoje, poderia nos ajudar a lidar melhor com as duras realidades que muitas vezes enfrentamos?
Sexta | Ano Bíblico: Nm 31, 32 |
Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 259-261: “Leis da Natureza”.
“Homens de ciência julgam poder compreender a sabedoria de Deus, aquilo que Ele fez ou pode fazer. Prevalece largamente a ideia de que Ele é restrito pelas Suas próprias leis. Os homens ou negam ou ignoram Sua existência, ou julgam explicar tudo, mesmo a atuação de Seu Espírito sobre o coração humano; e não mais reverenciam Seu nome nem temem Seu poder. Não creem no sobrenatural, não compreendem as leis de Deus, nem Seu poder infinito para executar Sua vontade por meio deles. Conforme é usualmente empregada, a expressão “leis da natureza” compreende o que o homem tem podido descobrir com relação às leis que governam o mundo físico. Mas quão limitado é o seu conhecimento, e quão vasto é o campo em que o Criador pode atuar em harmonia com Suas próprias leis e, todavia inteiramente além da compreensão de seres finitos!” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 114).
Perguntas para reflexão
1. Leia atentamente a citação acima. O que ela está dizendo? Podemos ver os cientistas hoje fazendo exatamente o que foi descrito?
2. A ciência de nossos dias é muito melhor do que costumava ser para explicar, através dos meios naturais, por que certas coisas acontecem ou por que deixam de acontecer. O problema não está com os “meios naturais” ou “leis naturais”, mas com a ideia de que esses meios e leis são tudo o que existe, e de que não há forças sobrenaturais por trás deles. O que há de errado com essa suposição? Por que, logicamente, isso não faz sentido? (Reflita: De onde surgiram essas leis?) Por que essa ideia é tão contrária aos ensinamentos mais básicos da Bíblia?
3. Como a imagem da criação comparada a um instrumento musical oferece um quadro mais preciso do relacionamento de Deus com a criação do que a imagem da criação como máquina?
4. Que eventos especiais poderíamos considerar apenas “forças da natureza”? Veja, por exemplo, 1 Reis 19:11, 12.
Respostas sugestivas: 1. O Senhor sustenta todas as coisas pelo poder de Sua palavra. Ele é Criador e Mantenedor do Universo. 2. Jesus nos criou e mantém a nossa vida; nEle vivemos, nos movemos e existimos. 3. Deus colocou no jardim árvores belas e boas para alimentar Adão e Eva. Estava ali também a árvore da vida. 4. Deus mostrou Sua onipotência e onisciência. Ao perceber que o Criador estava perto dele e ao notar como era o caráter dEle, Jó se arrependeu do que havia dito e pensado, em razão de sua ignorância. A renovação das bênçãos sobre a família de Jó respondeu uma parte das perguntas de Jó e trouxe confiança em relação às perguntas não respondidas. 5. Deus envia o Sol e a chuva para prover alimento aos habitantes da Terra. 6. Deus utilizou o vento de modo sobrenatural, em favor de Seu povo e para mostrar Seu poder. 7. Se Deus alimenta as aves e veste a erva do campo, devemos confiar na Sua provisão quanto ao alimento, bebida, vestuário, proteção e vida eterna. Devemos confiar no Senhor, mesmo nos momentos de aflição.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
SEMANA DE MORDOMIA 2013
SEMANA DE MORDOMIA 16 A 23 DE FEVEREIRO
PRESENÇAS PASTORES:
PR.LUIZ HENRIQUE SENA - APV
PR.WELLINGTON (BANANAL)
PR.DANIEL (GUARATINGUETA)
PR. LOURIVAL (CRUZEIRO)
PR. ADEILTON (LORENA)
PRESENÇAS PASTORES:
PR.LUIZ HENRIQUE SENA - APV
PR.WELLINGTON (BANANAL)
PR.DANIEL (GUARATINGUETA)
PR. LOURIVAL (CRUZEIRO)
PR. ADEILTON (LORENA)
sábado, 9 de fevereiro de 2013
LIÇÃO Nª 7 VENDO POR ESPELHO, OBSCURAMENTE
Vendo por espelho, obscuramente
Sábado à tarde | Ano Bíblico: Lv 23–25 |
VERSO PARA MEMORIZAR: “A sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles” (1Co 3:19).
Leituras da semana: Jó 12:10; 1Co 6:19, 20; Gn 3:17; Jo 12:31; 1Co 1:18-21
Em 1802, o teólogo William Paley escreveu um livro intitulado Natural Theology [Teologia Natural], no qual argumentou que se pode observar a natureza a fim de desenvolver uma compreensão do caráter de Deus. Ele escreveu extensivamente sobre as maneiras pelas quais as características dos animais revelam o cuidado e a habilidade do Criador. No entanto, Paley pode ter exagerado algumas características, porque ele não reconheceu os efeitos que o pecado e a queda exerceram sobre a natureza. Apesar disso, seu argumento geral nunca foi refutado, embora tenham ocorrido numerosas e clamorosas alegações ao contrário!
Charles Darwin, por outro lado, argumentou que um Deus que projetasse todas as características da natureza não seria bom. Como prova, ele se referiu a um parasita que se alimenta nos corpos vivos de lagartas e a forma cruel pela qual um gato brinca com um rato. Para ele, esses exemplos eram evidências contra a existência de um amoroso Deus Criador.
Compreendemos que Paley estava, obviamente, mais perto da verdade do que Darwin. Mas a lição desta semana examinará o que a Bíblia tem a dizer sobre a questão do que a natureza revela e daquilo que ela não revela, sobre Deus.
Domingo | Ano Bíblico: Lv 26, 27 |
A Terra é do Senhor
Um cientista, certa vez, fez um desafio a Deus. Argumentou que ele poderia criar a humanidade tão bem quanto qualquer deus. O Senhor disse: “Ok, vá em frente e faça isso.” O cientista começou a juntar algum pó, mas Deus disse: “Espere um minuto. Faça seu próprio pó!”
Embora essa história seja apenas uma fábula, a lição é clara: Deus é o único que pode criar do nada. Deus fez todo o material do Universo, incluindo nosso mundo, nossas posses e nosso corpo. Ele é o dono legítimo de todas as coisas.
1. Qual é a mensagem básica dos textos a seguir? O que essa mensagem nos diz sobre a maneira pela qual devemos nos relacionar com o mundo, com os outros e com Deus? Sl 24:1, 2; Jó 41:11; Sl 50:10; Is 43:1, 2; 1Co 6:19, 20
Um hino cristão muito apreciado começa com as palavras: “O mundo é de meu Deus” (Hinário Adventista, 36). Este é verdadeiramente o mundo de nosso Pai, porque Ele o criou. Não há reivindicação de propriedade mais legítima do que Sua capacidade de criação. Deus criou e, portanto, possui todo o Universo, os céus, a Terra e tudo o que neles há.
Não apenas o mundo pertence a Deus, mas Ele também reivindica a propriedade de todas as criaturas da Terra. Nenhum outro ser tem o poder de criar vida. Deus é o único Criador e, como tal, o proprietário final de cada criatura. Dependemos totalmente dEle para nossa existência. Nada podemos dar a Deus, exceto nossa lealdade. Todas as outras coisas na Terra já pertencem a Ele.
Além disso, pertencemos a Deus, não apenas pela criação, porém, mais importante ainda, pela redenção. Embora seja um dom maravilhoso de Deus, a vida humana foi muito prejudicada pelo pecado e termina com a morte, uma perspectiva que despoja a vida de todo significado e propósito. A vida, como agora existe para nós, não é tão fantástica. Nossa única esperança é a maravilhosa promessa da redenção, a única coisa que pode restaurar tudo novamente. Assim, somos de Cristo pela criação e pela redenção.
Segunda | Ano Bíblico: Nm 1–3 |
Um mundo caído
Uma coisa é certa: o mundo em que vivemos hoje está muito diferente daquele que surgiu do Senhor no fim da semana da criação. Certamente, uma poderosa evidência de beleza e planejamento existe em quase toda parte. No entanto, somos seres afetados pelo pecado, vivendo neste mundo de pecado e tentando entendê-lo. Mesmo antes do Dilúvio, o planeta havia sido impactado negativamente pelo pecado. “Nos dias de Noé uma dupla maldição repousava sobre a Terra, em consequência da transgressão de Adão e do homicídio cometido por Caim” (Ellen G. White, Vidas Que Falam [Meditações Matinais 1971], p. 32).
2. Como o mundo foi “amaldiçoado”, e quais foram os resultados dessas maldições? Gn 3:17; 4:11, 12; 5:29
A maldição sobre a terra por causa de Adão deve ter envolvido o reino vegetal, porque seus resultados incluíram a produção de espinhos e cardos. A implicação é que toda a criação foi afetada pelas maldições resultantes do pecado. A citação acima afirma muito claramente que a maldição sobre Caim não se limitou apenas a ele, mas repousou sobre o mundo inteiro.
Infelizmente, as maldições em virtude do pecado não terminaram ali, porque o mundo enfrentou outra maldição que o afetou em grande medida. Essa, é claro, foi o Dilúvio mundial. “O Senhor aspirou o suave cheiro e disse consigo mesmo: Não tornarei a amaldiçoar a Terra por causa do homem, porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade; nem tornarei a ferir todo vivente, como fiz” (Gn 8:21).
O Dilúvio desorganizou o sistema de irrigação estabelecido por Deus na criação, despojando o solo de porções de terra e depositando-as em outros lugares. Mesmo agora, a chuva continua a dissolver o solo, roubando-lhe sua fertilidade e reduzindo o rendimento da colheita. Deus prometeu graciosamente não amaldiçoar a Terra novamente, mas o solo que herdamos está muito longe do solo rico e produtivo que Ele criou originalmente.
Leia Romanos 8:19-22. Embora esses versos sejam difíceis de aceitar, como eles se relacionam com o que estudamos hoje? Que esperança podemos encontrar neles?
Terça | Ano Bíblico: Nm 4–6 |
O príncipe deste mundo
Então, perguntou o Senhor a Satanás: Donde vens? Satanás respondeu ao Senhor e disse: De rodear a Terra e passear por ela” (Jó 1:7); “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5:8).
Como vimos, o mundo pertence a Deus, tanto pela criação quanto pela redenção. Mas não devemos esquecer, também, a realidade de Satanás, a realidade do grande conflito e a realidade da tentativa do inimigo de tomar o controle de tudo o que puder. Embora, depois da cruz, sua derrota tenha sido assegurada, ele não se retirará silenciosa ou suavemente. Sua ira e seu poder destrutivo, embora limitados por Deus a um certo grau, de uma forma que certamente não entendemos agora, nunca devem ser subestimados. Não devemos esquecer também que, embora muitas vezes as questões possam parecer obscuras, a batalha final se resume apenas a duas forças: Cristo e Satanás. Não há meio termo. E, como sabemos, grande parte deste mundo está sob a bandeira do lado errado. É de admirar que o mundo esteja tão degenerado?
3. Que importante verdade sobre a realidade e o poder do maligno é encontrada na Bíblia? Jo 12:31; 14:30; 16:11; Ef 2:2; 6:12
No livro de Jó é afastada uma parte do véu que esconde a realidade do grande conflito, e podemos ver que Satanás tem a capacidade de causar grande destruição no mundo natural. Sejam quais forem as implicações da expressão “o príncipe deste mundo”, uma coisa fica clara: Nesse papel, Satanás ainda exerce uma influência poderosa e destrutiva sobre a Terra. Essa verdade nos dá uma razão a mais para perceber que o mundo natural tem sido muito danificado. Precisamos ter muito cuidado com as lições que tiramos dele a respeito de Deus. Afinal, considere os grandes erros de interpretação de Darwin a respeito da condição do mundo.
De que forma você pode ver, nitidamente, a influência destrutiva de Satanás em sua vida? Por que a cruz e as promessas nela encontradas são sua única esperança?
Quarta | Ano Bíblico: Nm 7, 8 |
A “sabedoria” do mundo
Alcançamos uma quantidade incrível de conhecimento e informação, sobretudo nos últimos duzentos anos. Conhecimento e informação, no entanto, não são necessariamente a mesma coisa que “sabedoria”. Obtemos também uma compreensão do mundo natural muito maior que a dos nossos antepassados. Todavia, uma “compreensão maior” também não é a mesma coisa que sabedoria.
4. De que maneira Deus avalia a suposta “sabedoria” do mundo? Em nossos dias ainda podemos comprovar a tolice dessa “sabedoria”? 1Co 1:18-21; 3:18-21
Há muita coisa no pensamento humano que desafia a Palavra de Deus. Seja a questão da ressurreição de Jesus, da criação ou de qualquer milagre, a “sabedoria humana” (mesmo quando apoiada pelos “fatos” da ciência) deve ser considerada “loucura” quando contradiz a Palavra do Senhor.
Além disso, como afirmado anteriormente, grande parte do conhecimento científico de hoje, especialmente no contexto das origens humanas, começa com uma perspectiva puramente naturalista. Mesmo que muitos dos maiores gênios da história científica – Newton, Kepler, Galileu – tenham sido crentes em Deus e visto seu trabalho como um auxílio para explicar a obra de Deus na criação (Kepler escreveu: “Ó Deus, eu penso os Teus pensamentos depois de Ti ...”), tais sentimentos hoje são muitas vezes ridicularizados por segmentos da comunidade científica.
Alguns até procuram negar as histórias miraculosas da Bíblia, argumentando que elas realmente foram fenômenos que ocorriam naturalmente e que os antigos, ignorantes das leis da natureza, interpretaram erroneamente como ação divina. Há, por exemplo, muitos tipos de teorias naturalistas que procuram explicar a divisão do Mar Vermelho como algo diferente de um milagre de Deus. Alguns anos atrás, um cientista sugeriu que Moisés estava drogado, e então ele ficou alucinado com a ideia de que Deus lhe deu os Dez Mandamentos em tábuas de pedra!
Por mais tolas que algumas dessas explicações possam parecer, uma vez que você rejeite a ideia de Deus e do sobrenatural, você precisa inventar alguma outra explicação para essas coisas. Por isso, a “loucura” sobre a qual Paulo escreveu de modo tão claro e profético.
Quinta | Ano Bíblico: Nm 9–11 |
Pelos olhos da fé
O Salmo 8 é um dos mais amados. Para Davi, como crente em Deus, a criação falava da majestade e amor do Senhor.
5. Que lições específicas Davi contemplava na criação? Além disso, comparando o que sabemos sobre a criação hoje com o que era conhecido naquele tempo, por que as palavras de Davi parecem ainda mais notáveis? Sl 8
Somente nos últimos cem anos realmente começamos a compreender a vastidão do cosmos e, em comparação com isso, a nossa pequenez. Não se pode sequer imaginar que alguém como Davi, exceto pela revelação divina, pudesse ter alguma ideia da grandeza dos “céus”. Se ele ficou admirado naquela época, quanto mais admirados nós devemos ficar, sabendo que, apesar do tamanho do Universo, Deus nos ama com um amor que não podemos nem mesmo começar a entender?
6. O que Davi percebia nos céus? Sl 19:1-4
Muitos já olharam para as estrelas à noite e reconheceram a grandeza de Deus e a pequenez da humanidade, e louvaram a Deus por Seu cuidado. Outros se concentraram no problema do mal na natureza e culparam Deus pelos problemas que, na verdade, são o resultado de suas próprias escolhas ou das atividades do diabo.
Para o cristão, a criação fala verdadeiramente do cuidado de Deus, mesmo em meio ao mal introduzido por Satanás. No entanto, por mais poderosos que sejam o testemunho e a evidência do mundo criado, a revelação é incompleta, principalmente devido aos resultados da queda e às maldições que ela trouxe.
Leia João 14:9 e pense em Jesus na cruz. Por que a cruz deve ser sempre a principal revelação sobre a natureza e o caráter de Deus?
Sexta | Ano Bíblico: Nm 12–14 |
Estudo adicional
Fui advertida (1890) de que futuramente teremos uma luta constante. A chamada ciência e a religião serão postas em oposição uma à outra, pois os homens finitos não compreendem o poder nem a grandeza de Deus. Foram-me apresentadas estas palavras das Escrituras Sagradas: “Dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (At 20:30; Ellen G. White, Medicina e Salvação, p. 98).
Perguntas para reflexão
1. Pense na “tríplice maldição” (Ellen G. White, Spiritual Gifts [Dons Espirituais], v. 3, p. 88) sobre a Terra (a maldição da queda de Adão, do pecado de Caim e do Dilúvio). O efeito cumulativo dessas maldições, acrescido por milhares de anos, significa que nosso mundo atual é muito diferente da sua forma quando Deus o criou. Por que, então, devemos ser cuidadosos quanto às conclusões que tiramos, a partir do mundo atual, sobre o mundo no princípio?
2. A ciência é limitada em seu alcance, sendo propensa a resistir à autoridade divina. Além disso, a influência de Satanás é fortemente sentida na natureza, de modo que muito do que vemos é incompatível com a revelação de Deus na Bíblia. Por que é tão importante confiarmos mais nas Escrituras do que na ciência?
3. Por que não devemos nos surpreender ao encontrar alguma tensão entre os eventos sobrenaturais registrados na Bíblia e a abordagem materialista da ciência?
4. Examine a citação acima. Estamos vendo isso se cumprindo em nossa igreja? Como podemos lidar com esses desafios perigosos à nossa missão e mensagem, de uma forma que, embora não comprometa nossa posição sobre a criação e a Palavra de Deus, ainda conserve a igreja como um “lugar seguro” para os que lutam com essas questões difíceis?
5. Leia Romanos 11:33-36 e Jó 40:1, 2, 7, 8. Qual deve ser nossa atitude para com as dificuldades que encontramos ao procurar harmonizar a ciência e as Escrituras?
Respostas sugestivas: 1. A Terra e seus habitantes pertencem ao Senhor, porque Ele nos criou e salvou. Devemos amar a Deus e aos Seus filhos, nossos irmãos. 2. A maldição sobre a Terra tornou mais difícil a obtenção do alimento. A violência trouxe maldição sobre a Terra e sobre os relacionamentos sociais. 3. O diabo é o príncipe do mundo, o príncipe da potestade do ar, o espírito que atua nos filhos da desobediência. As forças das trevas lutam contra nós. 4. Para Deus, a sabedoria do mundo é loucura. 5. A majestade da criação desperta o louvor ao Criador; apesar da grandeza do Universo, Deus valoriza e honra os seres humanos, criados à Sua imagem. O conhecimento da ciência nos deixa ainda mais impressionados com as maravilhas da criação. 6. A glória de Deus e a obra de Suas mãos. Os dias e as noites proclamam o conhecimento de que existe um Criador por trás das obras do Universo.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
LIÇÃO Nº 5 - CRIAÇÃO E QUEDA
Criação e queda
Sábado à tarde | Ano Bíblico: Lv 5–7 |
VERSO PARA MEMORIZAR: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).
Leituras da semana: Gn 3:1-15; Mt 4:3-10; Cl 2:20-23; Jo 3:17; Ap 14:6, 7
Um comediante costumava interpretar uma personagem feminina chamada Geraldina, esposa de um pastor. Em um monólogo: Ela havia voltado para casa com um vestido novo muito caro. O marido dela (também interpretado pelo mesmo comediante) ficou irado. Geraldina, em seguida, gritou em resposta: “O diabo me fez comprar esse vestido! Eu não queria comprá-lo, mas o diabo insistiu tanto!”
Isso devia ser engraçado. Mas nosso mundo e o mal que nele existe mostram que Satanás não é nada engraçado.
Para algumas pessoas, a ideia do diabo é uma antiga superstição que não deve ser levada a sério. A Escritura, no entanto, é inequívoca: embora Satanás seja um inimigo derrotado (Ap 12:12; 1Jo 3:8), ele está aqui na Terra, determinado a causar tanto caos e destruição quanto possível contra a criação de Deus.
Nesta semana, consideraremos o ataque original de Satanás e o que podemos aprender com isso, de modo que, enquanto estamos ainda sob seus assaltos, possamos suplicar a vitória que é nossa em Cristo.
Domingo | Ano Bíblico: Lv 8–10 |
A serpente foi mais astuta
1. Leia Gênesis 3:1. Como é descrito o caráter de Satanás? Como a verdade dessa representação é revelada nesse verso?
A astúcia da serpente é vista na sua forma de introduzir a tentação. O inimigo não fez um ataque direto, mas tentou envolver a mulher na conversa. Observe que as palavras da serpente incluem pelo menos dois aspectos problemáticos. Primeiro, ela perguntou se Deus realmente fez uma declaração específica. Ao mesmo tempo, apresentou sua pergunta para levantar dúvidas sobre a generosidade de Deus. “Será que Deus realmente negou a você todas as coisas? Ele não lhe deu permissão para comer de toda árvore do jardim?” Ao citar de modo intencional e incorreto as instruções divinas, a serpente incitou a mulher a corrigir sua declaração, e conseguiu atraí-la para a conversa. A estratégia da serpente certamente foi “astuta”.
Nada disso deveria ser surpreendente. Jesus chamou o diabo de mentiroso e pai da mentira (Jo 8:44). Em Apocalipse 12:9, o diabo engana todo o mundo, o que significa que nenhum de nós está seguro, mesmo entre os adventistas do sétimo dia. Satanás, obviamente, não perdeu nada de sua astúcia e engano. Ele ainda usa a estratégia que foi bem-sucedida com Eva. Ele levanta questões sobre a Palavra e as intenções de Deus, esperando suscitar dúvidas e nos envolver em sua “conversa”. Devemos ser vigilantes (1Pe 5:8) a fim de resistir aos seus enganos.
2. Compare Mateus 4:3-10 com Gênesis 3:1. Que estratagema semelhante Satanás utilizou com Jesus, e por que falhou? Que lições aprendemos com a resposta de Jesus aos ataques do inimigo? De que forma Satanás nos tenta?
Segunda | Ano Bíblico: Lv 11, 12 |
A mulher e a serpente
3. Como a mulher respondeu à serpente? Que erros ela cometeu? Gn 3:2, 3
Embora Eva conhecesse claramente a ordem de Deus, o que realça sua culpa, ela fez uma declaração que foi além do que Deus havia dito, pelo menos conforme o registro bíblico. Deus tinha instruído Adão e Eva claramente a não comer da árvore. Nada havia sido dito sobre não tocá-la. Visto que não sabemos o que a levou a dizer isso, é melhor não especular sobre suas causas. No entanto, não há dúvida de que, ao pensar que não deveria tocar no fruto, ela estaria menos inclinada a comê-lo, porque ela não poderia comer o que não pudesse tocar.
Muitas vezes nos deparamos com a mesma situação: alguém apresenta ensinamentos que, na maioria dos pontos, estão em harmonia com as Escrituras. Os poucos pontos que não estão de acordo com a Bíblia podem arruinar tudo. O erro, mesmo misturado com a verdade, ainda é erro.
4. Que repreensão Jesus deu aos escribas e fariseus sobre a adição de pensamento humano à Palavra de Deus? Quais são os perigos de criar regras que supostamente nos protegerão contra o pecado? Mt 15:7-9; compare com Ap 22:18; Cl 2:20-23
O problema com o pecado não é a falta de regras, mas um coração depravado. Mesmo na sociedade secular, muitas vezes ouvimos pedidos de mais leis contra o crime, quando já existem leis suficientes. Não precisamos tanto de novas leis quanto de novos corações.
De que forma poderíamos estar em perigo de seguir as coisas sobre as quais somos alertados aqui? Normas baseadas em princípios bíblicos são essenciais. A questão é: Como podemos ter certeza de que as normas e regras que aplicamos não nos desviarão do caminho? Comente com a classe.
Terça | Ano Bíblico: Lv 12, 13 |
Enganados pela evidência
5. Leia Gênesis 3:4-6. Que princípios levaram Adão e Eva à queda? O que aprendemos com sua experiência que pode nos ajudar a lidar com as tentações que enfrentamos?
Satanás foi bem-sucedido em envolver Eva no diálogo e em levantar dúvidas sobre o que Deus havia dito e por quê. Depois, ele disse a Eva que Deus não estava dizendo a verdade e apresentou uma suposta explicação para o motivo pelo qual Deus os havia proibido de comer do fruto. De acordo com Satanás, Deus estava negando algo bom para manter Adão e Eva abaixo de seu pleno potencial. Ao fazer isso, Satanás desenvolveu sua questão anterior quando perguntou se Deus havia negado a eles todas as árvores.
Eva utilizou três linhas de evidência que a levaram à conclusão de que ela se beneficiaria ao comer do fruto. Primeiro, ela viu que a árvore era boa para se comer. Talvez ela tivesse observado a serpente comendo o fruto e comentando sobre seu sabor agradável. É interessante que, apesar da orientação para que Adão e Eva não comessem, ela percebeu que o fruto era bom “para se comer”. Que tremendo conflito entre os sentidos e um claro “Assim diz o Senhor”!
Uma segunda linha de evidência que convenceu Eva a comer do fruto foi que ele era agradável aos olhos. Sem dúvida, todos os frutos do jardim eram bonitos, mas por alguma razão, Eva foi especialmente atraída para o fruto que Satanás ofereceu a ela.
O suposto poder do fruto para trazer sabedoria foi uma terceira razão que levou Eva a desejar comê-lo. A serpente assegurou que, ao comer do fruto, ela teria seu conhecimento ampliado e se tornaria igual a Deus. A triste ironia foi que, de acordo com a Bíblia, ela já era igual a Deus (Gn 1:27).
Somos informados de que Eva foi enganada, mas Adão não (1Tm 2:14). Se Adão não foi enganado, por que ele comeu? Adão desobedeceu a Deus conscientemente, escolhendo seguir Eva, em vez de Deus. Quantas vezes esse mesmo tipo de comportamento é visto hoje? Muito facilmente podemos ser tentados pelo que os outros dizem e fazem, ainda que suas palavras e ações sejam contrárias à Palavra de Deus. Adão deu ouvidos a Eva em vez de dar ouvidos a Deus, e o resto é o pesadelo conhecido como história humana (Rm 5:12-21).
Quarta | Ano Bíblico: Lv 14–16 |
Graça e julgamento no Éden – parte 1
Em Gênesis 3, depois da queda, as palavras iniciais do Senhor são perguntas: “Onde estás? [...] Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? [...] Que é isso que fizeste?” (Gn 3:9, 11, 13).
6. Em contraste com isso, a primeira afirmação de Deus no capítulo 3, Sua primeira declaração de fato, segue essas perguntas. Ao falar com a serpente, o que Deus disse, e qual é o significado de Suas palavras? Gn 3:14, 15
Pense nas implicações do que aconteceu ali. A primeira declaração de Deus para o mundo caído foi, de fato, uma condenação a Satanás, e não à humanidade. Na verdade, mesmo nessa condenação de Satanás, Deus deu à humanidade a esperança e a promessa do evangelho (v. 15). Ao declarar a condenação de Satanás, Ele proclamou a esperança da humanidade. Apesar do pecado de Adão e Eva, o Senhor lhes revelou imediatamente a promessa de redenção.
Note igualmente que, somente após essa promessa, só depois que a esperança da graça e da salvação foi dada no verso 15 (conhecido também como a “primeira promessa evangélica”), o Senhor pronunciou o juízo sobre Adão e Eva: “E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos [...] E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher [...]” (Gn 3:16, 17).
Não deixe de entender este ponto: a promessa da salvação vem primeiro, e depois o juízo. O juízo é apresentado unicamente no contexto do evangelho. Caso contrário, o juízo não significaria nada, exceto condenação, mas as Escrituras são claras: “Deus enviou o Seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3:17, RC).
Por que é tão importante sempre meditar no fato de que o propósito de Deus é nos salvar, não nos condenar? Como o pecado nos leva a perder de vista essa verdade fundamental? Isto é, como o pecado nos afasta de Deus?
Quinta | Ano Bíblico: Lv 17–19 |
Graça e julgamento no Éden – parte 2
Em Gênesis 1 e 2, Deus pronuncia declarações (ou imperativos), como: “Haja luzeiros no firmamento dos céus [...] Produza a terra seres viventes [...] Não é bom que o homem esteja só.” Todas essas declarações tratam da criação e do estabelecimento da humanidade nessa criação. Como vimos ontem, a declaração seguinte registrada na Bíblia ocorre em Gênesis 3:14, 15, na qual o Senhor oferece o evangelho à humanidade.
Assim, nas Escrituras, as declarações iniciais de Deus lidam com a criação e com a redenção. Essa redenção ocorre no contexto do próprio juízo. Teria que ser assim. Afinal, qual seria o propósito do evangelho, quais seriam as “boas-novas”, se não houvesse juízo, nenhuma condenação da qual pudéssemos ser salvos? O próprio conceito do “evangelho” traz em si mesmo a noção de condenação, uma condenação que não precisamos enfrentar. Essa é a “boa-nova”!
Embora tenhamos violado a lei de Deus e apesar de sabermos que Deus julgará essas violações, em Cristo Jesus somos poupados da condenação que esse juízo, inevitavelmente, traria.
7. Criação, evangelho e juízo aparecem não apenas nas primeiras páginas da Bíblia, mas nas últimas também. Leia Apocalipse 14:6, 7. De que maneira esses versos estão relacionados com os três primeiros capítulos de Gênesis? Isto é, que ideias paralelas são encontradas nesses versos?
Em Apocalipse 14:6, 7, vemos uma declaração de Deus como Criador, um tema fundamental nas páginas iniciais de Gênesis. Em Apocalipse 14, no entanto, o “evangelho eterno” vem em primeiro lugar, sendo seguido pelo anúncio do juízo, como em Gênesis 3. O juízo está ali, mas não antes do evangelho. Assim, o fundamento da nossa mensagem da verdade presente tem que ser a graça, a boa-nova de que, apesar de merecermos a condenação, podemos ser perdoados, purificados e justificados por meio de Jesus. Sem o evangelho, nosso destino seria o mesmo da serpente e de sua descendência, diferente do destino da mulher e de sua semente. E algo maravilhoso: Essa grande notícia já apareceu no Éden, na primeira declaração de Deus ao mundo caído.
Sexta | Ano Bíblico: Lv 20–22 |
Estudo adicional
Deus deu aos nossos primeiros pais o alimento que pretendia que a humanidade comesse. Era contrário ao Seu plano que se tirasse a vida a qualquer criatura. Não devia haver morte no Éden” (Ellen G. White, Conselhos para a Igreja, p. 228).
“Satanás apresenta a divina lei de amor como uma lei de egoísmo. Declara que nos é impossível obedecer-lhe aos preceitos. A queda de nossos primeiros pais, com toda a miséria resultante, ele a atribui ao Criador, levando os seres humanos a olhar a Deus como autor do pecado, do sofrimento e da morte. Jesus devia patentear esse engano” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 24).
“Entretanto o homem não ficou abandonado aos resultados do mal que havia escolhido. Na sentença pronunciada sobre Satanás era já sugerida uma redenção. [...] Essa sentença proferida aos ouvidos de nossos primeiros pais foi para eles uma promessa. Antes de ouvirem acerca dos espinhos e cardos, de trabalhos e tristezas que deveriam ser o seu quinhão, ou do pó a que deveriam voltar, ouviram palavras que não poderiam deixar de lhes dar esperança. Tudo que se havia perdido, rendendo-se a Satanás, poderia ser recuperado por meio de Cristo” (Ellen G. White, Educação, p. 27).
Perguntas para reflexão
1. Temos criado regras e tradições que podem nos tornar semelhantes às pessoas que Jesus condenou? Ao mesmo tempo, que compromissos podemos assumir para seguir mais intensamente os princípios da verdade?
2. Eva confiou nos próprios sentidos, em vez de confiar numa ordem muito clara de Deus. Por que para nós é tão fácil fazer a mesma coisa?
3. Algumas culturas julgam ser tolice a ideia de um diabo literal; outras, em contrapartida, podem ser obcecadas com o poder do mal e dos espíritos malignos. Como é em sua cultura? Como você pode aprender a encontrar equilíbrio ao lidar com a realidade das batalhas sobrenaturais em que nos encontramos?
Respostas sugestivas: 1. Ele é astuto, por isso distorceu as palavras de Deus. 2. Seduzir Jesus a não depender do Pai, pelo ato de transformar pedras em pães e usar um milagre em proveito pessoal, pela sugestão para que Ele Se lançasse do pináculo do templo e pelo convite para adorar ao diabo. O inimigo foi vencido porque Jesus enfrentou as tentações com a Palavra de Deus. 3. A mulher disse que podia comer do fruto de todas as árvores, exceto da árvore que estava no meio do jardim, mas disse que não podia tocar na árvore, o que Deus não havia dito. O principal erro dela foi se deter na conversa com Satanás e desconfiar do Senhor. 4. Chamou-os de hipócritas, porque adoravam ao Senhor apenas com palavras e não com o coração. Cumpriam mandamentos de homens e não a lei de Deus. Há uma maldição para quem acrescenta ou tira partes da revelação de Deus. As tradições humanas podem prejudicar nossa vida espiritual. 5. Creram na mentira de Satanás: podiam pecar e não morreriam. Duvidaram de Deus, desejaram ser iguais a Ele e conhecer os segredos do Senhor. Cobiçaram a beleza e o sabor do fruto. 6. A serpente recebeu uma maldição maior do que todos os animais: ela teria que rastejar e comer pó. Deus colocaria inimizade entre a serpente e a mulher, o Descendente da mulher feriria a cabeça da serpente e a serpente feriria o calcanhar do Descendente da mulher. 7. O evangelho eterno chama todas as nações da Terra a temer, glorificar e adorar o Criador, evitando assim a condenação do juízo. O evangelho, o Criador e o juízo de Apocalipse são os mesmos de Gênesis.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
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